24 de nov. de 2010

Sua vida pode ser como um RIO (bênçãos)

...Ele está se referindo a forma mais dinâmica na qual a água possa se apresentar, na trajetória de um rio, pois suas águas, diferentemente, de mares, lagos, lagoas, poças e poços, são “vivas”.

1.A ÁGUA

A água é o elemento mais abundante em nosso planeta Terra, que tem três quartos de sua superfície está coberta por ela, principalmente nos oceanos, cuja profundidade média de mil metros, abriga um volume total estimado em 1.260.000.000.000.000.000.000 litros.

O corpo humano, por uma interessante coincidência, ou pela provisão do Criador, é formado pela mesma proporção de água, ou seja 75%, de modo que sem água não haveria vida.

Ao nos voltarmos para a Palavra de Deus, encontramos muitos personagens que demonstraram sede e buscaram água disponível para mitigá-la:

A – O servo de Abraão encontrou a esposa de seu senhor, Isaque, mediante a prova da água, onde pediu para a jovem que lhe desse de beber, esperando que ela oferecesse também para os seus camelos, o que aconteceu (Gn 24:1-(15-20)-67).

B – Isaque quando buscava se estabilizar na terra começou perfurando poços, que produziram água viva, e que foram motivo de contenda com os inimigos (Gn 26:12-25).

C- O povo de Israel, em muitas ocasiões, clamou por água em sua jornada pelo deserto, e Deus fez milagres para ajudá-los (Ex 17:1-7).

D– Sansão, após vencer mil inimigos com apenas uma queixada de jumento, teve muita sede e clamou ao Senhor por sua vida, tendo sido alvo do milagre da rocha fendida que lhe deu o líquido
necessário (Jz 15:14-20).

E– Jesus, em sua natureza humana, mesmo tendo seguido para a cruz, como uma ovelha muda (Isa 53:7), pediu água antes de expirar (João 19:28).

F– O Mestre pediu, igualmente, água para a mulher Samaritana, em um episódio memorável, do qual iremos extrair uma lição preciosa nesta meditação (João 4:1-30).
João Batista, o precursor de Jesus, realizava seu ministério advertindo as pessoas para que se arrependessem, e as batizava com água (Mt 3:1-(11)-12).

O primeiro milagre de Jesus foi a criação de vinho nas bodas as quais assistia, e isso não
aconteceu a partir do nada, mas com o uso da água (João 2: 1-12).

Este evento, mais do que uma realização material extraordinária, nos apresenta um simbolismo da realidade eterna, uma vez que temos na água o significado da Palavra Viva de Deus, e no vinho, a Remissão pelo Sangue de Cristo.

Jesus, ao conversar com Nicodemos, esclareceu que era necessário nascer de novo, e que isso teria que acontecer pela ação da Palavra e do Espírito de Deus:


...“Jesus respondeu: Em verdade, em verdade te digo que quem não nascer de novo, não pode ver o reino de Deus.”...
...“Jesus respondeu: Em verdade, em verdade, te digo que aquele que não nascer da água e do Espírito, não pode entrar no reino de Deus....” (João 3: 1-21).

Da mesma forma, o Mestre identifica o vinho como o símbolo de seu sangue que é vertido pela nossa salvação (Mc 14:24).

As Escrituras nos afirmam sobre quem testifica a realidade divina da salvação, tanto na Terra como nos céus:

“Este é aquele que veio por água e sangue, isto é, Jesus Cristo.
Ele não veio só pela água, mas pela água e pelo sangue.
E o Espírito é o que dá testemunho, porque o Espírito é a verdade.
Pois três são os que dão testemunho no céu: o Pai, a Palavra (água), e o Espírito Santo; e estes três são um.” “E três são os que dão testemunho na terra: o Espírito, a água e o sangue; e estes três concordam.” (I Jo 5:6).

Naturalmente, não basta que exista a água para que seja possível obter dela o retorno de vida que tanto desejamos, ela precisa ser potável, ou seja, adequada para o consumo, como nos mostram exemplos bíblicos:


O POVO DE ISRAEL, diante de um local onde águas existiam no deserto, mas eram amargas:

“Então chegaram a Mara, mas não puderam beber as águas de Mara, porque eram amargas. É por isso que o lugar é chamado Mara.”...
...“Então Moisés clamou ao Senhor, e o Senhor lhe mostrou uma árvore. Lançou-a Moisés nas águas, e as águas se tornaram doces.” (Ex 15:23-25).


De fato, da água que existe no mundo 97,5% é salgada, mantida em oceanos e mares, e em alguns outros lugares ela embora doce, se encontra deteriorada pela má qualidade do solo que a contêm, ou por impurezas que a atingiram.


2. O RIO

Sobre essa realidade podemos compreender que somente a Palavra pura (leite não falsificado: IPe 2:2, ou água sem mistura) de Deus é uma água que pode ser consumida por nós. Isto, todavia, não motiva as pessoas de forma adequada, e muitos preferem um “refrigerante do diabo”, as águas cristalinas de Deus:

“O meu povo fez duas maldades: A mim me deixaram, o manancial de águas vivas, e cavaram cisternas, cisternas rotas, que não retêm as águas.” (Jr 2:13).

Quando avaliamos as palavras do Senhor, neste texto, observamos que Ele está se referindo a forma mais dinâmica na qual a água possa se apresentar, na trajetória de um rio, pois suas águas, diferentemente, de mares, lagos, lagoas, poças e poços, são “vivas”. De fato, os rios são apresentados por Deus desde o Gênesis até o Apocalipse, pois existiam, como elementos de vida e riqueza no Éden, e estará presente na Nova Jerusalém;

“Ora, plantou o Senhor Deus um jardim no Éden, ao oriente, e pôs ali o homem que tinha
formado.”... ...“Saía um rio do Éden para regar o jardim; dali se dividia e se tornava em quatro braços.” “O nome do primeiro é Pisom: este é o que rodeia toda a terra de Havilá, onde há ouro.” “O ouro dessa terra é bom: ali há o bdélio, e a pedra de ônix.” “O nome do segundo rio é Giom: este é o que rodeia toda a terra de Cuxe.”

“O nome do terceiro rio é Tigre: este é o que corre pelo oriente da Assíria. E o quarto rio é o Eufrates.” (Gn 2:4-15).
“Então me mostrou o rio da água da vida, claro como cristal, que procedia do trono de Deus e do Cordeiro.”
“No meio da sua praça, em ambas as margens do rio, estava a árvore da vida, que produz doze frutos, dando seu fruto de mês em mês. E as folhas da árvore são para a cura das nações.” (Ap 22:1-2).

As palavras da Revelação nos mostram que, mesmo na eternidade, haverá um rio, cuja nascente está localizada no próprio trono de Deus, e isso nos remete a profecia de Ezequiel que fala de um rio, nos mesmo termos do relato de João;

“Depois disto me fez voltar à entrada do templo, e eu vi umas águas por debaixo do limiar do templo, para o oriente, pois a frente do templo olhava para o oriente, e as águas vinham debaixo, do lado direito do templo, ao sul do altar.”
“Ele me levou pela porta do norte, e me fez dar uma volta por fora, até a porta exterior, que olha para o oriente, e corriam as águas ao lado direito.”
“Saiu aquele homem para o oriente, tendo na mão um cordel de medir; mediu mil côvados, e me fez passar pelas águas, águas que me davam pelos artelhos.”
“Mediu mais mil, e me fez passar pelas águas, águas que me davam pelos joelhos; mediu mais mil, e me fez passar por águas que me davam pelos lombos.”
“Mediu mais mil, e era um rio, que eu não podia atravessar, porque as águas eram profundas, águas que se deviam passar a nado, rio pelo qual não se podia passar.”
“Ele me perguntou: Viste, filho do homem? Então me levou, e me tornou a trazer à margem do rio.”
“Ao chegar lá, vi que na margem do rio havia grande abundância de árvores, de um e de outro lado....”
“....Enxames de criaturas viventes viverão onde quer que o rio passar. Haverá grande número de peixes, porque estas águas lá chegam e tornam saudável a água salgada; de modo que onde quer que o rio passar tudo viverá.”
“Junto ao rio, à sua margem, de um e de outro lado, nascerá toda a sorte de árvore, ...”
“....que dá fruto para se comer.
Não cairá a sua folha, nem perecerá o seu fruto.
Nos seus meses produzirá novos frutos, porque as suas águas saem do santuário.
O seu fruto servirá de alimento e a sua folha de remédio.” (Ez 47:1-12).

Podemos constatar que o rio do Éden se dividia em quatro, multiplicando a sua abrangência, e aquele que nasce no santuário, soma a água a cada mil côvados, de modo que se torna mais e mais profundo, até aquele ponto em que uma pessoa somente pode estar nele entregando-se totalmente, uma vez que não “da pé” para estar nas águas e no solo do fundo.

Vamos voltar, agora, para o encontro de Jesus com a mulher Samaritana, e, do texto do
evangelista João, selecionar os versos 13 e 14 do capítulo 4:

“Respondeu Jesus: Todo aquele que beber desta água tornará a ter sede,”
“mas aquele que beber da água que eu lhe der nunca mais terá sede. Deveras, a água que eu lhe der se fará nele uma fonte de água que jorre para a vida eterna.”


3. UM ELEMENTO ESSENCIAL

Diferentemente de outras bebidas, como sucos, refrigerantes, café, a água não se apresenta de uma forma especialmente atrativa, pois costumamos qualificá-la como incolor, inodora, e insípida, de modo que, quando uma pessoa acha que não está gostando muito de certo alimento afirma que ele está “aguado”.

Em verdade a água exige para que seja desejada a presença da sede.

Da mesma forma, receber a água da vida, deixar fluir os rios de Deus em nós, exige “sede das coisas eternas e da própria pessoa do Criador do Universo”, algo que não é material, pois, como disse Jesus a Samaritana, a fonte salta para a vida eterna, tal qual nos ensinam as Escrituras: Davi, um homem com sede de estar D avi, diante de Deus:

“A minha alma tem sede de Deus, do Deus vivo.
Quando entrarei e me apresentarei ante a face de Deus?” (Sal 42:2).
“Ó Deus, tu és o meu Deus, eu te busco ansiosamente; a minha alma tem sede de ti, o meu corpo te deseja muito em uma terra seca e cansada, onde não há água.” (Sl 63:1).
“Estendo para ti as minhas mãos; a minha alma tem sede de ti como terra sedenta.” (Sl 143:6).

A Conclamação de Deus, e suas promessas:
“Os pobres e necessitados buscam água, mas não há; a sua língua se seca de sede. Mas eu, o Senhor, os ouvirei; eu, o Deus de Israel, não os desampararei.” (Isa 41:17).
“Nunca terão fome nem sede, nem a calma nem o sol os afligirá.
Aquele que se compadece deles os guiará, e os levará mansamente aos mananciais das águas.
” (Isa 49:10). “
Ó vós, todos os que tendes sede, vinde às águas, e os que não tendes dinheiro, vinde, comprai, e comei! Vinde, comprai, sem dinheiro e sem preço, vinho e leite.” (Isa 55:1).
“Vêm dias, diz o Senhor Deus, em que enviarei fome sobre a terra, não fome de pão, nem sede de água, mas de ouvir as palavras do Senhor.” (Am 8:11).


A bem-aventurança e as promessas de Jesus:

“Bem-aventurados os que têm fome e sede de justiça, porque eles serão fartos.” (Mt 5:6).
“Então Jesus lhes declarou: Eu sou o pão da vida. Aquele que vem a mim não terá fome, e quem crê em mim jamais terá sede.” (Jo 6:35).
“No último dia, o grande dia da festa, Jesus pôs-se de pé, e clamou: Se alguém tem sede, venha a mim e beba.” (Jo 7:37).
“Disse-me mais: Está cumprido.
Eu sou o Alfa e o Ômega, o princípio e o fim.
A quem tiver sede, de graça lhe darei da fonte da água da vida.” (Ap 21:6).
“O Espírito e a noiva dizem: Vem. Quem ouve, diga: Vem. Quem tem sede, venha; e quem quiser, tome de graça da água da vida.” (Ap 22:17).

A promessa eterna de Jesus e de Deus para os remidos:

“Nunca mais terão fome; nunca mais terão sede. Nem sol nem calor algum cairá sobre eles.” (Ap 7:16).


4. O CORRETO USO DA ÁGUA


Por outro lado, se o rio que sai do trono eterno, e cresce cada vez mais, for colocado não simplesmente à disposição do mitigar nossa sede, mas também para que passemos a possuir uma fonte em nosso interior, então nos tornaremos um instrumento divino, mensageiros da Palavra, capazes de ajudar a outros que têm sede.

Infelizmente, da mesma forma em que há resistência de muitos em beber das correntes de Deus, nem sempre é aceita a missão de levar a Palavra, e muitos se comportam de forma diferente dos rios que trazem vida, mencionados por Davi, e são símbolo de egoísmo e morte.
Pensando que podem guardar a água somente para si, misturá-la com suas bebidas, e até mesmo vendê-la (Am 2:6).

“Será como a árvore plantada junto a ribeiros de águas (Pois nelas há vida),a qual dá o seu fruto na estação própria, e cujas folhas não caem.
Tudo o que fizer prosperará.” (Sal 1:3).

Isso não satisfaz ao Senhor, pois somente as correntes que descem das montanhas, correndo cada vez mais, transportando livramento para os outros, são alegria para o que habita na eternidade:

“Há um rio cujas correntes alegram a cidade de Deus, o santuário das
moradas do Altíssimo.”
“Deus está no meio dela, não será abalada; Deus a ajudará ao romper da manhã.” (Sal 46:4-5).

Um exemplo interessante desta postura nos é dado pela comparação de dois “lagos” que existem na Terra Santa, o chamado Mar da Galiléia e o Mar Morto, ambos alimentados pelo rio Jordão.

Enquanto o Mar da Galiléia recebe a água e a devolve, de várias maneiras, sendo azul, cheio de vida, com margens marcadas por flores, o Mar Morto simplesmente prende as águas que chegam aos seus 80 quilômetros de comprimento, por 18 de largura, pois se situa cerca de 400 metros abaixo do nível do oceano.

O calor evapora essa água de modo que, depois de algum tempo, restam somente sais minerais, que formam uma camada de lodo no fundo, e uma superfície morta e inerte, tão densa que não é possível mergulhar através dela.

Representam, assim, lições; o andar com Deus para que nossa paz seja como um rio, o beber da água (Palavra) que Ele nos dá, tornando-se uma torrente que leva vida para onde vai, diferente do egoísta Mar Morto.

“Porque assim diz o Senhor: Estenderei sobre ela a paz como um rio, e a glória das nações como um ribeiro que transborda; então sereis amamentados, sereis carregados ao colo, e sobre os joelhos sereis afagados.” (Isa 66:12).

A mensagem das boas novas (como o pão), que apregoam Cristo, Filho de Deus e Salvador, é lançada como que sobre as águas, e gera frutos para a eternidade:

“Lança o teu pão sobre as águas, porque depois de muitos dias o acharás.” (Ecl 11:1)

Acertando o PASSO com DEUS (mundando a mente...)

...o pensamento influencia o falar e o agir, e esses dois elementos têm grande importância em nosso PENSAR, gerando uma corrente contínua de ações e reações...


O ser humano possui bilhões de células cerebrais, que são mais ou menos utilizadas de acordo com a complexidade das tarefas que executa, mas todas elas parecem estar se dirigindo às funções de sobrevivência e aos ganhos terrenos mesquinhos, e não para algo sublime como o reino eterno.


Isaías afirma, inclusive, que todas as mentes nada mais estão do que doentes, e sem condições de agir com perfeição diante de Deus (Isa 1:1-(5)-20; Isa 9: 14; Jr 5:1-5).

Diante disso, surge um problema absoluto na tese da “melhoria do homem pelo homem”, já que o próprio homem não anda tão bem assim...
Isso também não torna tão direta a idéia de andarmos com Deus, mesmo diante de uma verdade como a trazida pelo cristianismo.

Não estamos aqui reduzindo as oportunidades de chegar até Deus, pois Jesus promete que não lançará fora nenhuma pessoa que venha até ele (Jo 6:37), mas ponderando que uma vida cristã, em última análise, se resume em andar com Deus, e isso exige que “acertemos nosso passo com Ele”.

E viveu Enoque sessenta e cinco anos, e gerou a Matusalém.
E andou Enoque com Deus, depois que gerou a Matusalém, trezentos anos, e gerou filhos e filhas.
E foram todos os dias de Enoque trezentos e sessenta e cinco anos.
E andou Enoque com Deus; e não apareceu mais, porquanto Deus para si o tomou. (Gn 5:21-24).


Dois profetas falam sobre a questão da compatibilidade entre Deus e o homem, e não nos indicam soluções simplórias:


“Andarão dois juntos, se não estiverem de acordo”? (Amós 3:3).


Porque os meus pensamentos não são os vossos pensamentos, nem os vossos caminhos os meus caminhos, diz o Senhor.
Porque assim como os céus são mais altos do que a terra, assim são os meus caminhos mais altos do que os vossos caminhos, e os meus pensamentos mais altos do que os vossos pensamentos. (Isaías 55:8-9).


Identificamos, assim, que para andar no mesmo passo de Deus precisamos ajustar nossa realidade que se manifesta por meio de três etapas:
PENSAR, FALAR, AGIR.


O sábio Salomão considera a importância da mente, chamada de forma poética de coração, pois tudo nasce nesse ponto, como nos confirma Jesus:


“Sobre tudo que deves guardar, guarda o teu coração, porque dele procedem as saídas da vida.” (Pv 4:23).


“Porque do coração procedem os maus pensamentos, mortes, adultérios, prostituição, furtos, falsos testemunhos e blasfêmias”... (Mt 15:19).


“A boca fala do que está cheio o coração”. (Lc 6:45).


Todas estas ponderações nos indicam a necessidade de não nos considerarmos capazes de agir segundo a vontade de Deus por nós mesmos, mas estarmos prontos para mudar:


“Não vos conformeis com este mundo, mas transformai-vos pela renovação do vosso entendimento” (Rm 12:2).


PENSAR, FALAR E AGIR


Dissemos que existe uma seqüência na realidade humana, e podemos acrescentar que agimos como observadores de tudo que nos cerca, e isso é correto, como preconiza Paulo (I Ts 5:21).


Por essa razão, da mesma forma em que o pensamento influencia o falar e o agir, estes dois elementos têm grande importância em nosso pensar, gerando uma corrente contínua de ações e reações.


O ponto central desse quadro está localizado no nosso falar, razão pela qual o apóstolo estabelece uma relação entre o crer e o falar:


“E temos, portanto, o mesmo espírito de fé, como está escrito: Cri, por isso falei; nós cremos também, por isso também falamos.” (I Cor 4:13).


Ocorre que o controle de nossa língua é algo nada fácil, como define Tiago:


“Se alguém não tropeça em palavra, o tal varão é perfeito e poderoso para refrear todo o corpo”. (Tg 3:2).


(Mt 11:29; I Tm 2:2; I Pe 3: 4-16; Tg 3:13; II Tm 2:25; Ef 4:2; Gal 5:23).


MUDANDO A MENTE


Podemos observar que a palavra faz diferença total em nossa vida, mas como ela nasce do nosso “coração”, temos que entender e assumir a nossa posição como salvos e nascidos de novo, pois isso se chama “transformação”.


1. HOMEM NATURAL NÃO ENTENDE NADA DE DEUS (I Cor 2:14).


2. O ESPIRITO DE DEUS NOS REVELA O PECADO, A JUSTIÇA E O JUÍZO (Jo 16:7-11).


3. O MILAGRE DO CRER NÃO OFERECE UMA “RECAUCHUTADA” NA NOSSA EXISTÊNCIA, POIS DEUS NÃO USA REMENDOS (Mt 9:6), MAS UMA NOVA VIDA (Jo 3:1-10; Jo 8:32).


4. O HOMEM PASSA A TER A MENTE DE CRISTO, E PASSAMOS A RECEBER ORIENTAÇÃO DIVINA DIRETA DO ESPÍRITO SANTO (I Cor 2:9-16; Hb 8:10).


5. O PENSAMENTO AGORA PASSA A ESTAR VOLTADO PARA AS COISAS ETERNAS (Col 3:1-2).


6. TORNA-SE POSSIVEL ENTRAR NA DIMESAÕ DE DEUS, ONDE CRISTO É O CENTRO DE TUDO (Rm 11:33-36).


7. QUEM VIVE NÃO É MAIS O HOMEM, MAS CRISTO, E AS COISAS QUE PASSAM FICAM PARA TRÁS, COMO DEGRAUS PARA UMA META PERFEITA CRESCENDO COMO A LUZ DA AURORA (Fl 1:12-(21)-25; Fl 3:1-(15)-21; Pv 4:18).


Com a nova mente começamos a conhecer a Deus, e buscar a edificação do seu reino, e isso ocupa a nossa vida de modo que passamos a rejeitar aquilo que é à base do desencontro com o Eterno, o pecado (Ef 2:1; I Cor 15:56; Rm 6:17; Tg 1:15Rm 3:23).

ETERNIDADE
(I Ts 4:17)

RELAÇÃO COM
DEUS
(Rm 8:18-39)

SERVO DE
AMOR
(Sal 4:6)

CONHECER A
DEUS
(Os 6:3)

TRABALHAR
PARA O
REINO
(Jo 15:16)

NASCER
DE NOVO
(Jo 3:5)

Certamente, não estamos falando de algo que ocorre em um estalar de dedos, pois o processo eterno busca o revestimento daquilo que é mortal pelo imortal, até o arrebatamento, quando teremos corpos glorificados e eternos (I Ts 4: 13-18; I Cor 15:53-53; Col 3:1-120; Ef 4:24).

Esse processo pode parecer trabalhoso, e nós gostamos de coisas fáceis, mas, como vimos no estudo “Flor ou Borboleta”, é necessário e concentra nossa atenção na eternidade:

FLOR OU BORBOLETA


Porque sabemos que, se a nossa casa terrestre deste tabernáculo se desfizer, temos de Deus um edifício, uma casa não feita por mãos, eterna, nos céus.
E por isso também gememos, desejando ser revestidos da nossa habitação, que é do céu; (II Cor 5:1-2).


Não podemos ajustar a mente, que controla o falar e induz ao agir sem a “matéria prima” adequada, e esta é fornecida, em primeira mão, pela Palavra de Deus.


Davi afirmava guardar a Palavra como um antídoto para o pecado:


Escondi a tua palavra no meu coração, para eu não pecar contra ti. (Sal 119:11).


Seguramente, não estamos falando de decorar a Bíblia, de ser um especialista na forma das Escrituras, mas sim em buscar “ouvir a voz de Deus” por meio da mensagem total da Palavra.


Deus gosta de falar conosco, e quando temos as suas instruções dentro da mente, Ele as usa para orientar cada situação do dia a dia, cada desafio, ou relacionamento.


Adão falava com Deus (Gn 3:8-13), e, mesmo depois do pecado, homens como Abraão (Gn 18: 20-33), ou Elias (I Rs 19:4-13), tiveram belas conversas com o Criador.


Devemos nos lembrar que nem todas as etapas da nossa vida, e especialmente a vida cristã, são iguais, uma vez que ao nosso redor muitas coisas acontecem, e há períodos de desafio.


Por isso, somos insitados a plantar, colher e armazenar, como fez José no Egito (Gn 41:25-57; Pv 16:8; I Cor 3:6-7; Sal 125:5; Mt 13:41; Isa 65:21; Mt 13:1-8; II Cor :6).


O resultado da nova condição do homem, com uma visão eterna que faz com seus olhos sejam bons e, portanto tudo em sua vida estará em luz (Mt 6:22;Lc 11:34-36) estabelece um domínio próprio (Tt 1:5-(8)-16; Gal 5:23; I Cor 7:37), que separa as coisas ruins das boas, diante de Deus:

fonte: Pastor Elcio Lourenço

Uma mensagem para cada um de nós!

Jr 18.1-6 = 2Tm 2.20-21

É bem possível que cada um de nós já passou por este caminho em sua vida.
Quantos já disseram um dia: “Ah, se eu pudesse voltar atrás e começar tudo de novo! Ah, se eu tivesse uma outra chance! Eu fiz uma bagunça em minha vida, por isso, se pudesse começar de novo faria diferente!”

Ou então, alguns pensariam: “não adianta mais, minha vida não presta — já errei uma vez demais”.

Quem aqui, já não sonhou em ser alguém muito importante, em ser rico, em ser isso ou aquilo; porém, tudo deu errado, porque tentou fazer em seu próprio poder, em suas próprias forças, etc.

É esta a situação em que encontramos Jeremias neste texto.
Novamente o povo de Israel se encontrava sob o julgamento de Deus, eles desobedeceram e Deus mandou-lhes o castigo.
A missão do profeta Jeremias era juntar os pedaços para se fazer algo útil do povo desviado.

Porém, o profeta desanimado refletia: Será que já passou os limites de Deus, há ainda esperanças para este povo?

Jeremias então clama a Deus por uma resposta e Ele a concede no capítulo 18, ou melhor, o lugar onde encontraria a resposta: “Vai a casa do oleiro e lá ouvirás as minhas palavras”.

Jeremias, então, mais do que depressa se dirige à casa do oleiro, na expectativa de que alguém lhe falasse toda a resposta.
Imaginem a sua surpresa, ele entra em uma barraquinha toda suja de poeira e cheia de vasos de barro.
Ao entrar, ele nota um silêncio, ninguém falava absolutamente nada, então, ele nota três coisas de grande destaque.

o oleiro : um velho curvado nas costas de tanto trabalhar sobre a roda.
as rodas : sempre girando conforme a vontade do oleiro.
o barro : poço de lama.

Então Jeremias começa a entender o porquê de Deus tê-Lo mandado àquele lugar ao ver estas coisas.

ESPIRITUALMENTE: Deus é o oleiro, a roda significa o passar do tempo e das circunstâncias na vida e o barro representa o homem, pó da terra.

O oleiro pega uma mão cheia de barro e faz deste uma bola; isto é Deus fazendo o homem do pó da terra.
Cada vida é o resultado da mão criadora de Deus (Is 64.8).

Coloca então na roda da vida, o barro alguns dizem que assim é a vida, nós não temos controle, é um salto no escuro, porém sabemos isso não é verdade.
O oleiro começa a formar algo daquela massa de barro.

ò O barro em si não tem valor, mas na mão do mestre pode se tornar uma obra de arte.

Jeremias observa firmemente tudo isso, procura sentir o que Deus estava tentando dizer.
A partir daí, ele começa a notar as qualidades do oleiro:

Ele é um trabalhador dado ao trabalho: seus pés fazer girar a roda, as mãos dão forma ao barro, seus olhos ficam fixos no objeto que se constituiria em um vaso. Desta forma é Deus, trabalhando hoje e sempre.

Seu trabalho é individual: um vaso de cada vez. Trabalha com vasos um por um. Deus é um Deus pessoal, dá atenção a cada um e nada escapa a Sua vista. Ele nota cada detalhe, até mesmo quando cai um passarinho Ele nota e o nosso cabelo é numerado.

Trabalha construtivamente: fazendo algo lindo e que vale a pena fazer. Deus quer fazer isso conosco, quer fazer algo bom de nós, quer levar todos nós a morar com Ele.

O Espírito Santo quer transformar a casinha do seu coração em um palácio!

Trabalha inteligentemente: faz do barro algo que já têm planejado em sua mente.
Ele é o arquiteto com o plano, ele vê o produto final.
Assim, da mesma forma, Deus.

Trabalha pacientemente: não muito rápido, pois é um trabalho delicado.

— O oleiro representa Deus, uma pessoa
— com o poder de fazer o seu plano.

Jeremias, atento, observa tudo isso ninguém diz nada.
De repente: BLÁ! Tudo cai em pedaços.
Quem é o culpado? Tudo estava ficando tão lindo.
Qual a razão de ter quebrado?
Não era o mestre, ele fez tudo certo.
Não era a roda, ela estava girando como sempre.
Era o barro .
Algo no barro: talvez uma pedrinha, um foco de areia, algo no barro resistiu a mão do oleiro e tudo caiu em pedaços.

Então, o profeta notou que não podemos interferir na obra de Deus, podemos resistir ao trabalho que Ele quer fazer em nossas vidas (Rm 9.19-21).

Adão e Eva fizeram isso.
Os motivos: desobediência, desrespeito, desonestidade, avareza, rebelião, etc.

Jeremias conclui que já têm a mensagem de Deus e talvez vira para sair daquele local, triste. Deus queria fazer uma coisa boa com o barro (cada um de nós), porém o barro resistiu a mão do Mestre.
Agora não tem mais chance, acabou, seu destino é feito...

Mas, note a 2 a parte do verso 4: “... tornou a fazer dele outro vaso, segundo bem lhe pareceu”.

O mestre com compaixão reúne as peças, cada uma delas.
Faz novamente uma bola de barro e a coloca na roda, e com tempo e trabalho saiu um vaso mais bonito que o primeiro!

LIÇÃO PARA NÓS:
Pode-se começar de novo.
Que bênção!

Para isso veremos três passos neste novo começo.

(1) Crer que Deus têm um propósito para Sua Vida! (Ec 3.1)

VOCÊ ESTÁ DESANIMADO???

Sim, Deus têm um propósito
para você, tinha para Elias,
Moisés, Jonas, Saulo
e Você...

(2) Crer na paciência de Deus (2Pe 3.8)

Deus irá lhe dar uma outra chance.
Um certo ateu religioso disse: Se existe Deus, que me mate em 60 segundos.
Contando, blasfemando, jogando palavrões, finalmente rindo, colocou o relógio no bolso e disse: Veja só, não existe Deus.

Agora, pensem: como é que uma pessoa como essa irá exaustar a paciência de Deus em 60 segundos?

(3) Crer na promessa de Deus (v.6) — “Assim sois vós na minha mão”.

— Há três estágios na nossa atitude para com a vontade de Deus; primeiro, aprendemos a aceitá-la; segundo, concordamos com ela; e, finalmente, nos deleitamos nela!

Há uma segunda chance, um novo começo, porém não espere muito...

Jr 18.7-10 & 19.10-12 & 2Tm 2.20-21

Deus pode fazer o que você deseja:

Ou fazer um vaso bonito — Ou deixar quebrado e vazio.

Você escolhe...

Pode fazer apelo para descrentes:

Mt 11.28-30

Cristo, pessoa histórica — nasceu, viveu, padeceu.
Crer que Cristo é o Filho de Deus.
Crer que Cristo fez o que veio para fazer — morreu em nosso lugar.
Crer que Ele pode nos salvar!!!
Nos dar um Novo Começo.



Fonte: Pr. Cleverson de Abreu Faria

10 de nov. de 2010

10 de set. de 2010

Ele é Deus

Shirley Carvalhaes

Composição: Elizeu Gomes

Sabe, ninguém nos ama como nosso Deus
Ninguem nos cura, como nosso Deus
Ninguem nos fala como nosso Deus
Ninguem;
Sabe, ninguem é lindo, como nosso Deus
Ninguem perdoa, como nosso Deus
Ninguem nos toca como nosso Deus
Ninguem.
Refrão
Ele faz sorrir quem esta chorando
Ele faz prosseguir quem esta parando
Ele esta mudando tudo, colocando do avesso
Se prepare porque isso não é nem o começo
Ele está fazendo céu sobre essa igreja;
Ele ganha a batalha sem entrar na peleja
Ele atrasa o relógio, adianta o minuto
Eu não sei como ele faz, ele é capaz de tudo.
Ele é Deus (6 veses) e tem todo poder
Ele é Deus (6 veses) creia e você vai ver.
Ele abriu o mar com apenas o seu sopro
E lá nodeserto mandou água pro seu povo
E no pentecoste mandou fogo sobre todos
E hoje aqui, vai tocar todo este povo.

31 de ago. de 2010

MOTIVOS PARA O CRENTE ADORAR A DEUS

- Como temos visto, a adoração a Deus é algo que faz parte da própria natureza do ser humano, é uma característica que acompanha o homem desde a sua feitura.
O homem deve adorar a Deus, porque Deus o fez e Ele tudo deve a este Deus.
A adoração estabelece os parâmetros corretos do relacionamento entre Deus e o homem, exatamente porque é através da adoração que Deus é reconhecido como Senhor e o homem, como Seu servo.

- O primeiro motivo, portanto, para adorarmos a Deus está no fato de que Deus, o Senhor de todas as coisas, é o Criador de tudo, inclusive do próprio homem.
Quando adoramos a Deus, reconhecemos que Ele é o nosso Criador e manifestamos tal reconhecimento através da adoração.
Todo homem é apresentado a Deus como sendo Sua criatura
(Rm.1:20,21) e, através desta apresentação, deve o ser humano adorar a seu Criador.
Quando não o faz, desprezando a Deus, a Bíblia ensina-nos que são tais pessoas abandonadas pelo Senhor à sua própria sorte, gerando um sem-número de males e problemas para a humanidade rebelde, que se recusa a adorar o seu Criador
(Rm.1:24-32).

- O segundo motivo pelo qual devemos adorar a Deus é o fato de que Ele nos ama, de, apesar de ser o Criador, jamais desampara o homem, mas, muito pelo contrário, o ama e tem prazer em estar na companhia do ser humano.
Por amar o homem, Deus enviou Seu Filho para morrer por nós, quando ainda éramos pecadores (Rm.5:8).
Jesus é a prova suprema deste amor, pois morreu por nós na cruz do Calvário (Jo.15:13).
Deus nos amou primeiro (I Jo.4:19) e, em gratidão a este tão grande amor, reconhecemos Sua supremacia e procuramos render-Lhe culto, bem como fazemos o que Ele nos manda.

- O terceiro motivo pelo qual devemos adorar a Deus é o fato de que Ele nos salvou.
Deus não somente amou o homem, mas providenciou a sua salvação através da pessoa de Jesus Cristo.
Em Cristo, temos novamente acesso a Deus, pois os nossos pecados são perdoados e não há mais separação entre nós e Deus (Rm.5:1; Ef.2:13,14).
Assim, tendo em vista a salvação de nossas almas, temos um caminho que nos introduz à presença de Deus, o que torna possível a adoração direta e individual, o que, antes, não era possível ao homem pecador (Hb.10:19-22).
Podemos adorar a Deus, sem obstáculo, tendo como único mediador a Cristo Jesus (I Tm.2:5). Graças a salvação, temos uma comunhão eterna com o Senhor, como antes do pecado dos nossos primeiros pais, comunhão esta que perdurará para sempre na nova Jerusalém (Ap.21:2-4).

- O quarto motivo pelo qual devemos adorar a Deus é o fato de que Ele precisa ser conhecido dos homens que ainda não O conhecem como Senhor e Salvador de suas vidas.
A missão principal dos servos de Deus neste mundo é anunciar a toda criatura o evangelho(Mc.16:15), ou seja, a boa notícia de que o reino de Deus é chegado e que os homens devem nele entrar através do arrependimento de seus pecados (Mc.1:14,15).
Deus somente será conhecido dos homens se nós O revelarmos através de nossas vidas e isto só será possível mediante a visibilidade da adoração.
Pela adoração, os homens poderão ver Deus em nós (Mt.5:16; At.6:15; II Co.3:18).
Como diz conhecido cântico, devemos adorar o Senhor de modo que o “mundo possa ver a glória do Senhor em nossos rostos brilhar.”

- O quinto motivo pelo qual devemos adorar a Deus é o fato de que o necessário crescimento espiritual do crente depende da sua vida de adoração.
A vida espiritual é uma vida dinâmica, uma vida de contínuo desenvolvimento, pois não é possível haver uma vida estacionária, parada no campo espiritual.
Se não avançamos espiritualmente, estaremos, necessariamente, regredindo.
Por isso, o escritor da epístola aos Hebreus diz que devemos correr com paciência a carreira que nos está proposta (Hb.12:1) e o apóstolo Paulo afirma, somente ao final de sua vida, que tinha encerrado a sua carreira (II Tm.4:7).
Sendo uma vida espiritual algo dinâmico, precisamos estar em contínuo relacionamento com Deus, precisamos orar em todo o tempo, mantermos uma vigilância sem qualquer trégua ou interrupção, o que somente é possível se adorarmos a Deus a todo instante, a todo momento.
São estes os adoradores que Deus está buscando
(Jo.4:23).

- O sexto motivo pelo qual devemos adorar a Deus é o fato de que nós temos fé em Deus, porque confiamos nEle.
Fé, como afirmou de modo muito feliz o pastor Ricardo Gondim (Assembléia de Deus Betesda) é o elo que nos une a Deus, a um Deus que nós não vemos, é uma certeza sem provas, é uma convicção sem provas, sem garantias (Aprenda a ter uma grande fé – pregação radiofônica difundida em 25.11.2003).
Sem fé é impossível agradar a Deus (Hb.11:6) e, portanto, para que possamos adorar a Deus, render-Lhe culto e louvor, é indispensável que creiamos que Ele existe e é galardoador dos que O buscam. Nunca nos esqueçamos que Jesus, em muitas oportunidades, ao se dirigir às pessoas que O ouviam, fazia alguma observação a respeito da fé que elas possuíam.

- O sétimo motivo pelo qual devemos adorar a Deus é o fato de que nós amamos a Deus.
Somente se amarmos a Deus poderemos adorá-lO.
Quando amamos alguém, queremos estar sempre ao seu lado, queremos estar, constantemente, na sua companhia.
Ora, se amamos a Deus, desejamos estar sempre ao Seu lado, estar sempre em Sua companhia e não há outra forma de o fazermos senão através de uma contínua adoração a Ele.
A igreja anseia pela contínua companhia de seu Noivo, de seu amado:
” o meu amado é meu e eu sou dele”
(Ct.2:16a).

III
A ADORAÇÃO A DEUS MEDIANTE A LITURGIA

- Embora a adoração a Deus não se confunda com o culto a Deus nas reuniões coletivas da igreja local, é esta uma das formas pelas quais adoramos ao Senhor.
É o que os estudiosos da Bíblia denominam de “liturgia”, palavra que veio do grego “leitourgía” (λειτουργία), que significava, primitivamente, “…em Atenas, ‘contribuições (de origem sobretudo ritual) que o Estado exigia dos cidadãos para alívio de determinadas obrigações do poder público, entre as quais: 1) a trierarquia ou equipagem de uma trirreme;
2) a coregia ou obrigação de equipar e organizar um coro de dança em concursos líricos e dramáticos;
3) a gimnasiarquia ou organização dos jogos públicos;
4) a hestiase ou banquete oferecido a todos os cidadãos…” (Dicionário Houaiss da Língua Portuguesa).

- Como se pode perceber, portanto, a “liturgia” era, na Grécia Antiga, um serviço público, uma obrigação do cidadão, quase sempre de origem religiosa, um esforço que deveria fazer para contribuir para que os “deuses” se fizessem favoráveis com a cidade a que pertencia o cidadão. Era, portanto, o cumprimento de um dever para com a divindade de forma pública, em sociedade, visando a bênção divina não só para o cidadão, mas para todo o povo.

- Este mesmo tipo de atitude vemos nas prescrições da lei mosaica, onde se estabeleceram festividades e rituais em que o povo de Israel celebrava o seu Deus, notadamente nas três grandes festas (Páscoa, Pentecostes e Festa dos Tabernáculos) e no dia da expiação, quando se fazia, inclusive, um sacrifício em prol de todo o povo. Aqui, também, se demonstrava a necessidade de todo o povo, propriedade peculiar de Deus entre os povos (Ex.19:5,6), praticar atos públicos de reconhecimento da soberania de Deus.

- Assim, a “liturgia” é esta adoração pública, é este reconhecimento coletivo, de toda uma comunidade, da soberania do Senhor e um instante em que todos se reúnem para dar ao Senhor a glória que somente a Ele é devida (Sl.29:2; 66:2; 96:7,8; Is.42:8;48:11).
Deus tem prazer nesta adoração coletiva e sempre instou Seu povo a fazê-lO
(Lv.9:6,23; Nm.14:10), até porque, em reuniões como estas, o Senhor mostra os Seus propósitos de vida, de santidade e de amor para com o Seu povo
(Dt.5:24; 26:19), de modo a que o Seu povo possa anunciar às outras nações esta mesma glória
(I Cr.16:28,29; Sl.96:3; Is.42:12).
A presença da glória do Senhor nas reuniões do Seu povo, ademais, é uma demonstração de nossa filiação divina por adoção em Cristo Jesus
(Sl.90:16; Is.61:6).

- Mas, ao lado deste aspecto de adoração, de relacionamento com Deus, de reconhecimento da soberania divina, a “liturgia” também tem um aspecto externo, um conjunto de ritos, formalidades e cerimônias que devem ser estabelecidos, já que estamos diante de uma adoração coletiva, de uma reunião de pessoas, a exigir, portanto que, na convivência e na reunião, haja uma organização, uma ordem, até porque se trata de um momento de grande reverência e respeito, pois se vai adorar ao Senhor de todo o universo. Assim, se é razoável exigir-se uma certa solenidade, uma certa formalidade quando estamos diante de ocasiões especiais na vida cotidiana, como poderemos dispensar um ambiente de respeito e de consideração quando nos reunimos para adorar a Deus?

- Além do mais, quando vemos na Palavra de Deus, observamos que o Senhor sempre exigiu reverência, respeito e consideração nas reuniões coletivas de adoração.
Quando Se manifestou a Moisés, imediatamente mandou que o futuro líder libertador de Israel não Se aproximasse da sarça ardente e, ainda, descalçasse seus pés pois o lugar onde se encontrava era terra santa, em virtude da presença do Senhor (Ex.3:5), algo que, anos mais tarde, seria repetido em relação ao sucessor de Moisés, Josué (Js.5:15), passagem que prova que a adoração não se desprende da reverência e que a reverência impõe a existência de algumas formalidades. Por isso, integral razão tem o pastor Osmar José da Silva quando afirma que “…a própria liturgia envolve-se em rituais e o ritualismo religioso envolve-se em normas litúrgicas.
São como gêmeos que não se separam).…” (Liturgia: rituais, símbolos, cerimônias, doutrinas, costumes, histórias, p.15).

- No monte Sinai, também, o Senhor mandou que o povo se preparasse convenientemente para a manifestação da glória divina, inclusive mantivesse uma certa distância do monte (Ex.19:9-25), tendo, sido, aliás, esta a primeira ordem dada por Deus depois que o povo aceitou ser o Seu povo.
Não foi à toa, portanto, que o sábio pregador advertiu os servos do Senhor a guardarem os seus pés quando entrassem na casa do Senhor (Ec.5:1 – ARC, ARA, TB), expressão cujo significado é ser reverente (como, aliás, consta na Nova Versão Internacional), ser vigilante nos seus passos, nas suas atitudes (como consta da Tradução Ecumênica Brasileira), ter cuidado (como consta na Nova Tradução na Linguagem de Hoje), “ver onde põe o pé” (como se vê na Versão do Pe.
Antonio Pereira de Figueiredo).

- A reverência, o respeito, a consideração traduzem, aliás, o que a Bíblia chama de “temor do Senhor”, ou seja, o reconhecimento da soberania e do senhorio de Deus sobre cada ser humano, o que nos leva a respeitá-lO, ou seja, “olhá-lO com atenção”, “levá-lO em consideração”, “prestar-Lhe atenção”, “dar-Lhe ouvidos”, como nos indica a própria raiz indo-européia da palavra “respeito” que é “spek”.
O respeito leva-nos, portanto, a ter algumas regras e normas no culto a Deus, normas estas que devem ser observadas e que revelam o próprio ato de adoração que está presente em cada culto coletivo a Deus.

- No entanto, se há necessidade de haver uma determinada ordem no culto coletivo a Deus e que esta ordem se manifeste por meio de algumas regras e normas, há o grande risco de, em nome da organização, estabelecermos um formalismo, um legalismo que prevaleça sobre a própria adoração a Deus, que foi, precisamente, o mal que tomou conta do povo de Israel que passou a cultuar a Deus de modo exclusivamente externo e aparente, prendendo-se aos rituais e às cerimônias, o que levou, inclusive, o Senhor a abominar as solenidades e festividades que se passaram a realizar. Através dos profetas, Deus mostrou ao Seu povo que não tinha prazer em rituais, cerimônias e solenidades, se elas não viessem acompanhadas de um verdadeiro espírito de adoração, se elas não traduzissem um real e sincero reconhecimento da soberania divina da parte dos participantes das cerimônias religiosas (Is.1:10-19; 58:1-8; Zc.7:4-7; Ml.1:7-14). O ponto máximo do formalismo encontramos nos fariseus, a ponto que “farisaísmo” passou a ser sinônimo de um formalismo vazio e abominável ao Senhor, algo que repugna a Deus, como nos dá conta o próprio ministério terreno de Jesus Cristo (especialmente, Mt.23).
A adoração permite uma comunicação entre Deus e o homem Mediante a adoração, Deus aceita, ou não, o gesto do homem, mas é através dela que Deus Se manifesta ao homem, mesmo àquele que não teve aceita a sua oferta, de modo que se estabelece o necessário relacionamento entre Deus e o homem. Através da adoração, o homem tem condições de entender que o pecado é o responsável pela ruptura da comunhão entre o ser humano e o seu Criador
A adoração é uma prática que acompanha a própria existência do homem .
O primeiro casal tinha um instante diário de adoração e, diante desta prática, havia ensinado seus filhos a procederem da mesma maneira.
O homem, portanto, foi feito para adorar a Deus.

A Igreja Hoje

“E não vos embriagueis com vinho, no qual há dissolução, mas enchei-vos do Espírito, falando entre vós com salmos, entoando e louvando de coração ao Senhor com hinos e cânticos espirituais, dando sempre graças por tudo a nosso Deus e Pai em nome de nosso Senhor Jesus Cristo.
Ef. 5:18-20.
(EF; 5:18-20)
Muitas mudanças profundas ocorreram nos últimos 40 anos nas igrejas Protestantes (inclusive nas Pentecostais) com relação aos cultos, e particularmente à adoração.
Muitas destas mudanças foram o resultado de um esforço consciente de livrar-se do ritualismo e liturgia e depender somente do Espírito Santo para manifestar a presença de Deus nos cultos Evangélicos e inspirar os crentes a adorarem ao Senhor.

O Movimento de Renovação.

Desde o surgimento do movimento de renovação entre os grupos protestantes nos Estados Unidos na década de 60, o entendimento do propósito do culto na igreja (de exaltar o Senhor), o estilo de culto (que antigamente era com reverência e gratidão) e em particular o estilo do louvor (que antigamente se concentrava em agradar ao Senhor) nas igrejas Protestantes (tradicionais e Pentecostais) tem mudado rapidamente.
As origens destas mudanças podem ser parcialmente identificadas nas conversões que aconteceram durante o Movimento de Jesus.

Nos anos 60, muitos jovens que tinham um estilo hippie vieram para a fé.
Entretanto, ao invés de terem toda a sua vida mudada pelo Espírito, eles conservaram algumas formas de comportamento e hábitos altamente informais de comunicação e de vestuário, o que se refletiu na forma adotada de cultuar o Senhor.

Eles também trouxeram consigo os estilos das músicas mundanas aos quais estavam acostumados, e acima de tudo, um estilo de apresentação performático.
Eles e não o Espírito Santo eram responsáveis pela extrema informalidade conducente à falta de reverência no modo de vestir e no comportamento nos cultos, e particularmente no estilo de louvor adotado nas últimas décadas pela maioria das igrejas ditas renovadas.
Este estilo de louvor já chegou às igrejas Pentecostais e mesmo às igrejas Evangélicas, que os usam na tentativa de atrair jovens.
Eles deveriam ter sido ajudados por pastores com discernimento, mas, em muitos casos, isto não aconteceu.

2. Abordagem individual à adoração.

Havia entre eles uma abordagem individual com relação ao culto, e particularmente à adoração. Enfatizava-se a liberdade na maneira que as pessoas queriam louvar, o que significava, na prática, liberdade para a carne.
Eles confundiam liberdade para o Espírito realizar o que queria com liberdade para que as pessoas expressassem suas emoções da maneira que achassem adequada.
Eles pensavam, por exemplo, que qualquer desejo repentino de bater palmas, pular, dançar ou cair no chão “para adorar o Senhor” era necessariamente o resultado de um impulso do Espírito Santo.

Dali por diante, pular, dançar e bater palmas começou a ser usado como meios de levar os “adoradores” a um estado de bênção.
Ao invés de serem visitados pelo Espírito Santo, e como conseqüência manifestar estas maneiras de adoração, começaram a praticar estes movimentos físicos para mover o Espírito Santo a visitá-los o contrário da idéia original.

Eles também entendiam que a crítica à sua maneira de adoração significava a crítica ao Espírito Santo.
Este entendimento contribuiu para evitar qualquer tipo de julgamento sobre qualquer nova maneira de adoração.
Uma interpretação de um verso isolado do Velho Testamento era suficiente para justificar uma nova prática, uma nova maneira de adorar.

As coisas evoluíram e mesmo que não houvesse uma justificativa bíblica para a prática, eles ainda a adotavam.
No final, começara a mudar os 1950 anos de teologia da Igreja para justificar suas novas práticas:
a atitude geral era de que alguém não devia procurar embasamento bíblico para novas práticas porque a Bíblia somente dá “linhas gerais”.

Assim, a experiência começou a ser enfatizada em detrimento de ensinamentos claros da Palavra de Deus.
Conseqüentemente, um padrão de tolerância com relação a novas práticas de adoração e comportamento nos cultos na igreja começou a ser estabelecido nas igrejas do Movimento de Renovação.

3. Falta de reverência e ordem.

Mais tarde, todos os tipos de atitude para expressar reverência e ordem nos cultos nas igrejas começaram a ser vistas como ritualistas e vazias.
Em seu lugar deveria haver completa liberdade para cada crente se comportar como “se sentisse tocado pelo Espírito Santo”, como se todos estivessem cheios do Espírito, e fossem capazes de ouvir e discernir a voz do Senhor, como se fossem maduros o suficiente para conferir se aquele comportamento era aceitável e agradável ao Senhor.

Como resultado, um clima informal de comportamento, uma familiaridade excessiva com o Senhor e com o Espírito Santo começou a substituir a reverência necessária, o temor e o tremor diante do Senhor, que são claros ensinamentos do Velho e do Novo Testamento.

Em algumas igrejas, o desejável temor e reverência perante o Senhor tende a ser substituído por uma completa informalidade ao se referir ao Senhor e adorá-lo.
Em muitos meios da chamada Renovação, o temor for substituído por uma falta de reverência e por uma indevida, e, portanto chocante intimidade com o Senhor.
Jesus começou a ser tratado pelos adoradores como um seu igual, como um colega.
Outros começaram a se referir ao Espírito Santo com um excesso de intimidade.

4. Pastores despreparados e inseguros.

Naquela época não havia pastores devidamente preparados para pastorear os rebanhos com as armas do Espírito Santo, com discernimento e sabedoria.
Aqueles pastores haviam sido treinados em seminários onde não havia ensinamentos sobre como colocar em ordem os dons espirituais na igreja local, nem sobre como distinguir a manifestação do Espírito de uma expressão da emoção humana (pensamentos e sentimentos humanos).

A maioria destes pastores não tinha uma formação Pentecostal; eles vinham de igrejas Protestantes tradicionais e históricas.
Seus professores nos seminários não pertenciam a igrejas onde havia rotineiras manifestações dos dons espirituais.
Além do mais, eles nem mesmo era usados nos dons espirituais, o que os tornava totalmente incapazes de ensinar sobre este assunto com autoridade.
Aqueles professores não tinham o conhecimento de como julgar as profecias ou como testá-las para saber se vinham do Espírito Santo ou do homem.

Aqueles pastores também tinham medo de desagradar as suas congregações.
Isto se devia, em parte, ao resultado da maneira democrática de escolha dos pastores: por eleições democráticas e não por uma escolha do Espírito Santo.
Estes pastores tinham que satisfazer suas congregações mesmo às custas da desobediência ao Senhor para manterem seus empregos.

Por outro lado, êles não dirigiam as suas igrejas diligentemente por causa de um entendimento errôneo a respeito da unção do Espírito Santo:
a unção dada a um pastor era considerada a mesma unção que o Senhor dava a outros cristãos para desempenharem outras funções na igreja.
Eles não entendiam que haviam recebido autoridade para dirigir a Igreja e mais discernimento e sabedoria do que os membros comuns da congregação como parte da unção.
Os pastores, então, se tornaram inseguros em sua função de pastorear o rebanho.

5. Falta de discernimento.

Naquela época, uma grande preocupação dominava aquelas igrejas:
não atrapalhar o que Espírito Santo estava operando.
Como os pastores não tinham discernimento sobre o que estava promovendo a edificação das igrejas, e não conseguiam distinguir entre a Obra genuína do Espírito e reações humanas à Obra do Espírito, admitia-se tudo.
Não se ensinava os limites ou princípios para estabelecer a ordem e a decência (I Cor. 14:40) no culto ou no louvor na igreja.
Na prática, aqueles que se convertiam se tornavam “ovelhas sem pastor”.

Na década de 80, um pastor de Indiana enviou um grupo de anciãos para outra cidade para examinarem certo movimento espiritual e trazer um relatório sobre as manifestações espirituais que ali ocorriam.
O relatório foi o seguinte:
“há manifestações que são do Espírito e outras que não são”.
Mas eles não ousaram dizer quais eram e quais não eram provenientes do Espírito.
A razão era que eles não tinham discernimento e estavam, portanto, com medo de errar e desagradar o Senhor.

6. Hábitos de vestuário.

À medida que o Senhor salvava muitos do movimento hippie, os pastores ficavam tão felizes pela salvação deles que tinham medo de desagradá-los de alguma forma ensinando-os como se vestir e se comportarem apropriadamente em um culto na igreja.
Por isso, e por falta de discernimento, optavam por não instruir aqueles novos convertidos ensinando-os sobre a transformação completa das vidas daqueles que aceitam Jesus como Senhor e Salvador, sobre o desejo de Jesus de se revelar ao mundo através de nós ou sobre a necessidade de vivermos para a glória do Senhor.

Os hippies que se convertiam nas praias da Califórnia e não o Espírito Santo foram os responsáveis pelo uso de bermudas, camisetas e sandálias de praia nos cultos, pela prática de se tomar bebidas e comer pipocas durante os cultos (durante o período de louvor e da pregação) e esta prática se espalhou pelas igrejas de Renovação.
Elas foram de um extremo a outro:
ao invés de regras de vestimentas, optavam pela informalidade sem limites razoáveis e sem discernimento.
É claro que nunca foram alertados que todas as coisas nos são permitidas, mas nem tudo nos convém porque muitas coisas não promovem a edificação da igreja.

7. Liberdade.
Louvor performático.

Na área do louvor, não havia somente a liberdade para qualquer crente adorar ao Senhor como preferisse, mas havia também a liberdade de transformar o culto em uma espécie de show.
O coro tradicional deu lugar a um grupo de louvor que era desnecessariamente colocado em frente à congregação em um palco, cantando e agindo como astros da música popular, como se eles próprios estivessem se apresentando a uma congregação, não ao Senhor.
Posteriormente, em algumas congregações, até mesmo grupos de dançarinos agitando bandeiras foram acrescentados ao palco.
Considerando que sua atividade tem o objetivo de adorar o Senhor, torna-se difícil justificar o fato de que eles cantam, dançam e tocam instrumentos no palco voltados para a congregação.

As igrejas começaram a reagir à apresentação desses grupos com aplausos, exatamente como platéias reagem depois de shows de artistas populares seculares.
E mais:
começaram a agradecer a eles pela apresentação, como se esses grupos estivessem no palco para entreter a congregação e, assim, esperassem um reconhecimento da platéia.
Esqueceram-se de que, pelo menos em teoria, estavam cantando juntamente com a congregação para adorar o Senhor e agradá-Lo, esperando o reconhecimento do próprio Senhor.

8. Influência sobre outros países.

Os missionários e evangelistas carismáticos norte-americanos que foram trabalhar no exterior começaram a divulgar esse tipo de “louvor emocional” e “louvor no palco” em outros países.
As novas igrejas iniciadas por eles adotaram esse tipo de louvor como se fosse o único que desse “liberdade ao Espírito” e como se tivesse sido revelado pelo Senhor à Igreja de hoje.

Esta influência ultrapassou as novas igrejas iniciadas por esses missionários e evangelistas, atingindo Igrejas pentecostais que foram iniciadas a partir dos anos 90 e até mesmo congregações pentecostais tradicionais em diferentes partes do mundo, inclusive na Europa Oriental e nos países da antiga União Soviética.

Princípios Bíblicos sobre Louvor

1. Louvor ao longo da História.

Sobre este assunto da adoração ao Senhor em cultos públicos, tem-se que ter sempre em mente que os verdadeiros adoradores não surgiram na igreja com o Movimento de Renovação.
Se alguém disser isto, estará negando que sempre houve uma igreja fiel durante toda a história, que sempre foi capaz de agradar ao Senhor.
Também estaria negando que o Senhor sempre foi vitorioso, sempre contando com uma Igreja fiel.

Não se pode descartar a maneira que o Senhor tem sido adorado pela Igreja fiel e mesmo pelos movimentos Pentecostais nos seus melhores momentos, mesmo antes do surgimento desses movimentos de renovação espiritual.
Uma evidência desta realidade são os hinos com letras profundas que edificam a igreja e exaltam o Senhor de uma maneira que os hinos que apareceram nos últimos 30 anos raramente alcançam.

É claro que sempre houve uma igreja espiritualmente vazia que não tinha graça e que substituía a operação do Espírito Santo por uma liturgia vazia.
Entretanto, sempre houve uma Igreja fiel que louvava o Senhor de uma forma que lhe é agradável, especialmente nos tempos de avivamento da fé e, particularmente, desde que o Senhor começou a derramar do Seu Espírito sobre toda a carne a partir da segunda metade do século XIX (o movimento pentecostal).

A maneira de adorar que passamos a considerar não é só bíblica, mas atualmente tem sido vivida por Igrejas que aprenderam a adorar ao Senhor em espírito e em verdade.
O Senhor manifesta Sua satisfação com o louvor destas Igrejas e, em resposta, as edifica.

Vale notar, a esse respeito, que, quando o Espírito Santo, por intermédio do Apóstolo Paulo, decidiu revelar à Igreja como deveria desenvolver-se um culto de adoração, Ele se refere, em I Cor 14:23-32, apenas a dons espirituais (línguas, revelação, interpretação), a louvores por meio de Salmos e ao ensino, dando instruções específicas sobre como os dons devem ser usados com sabedoria, sendo julgados e utilizados com decência e ordem (versículo 40).
Ele nada diz sobre a posição em que os crentes devem cantar (sentados, prostrados, em pé), nem sobre expressões corporais (mãos levantadas, palmas, dança, etc.).
Isso, por que o importante em um culto, do ponto de vista do adorador, é o coração, é uma adoração em espírito e em verdade, e, do ponto de vista de Deus, é Sua capacidade de falar ao Seu povo, para edificá-lo e dirigi-lo.

2. Propósito:
adorar ao Senhor.

O objetivo principal da existência da Igreja e de cada membro em particular é o de adorar o Senhor proclamando as suas virtudes e graças e manifestar nossa gratidão por suas misericórdias e dádivas.
Este é também o objetivo de cada culto em uma igreja verdadeiramente Cristã.

Quando a Igreja se reúne em um culto, o propósito não é o de se ter um período abençoado, buscar prazer espiritual tal como a alegria do Senhor, ou mesmo de receber bênçãos específicas, mas seu objetivo é o de adorar o Senhor por Sua majestade e senhorio, de manifestar gratidão por Suas bênçãos.

3. Inspiração:
agradar ao Senhor.

A Igreja não louva para agradar a si mesma (agradar a carne), ou porque é agradável a ela ser visitada pelo Espírito Santo.
A Igreja louva para agradar ao Senhor, que é o foco do culto.
A preocupação principal da Igreja em um culto é agradá-Lo.

Em nenhum lugar a Bíblia diz que os crentes devem louvá-Lo da forma que os agrada.
Todos os ensinamentos bíblicos mandam adorá-Lo como Ele quer.
“Deus busca adoradores que O adorem em Espírito e em verdade”.
A verdadeira adoração tem que ser dirigida pelo Espírito Santo, que exalte somente Deus o Pai e o Senhor Jesus.

Apesar destes ensinamentos, em alguns movimentos cristãos hoje em dia, há ainda o entendimento de que o período de louvor deve ser agradável à igreja, eles devem se divertir, ter prazer, sentir-se bem.
É por isto que há o incentivo em muitas igrejas para os crentes fazerem o que lhes agrada durante o período de louvor.

Entretanto, a sensação da presença de Deus, a alegria e o amor que enche seus corações deve ser só um subproduto da verdadeira adoração, e não um fim por si só.
Devemos nos regozijar porque o Senhor está sendo exaltado e porque Sua graça está sendo anunciada, não porque gostamos de nos sentir bem.

4. Atitude:
reverência e temor do Senhor.

A Bíblia nos diz que devemos ter uma atitude de reverência quando entramos na presença do Senhor.
Lembre-mo-nos da experiência de Moisés quando Deus mandou que tirasse as suas sandálias porque estava em terra santa. No livro de Hebreus, aprendemos que pelo sangue de Jesus temos a ousadia de entrarmos na Sua presença.
Mas o mesmo livro nos ensina que temos que ter temor em Sua presença, porque Deus é fogo consumidor
(Heb. 12:28-29).

Uma atitude de reverência diante do Senhor pode demonstrar o temor do Senhor (o princípio da sabedoria, Prov. 1:7) que é compatível com o amor e a confiança em sua misericórdia e que, portanto é exigido de todos os crentes pela Palavra de Deus.
Deus não mudou de acordo com os tempos modernos
(Mal. 3:6).

A reverência é manifesta por uma atitude compatível, no comportamento e mesmo na maneira que alguém se veste.
A reverência exige uma atitude especial ao nos aproximarmos do trono do Deus vivo
(Ex. 3:5).
Mesmo que, em certo sentido, vivamos na presença de Deus e Jesus viva em nós através do Espírito Santo, ao chegarmos a um culto para adorar o Senhor junto com a Igreja, este é um evento especial para os crentes e para o Senhor.
Temos um encontro especial com o Senhor.
Ele se manifesta de uma maneira especial em cada culto
(Mat. 18:20).
A aparência externa deve refletir a realidade da reverência interior.

Nosso Pai Celestial pode aceitar a adoração de novos convertidos que ainda não foram devidamente instruídos sobre temor e reverência.
Mas para se oferecer um louvor que seja perfeitamente digno do Senhor, o crente deve aprender a louvar com todos estes sentimentos em seu coração.

5. Movidos por gratidão e amor.

A Igreja também deve adorar com amor e gratidão em seu coração (I Tês. 5:18).
Se estes elementos não estiverem presentes, o crente não pode adorar ao Senhor.

Em alguns meios as pessoas criam que os cristãos deveriam manifestar no culto ao Senhor o mesmo tipo de emoção que as pessoas manifestam em concertos de rock ou jogos de futebol quando aplaudem seus ídolos ou os seus feitos.
Isto não é correto porque estas manifestações são próprias para expressarem emoções profanas; são frutos de sentimentos da carne.

Os sentimentos provocados pelo Espírito Santo têm que ser expressos pelo coração:
o Senhor não olha a aparência exterior de uma pessoa, mas para o seu coração
I Sam. 16:7).
Portanto, aqueles sentimentos santos devem ser expressos com oração, salmos e cânticos espirituais com todo o nosso coração e com toda a nossa alma
(Ef. 5:19-20).
No Novo Testamento, estas são as únicas exigências aos crentes.

6. Resultados:
visitação do Espírito Santo e alegria do Senhor.

Não se deve confundir causa e efeito.
Ao chegarmos à presença do Senhor, podemos ainda não estar dispostos ao louvor por causa de preocupações com as nossas vidas diárias, etc.
É por isto que devemos iniciar todos os cultos com um momento de contrição, confessando os nossos pecados ao Senhor, pedindo perdão, e pedindo que o Espírito Santo crie em nós a disposição para o louvor, colocando verdadeira gratidão em nossos corações.
Em resposta às orações da Igreja, o Espírito Santo visita os crentes lhes dando a condição espiritual para adorar o Senhor, colocando reverência, temor, amor e gratidão nos corações dos servos.

Então, a Igreja é capaz de começar a louvar o Senhor em espírito e em verdade, porque o Senhor habita nos louvores de Israel (Ps. 22:3).
À medida que a Igreja continua a louvar, a alegria do Senhor se manifesta cada vez mais no seu meio e há ainda mais disposição para adorá-Lo.

7. Deus olha o coração.

No Novo Testamento, não há ensinamentos específicos sobre a posição das pessoas quando a Igreja louva o Senhor.
Quando Jesus fala de adoração, Ele menciona que deve ser “em Espírito e em verdade”
(Jo. 4:23-24).
Paulo diz que tudo em nossos cultos deve ser feito com “ordem e decência”
(I Cor. 14:40).

Entretanto, nesta área deve-se aplicar alguns princípios bíblicos.
Um princípio que pode ter sido esquecido nas igrejas Cristãs é o fato de que o Senhor está mais preocupado com a condição de nossos corações do que com os movimentos externos de nossos corpos quando O adoramos.
É claro que se pode dizer que se a Bíblia diz que os servos devem vir diante do Senhor com reverência e temor, a posição de seus corpos deve ser condizente com estes sentimentos.

No Velho Testamento, o Senhor diz a Samuel que não vê como vê o homem. O homem vê a aparência exterior enquanto que o Senhor vê o coração.
Pode-se transferir a lição para a área da adoração e dizer:
quando os servos O adoram, Ele espera ser adorado com louvor e gratidão, reverência e temor, com todo o coração, a alma e o entendimento.

Se alguém não tem a direção do Espírito, ele pode errar considerando as experiências que Israel teve no tempo do Velho Testamento e estabelecer um código de adoração para a Igreja.
Este seria, contudo, um mau uso do Velho Testamento.

8. Somente vidas transformadas são dignas de adorá-Lo.

Uma forma excessivamente informal de vestir nos cultos e uma indevida intimidade ao se dirigir ao Senhor refletem a falta de conhecimento sobre como devemos nos apresentar diante do Senhor. Também revelam que o processo de transformação que o Espírito Santo está operando na vida de alguém ainda está em um estágio inicial ou mesmo que foi interrompido.

A Igreja deve ser ensinada que quando alguém se converte ao Senhor, deve abandonar as velhas maneiras de vestir, falar e se comportar ensinadas pelo mundo e que às vezes chegam a ser até imorais.
Os pastores devem aprender a ter coragem de ensinar aos novos crentes sobre este assunto.
Quando se aprende sobre a história da Igreja, aprende-se que a Igreja fiel sempre se preocupou com isto.

9. Preparo espiritual.

Por outro lado, a Igreja tem descurado a importância do preparo espiritual dos instrumentistas e cantores, dando maior importância à capacitação técnica.
A beleza estética, que estimula as emoções, passou a ser considerada suficiente para tocar os sentimentos da congregação durante o louvor.

No entanto, o Senhor tem revelado à Sua Igreja que, para que instrumentistas e cantores de um coro ou grupo de louvor possam Lhe louvar, é indispensável que eles estejam vivendo em santificação, dando um bom testemunho à Igreja e ao mundo.
Eles devem também se preparar para o louvor com oração e jejum.
A importância do louvor requer tal preparo espiritual para que vidas possam ser usadas como instrumentistas ou cantores.

Dessa forma, quando um grupo de louvor cantores e instrumentistas é usado pelo Senhor, o Espírito Santo visita a congregação, operando curas e libertações, conforme ocorria quando David tangia sua harpa (I Sam. 16:23).
A Igreja aprendeu, assim, que a capacitação espiritual vem em primeiro lugar; a capacidade de tocar com técnica e arte vem em segundo lugar
(Sal. 33:3).

Louvor sem Limites Bíblicos

1. Bíblia:
única regra de fé e prática.

A Bíblia deve ser a única fonte de doutrina e prática.
Ensinamentos bíblicos evitam que deixemos os limites seguros estabelecidos pelo Senhor para o desenvolvimento de nossas vidas espirituais.
Entretanto, a tendência de muitos setores do Movimento de Renovação tem sido de minimizar a importância dos limites bíblicos por falta de conhecimento da segurança que a Bíblia oferece a cada um dos crentes.
Ademais, eles tendem a basear parte da sua fé e de usa prática na experiência e não somente na Bíblia.

2. Possíveis erros.

Na área do louvor, estas atitudes com relação à Bíblia permitiram que se cometessem outros erros:

a) Ignorar a importância do louvor da Igreja fiel por toda a história; por falta de conhecimento da história da Igreja, os ditos renovados tendem a pensar que a verdadeira adoração apareceu na Igreja como resultado do movimento de renovação;

b) Basear a doutrina do louvor em “experiências” de pessoas que eles consideram ser, ou mesmo são, muito espirituais.

3. Perigo do fogo estranho.

O louvor performático (no palco), acompanhado de música executada de forma a estimular emoções e sentimentos “espirituais”, conforme acima referido, passou a substituir, frequentemente, o verdadeiro fogo do Espírito Santo.
Trata-se de um tipo de louvor que promove sentimentos quer o Espírito Santo esteja operando, quer não; uma forma de louvor que atinge as emoções quer seja entoado em um templo verdadeiramente cristão quer em um templo de outra religião, quer seus executantes estejam vivendo em santificação quer estejam vivendo no pecado.

No entanto, o Senhor não se agrada do apelo às emoções por esses meios.
O Senhor os designa de “fogo estranho” (Lev. 10:1-3).
Apenas o Espírito Santo deve estimular as emoções dos fiéis; o Espírito Santo é suficiente para promover sentimentos de louvor e adoração nos corações dos crentes, gerando gratidão e o desejo de exaltar o nome do Senhor Jesus.

4. Misticismo.

Como conseqüência destes erros, a Igreja era incapaz de oferecer uma adoração verdadeira.
Por isso, a Igreja começou a sofrer alguns problemas.
Primeiro, a falta de adoração espiritual dentro dos limites bíblicos começou a levar muitos servos ao misticismo.
Por misticismo queremos dizer permitir experiências no âmbito espiritual que não sancionadas pelas Escrituras.
Acolher estas experiências místicas sem o aval bíblico sobre a sua origem santa teve o resultado indesejado de permitir que espíritos enganadores se manifestassem em seu meio.
A única garantia contra o misticismo e esta conseqüência perniciosa é a de se manter dentro dos limites bíblicos.

Finalmente, as experiências místicas podem até, em um primeiro estágio, agradar aos adoradores inocentes que podem até se sentir bem a respeito delas.
Mas no longo prazo resultarão em opressão ao crente, não importa quão sincero ele seja.

O conteúdo do período de louvor

1. Hinos de louvor cantados pela congregação.

A igreja deve estar alerta para cantar hinos que contenham uma mensagem profunda, apresentem um conteúdo mais espiritual que edifique o crente e que também o estimule a adorar; ou seja, um hino através do qual o Espírito Santo possa operar da sua maneira no coração do crente.

A Igreja não precisa repetir um hino muitas vezes como se fosse agradar mais ao Senhor ou, na pior das hipóteses, permitir ao Espírito Santo trabalhar mais na vida do adorador para que ele ou ela sinta mais alegria e outros sentimentos bons.
Isto é perigoso porque técnicas religiosas modernas de religiões místicas usam este tipo de repetição interminável porque sabem como a repetição de uma mesma melodia ou ritmo tende a criar uma atmosfera que faz com que as pessoas sintam emoções que as farão crer que poderes sobrenaturais estejam agindo.

A Igreja não precisa destas técnicas para criar emoções. Ao cantar um hino inspirado pelo Espírito Santo uma vez (baseado em ensinamentos bíblicos) de uma maneira simples, sem sofisticação, mesmo que tocado por um conjunto sem técnica.
O Espírito Santo age e edifica os crentes fortalecendo a sua fé na presença do Senhor, fazendo com que O louvem de todo o seu coração e com todo o seu entendimento, desde que a Igreja viva em santificação e, particularmente, o grupo de instrumentistas e cantores tenha um bom testemunho, ore e jejue por sua atividade na Igreja.

2. Acompanhamento por instrumentistas no Espírito.

O Senhor mostrou que, ao contrário, deveríamos estar preocupados em adorá-Lo.
Portanto, a condição espiritual dos membros do grupo de louvor deve ser de importância fundamental.
A habilidade técnica deve vir em segundo lugar.
A razão é simples: o Senhor quer que o Espírito Santo se mova no meio da congregação como resultado do louvor dos instrumentistas e cantores.

3. Orações de louvor pela congregação.

Durante o período de louvor, o Senhor se agrada em receber o louvor através de orações de todos os tipos de servos na congregação: crianças, jovens, adultos e idosos.
O Senhor se satisfaz não só com orações do grupo de louvor e do pastor, mas também dos crentes de uma maneira geral.

4. Uma atitude proporcional à operação do Espírito.

Quando a Igreja se reúne para adorar o Senhor em um culto regular, seus membros geralmente não estão ainda preparados espiritualmente para oferecer um louvor verdadeiramente no Espírito.
É preciso, portanto, um período inicial de contrição quando é dada a oportunidade para que possam confessar seus pecados e buscar livramento de preocupações com problemas, para que possam concentrar-se no louvor ao Senhor.

Por essa razão, no período inicial do culto o Espírito Santo normalmente não manifesta a presença de Deus poderosamente na Igreja como um todo.
Consequentemente, a adoração deve ser moderada, sendo entoados hinos que convidem os fiéis a “entrar na presença de Deus”.
Assim, nesse período inicial do culto a Igreja não deve ser estimulada a louvor com grande fervor, como se o Espírito Santo já estivesse operando poderosamente em seu meio.
Isso representaria trazer “fogo estranho” à presença do Senhor.

Mas logo que o Espírito Santo começa a tocar e libertar a congregação, Ele a moverá a louvor de uma forma mais livre e calorosa que refletirá essa visitação.
Mesmo então, os crentes devem ser cautelosos em controlar seu comportamento de forma a não chamar a atenção sobre si mesmos, pois durante um culto eles devem concentrar sua atenção apenas no Senhor Jesus, evitando comportamentos bizarros que levem os visitantes a acreditar que perderam a razão ou o bom senso.

5. A maneira de adorar deve ser compatível com o culto público.

Se eu estou em casa adorando ao Senhor sozinho, tenho liberdade de adorá-Lo de uma maneira mais livre.
Posso me prostrar com o meu rosto no chão; posso dançar de felicidade.
Mas se estou em um culto público, eu devo ter cuidado com
(1) ordem no culto
(I Cor. 14:40),
(2) não perturbar outros e
(3) não escandalizar os visitantes, que podem pensar que não estou no meu juizo normal
(I Cor. 14:23, 29-33).

6. Emoções humanas não tocam o coração do Senhor.

Considere-se o exemplo da arca no meio de Israel nos tempos de Eli e Samuel, quando foi tomada dos Filisteus (I Sam. 4:3-11).
O Senhor não foi tocado, não manifestou Sua presença graciosa no meio de Israel quando os Israelitas trouxeram a Arca e se regozijaram e gritaram porque estavam convencidos que o Senhor estava entre eles.
Eles tinham “fé” e entusiasmo, mas o Senhor não estava entre eles porque eles não viviam em santificação, agradando ao Senhor.

Conclusão

O Senhor aceita os louvores de Seu povo somente quando os instrumentistas e os cantores por um lado, e a congregação de outro, estão vivendo no Espírito, em santificação e em obediência ao Senhor e vêm ao culto com gratidão em seu coração para louvar ao Senhor.

Para começarem a cantar ao Senhor e oferecerem orações de glorificação e gratidão, os crentes devem demonstrar reverência, temor do Senhor e amor pelo Senhor.
Eles devem, ainda, estar em comunhão uns com os outros e estar servindo o Senhor.

Quando o culto começa, os crentes devem buscar uma comunhão mais profunda com o Senhor através do poder do sangue de Jesus, que limpa os crentes de todo o pecado.
Só então o Senhor aceitará o seu louvor e visitará e edificará o Seu povo.


Quando o Espírito Santo, decidiu revelar à Igreja como deveria desenvolver-se um culto ao Senhor, Ele se refere, em I Cor 14:23-32, apenas a dons espirituais
(línguas, revelação, interpretação), a louvores por meio de Salmos e ao ensino, dando instruções específicas sobre como os dons devem ser usados com sabedoria, sendo julgados e utilizados com decência e ordem (versículo 40).
Ele nada diz sobre a posição em que os crentes devem cantar (sentados, prostrados, em pé), nem sobre expressões corporais (mãos levantadas, palmas, dança, etc.).

O primordial em um culto oferecido pela Igreja ao Senhor é que o crente se apresente como um verdadeiro adorador, pronto a adorá-lo em espírito e em verdade.
Quanto a Deus, o fundamental em um culto é a possibilidade de que Ele fale ao Seu povo, edificando-o e corrigindo-o.
Essa adoração abre o caminho para que o Senhor possa manifestar Sua glória, expressando-se por meio dos dons espirituais, inclusive com sinais que levam à salvação dos descrentes.

27 de ago. de 2010

A Força da Oração

A importância da oração na nossa vida , orar e maravilhoso, somente aquele que possuem realmente fé fazem dela um habito prazeroso, momento que podemos falar com Deus expor a nossas necessidades e expor a nossa adoração para com ele.

Eu friso que a maior arma do cristão e oração e vigiar, sim devemos sempre vigiarmos
(Apocalipse 16:15).
Fazer da oração parte da nossa intimidade.

Devemos aprender que a oração também deve ser utilizada para busca da nossa santidade e com ela enfrentarmos o pecado e o inimigo o diabo que esta em nosso redor bramindo como um leão
( 1 Pe 5:8)

O nosso mestre Jesus ele orava com freqüência ,a sua vida foi uma vida de muita oração.
Ele foi um exemplo de um homem que construiu o seu ministério tendo oração como alicerces da sua vida.
Em (Mateus 14: 22 a 36) nesse texto é notório observamos que Jesus procura ficar sozinho, se separado dos demais e é sobre o monte para poder orar.
Lendo esse texto bíblico aprendermos que o ato de orar existe a necessidade de ficarmos concentrados isto é nos entregarmos totalmente neste encontro com Deus.
Orar é falar com DEUS, pôr isso devemos buscar a oração estarmos em contato com o nosso querido Deus é fabuloso, devemos adorar este momento.

Devemos ser humildes e conscientes da importância da oração, e tendo como testemunho o exemplo de Jesus Cristo.

Agora iremos ver o que podemos conseguir praticando oração:
1) alcançar grande avivamento
( Atos 2 : 1 a 13 e 4 : 31e 32)

2) Alcançar a devida direção de Deus
( Atos 10 : 4 e 5)

3) Se livrar de perigos
(atos 12:1 e 11)

4) Poder de curar enfermidades
(Atos 28:8)

5) Poder de alterar qualquer circunstancia
(Josué 10:12 -14 e Tiago 5: 17 e 18)

6) Poder de obter revelações.
(Jeremias 33:3)



A própria palavra de diz pedi e obtereis
( Mateus 21:22)
A oração quanto ela e feita pôr um justo, que logicamente pede as coisas dentro da palavra, não se deixando guiar pela carne.
Sem duvida se tornara uma oração vitoriosa.

Orar não é apenas pedir é também:
1) Confessar
( Salmo 51):
Confessar nossos pecados, somos pecadores ambiciosos e escravos da nossa carne muitas vezes estamos apesar de toda informação que temos(evangelho).
Devemos Ter consciência dos erros e procuramos melhorar primeiro pedindo perdão a Deus pelas nossas fraquezas , e clamando para que ele nos de forças para superarmos os nossos enganos .

2) Clamar (Ex 22:23) Saber que devemos clamar a Deus para que ele nos atenda, para que apesar dos nossos erros a sua graça nos alcance em Isaias 38 o clamar mudou a vontade de Deus , pois Ezequias estava doente e o senhor já lhe avisara através do profeta Isaias que era chegada a hora da sua morte.
Mas o clamor levantado pôr Ezequias faz que o senhor lhe conceda a vida pôr mais anos.

3) Esperar
( Salmo 62:5)
Ter paciência e esperar a fé esta subordinada ao tempo de Deus que sabe a hora certa e o momento certo.
A irmãos que querem que seus pedidos sejam atendidos no mesmo instante que são elaboradas.
A fé deles esta resumida a horas, minutos e logo se desesperam e muitas vezes se revoltam, e abandonam a oração.

4) Derramar
(Salmo 62:8)
Derramar o nosso coração a ele :
Entregarmos o que temos de melhor o nosso amor , a nossa vida.
Reconhecer Deus como o nosso soberano.

5)Interceder
(Jó 42:10)
Pedir pelos nossos irmãos:
Sabermos que devemos pedir pelos outros que isso nos fará bem para o coração e para nosso querido irmão.
Intercedendo um pelos outros alcançaremos muitas graças de Deus

6)Pedir
(I Reis 3:5)
Coloquei este texto para mais uma vez vocês terem a certeza do poder da fé.

7)Agradecer
(Lucas 17:16)
saber agradecer a Deus pelo que temos e pelas benções recebidas.

Bom falamos de oração, mas sem fé não a motivo para orar , e preciso acreditar, investir naquilo que o senhor nos oferece.

Quando o homem não possui fé nada acontece na sua vida , ele não aceita a Jesus, ele não se transforma, em tudo ele vê obstáculos.
Só consegue viver da sua carne daquilo que ele vê e consegue tocar.

Orar não tem sentido pois apesar dele aceitar que existe um Deus , não consegue manter dialogo com ele.

Veremos abaixo um tópico já levantado no capitulo 4 aceitando a Jesus mas será importante outra vez observarmos pois dele dependera tudo.

A palavra de Deus e bem clara quando em Hebreus no capitulo 11 nos relata o que é a fé que e a certeza de cousas que se esperam, a convicção de fatos que se não vêem.

Ter fé e resumindo e confiar em Deus, acreditar nele e nas suas promessas e acreditar que tudo pôr ele foi construído.
Procure ler este capitulo atentamente para se fortalecer na fé.

Os homens do passado servos de Deus foram justificados pela sua fé e a única maneira de se chegar a salvação e pela pratica da fé.

Porque pratica ?
Porque para podermos exercê-la na nossa vida será necessário aplicá-la na nossa vida.

Fé não é só esperar milagres, mas também acreditar na palavra de Deus e seus mandamentos.

Permitir que Deus seja soberano na nossa vida e possa preencher a lacunas que venham a existir na nossa caminhada
( Salmo 23).

No texto a palavra pastor nos coloca como ovelhas, e somente ele o pastor sabe o melhor para suas ovelhas, devemos então vermos se estamos no propósito de Deus para nossas vidas.
Este salmo e de condução a prosperidade vem com a vontade de Deus, e nem sempre a nossa vontade pode estar dentro do nosso plano de vida.

Exemplificando :
Conheci um jovem que usava este salmo para afirmar que tudo que ele quer não lhe faltará.

Este jovem tinha uma vida irregular aos olhos de Deus, era promiscuo, viva dos prazeres do mundo e as suas ambições eram Ter dinheiro e poder comprar tudo que bem entender.

Dizia ele que Deus lhe prometera neste salmo todas as riquezas que o mundo lhe poderia oferecer.

Na verdade ele olhou a palavra com os olhos da carne e do pecado.
Deus é o pastor somos ovelhas precisamos segui-lo para que ele nos leva a pastos vitoriosos.

Ter fé em Deus e confiar em Deus e ser seu discípulo e caminhar com ele seguindo, praticando, vivendo, sendo testemunho vivo da sua palavra.

Não andeis ansiosos de coisa alguma. Em tudo, porém sejam conhecidas, diante de Deus, as vossas petições pela oração e pela súplica com ações de graças. Filipenses 4:6

Deus tem um propósito a realizar, mas ele precisa que o homem esteja disposto a orar, para que se estabeleça Sua vontade aqui na Terra, está é a função da oração, preparar um caminho para que Deus realize Sua vontade, assim como uma locomotiva necessita dos trilhos para andar, Deus necessita da oração do homem para levar adiante Sua vontade, sendo assim o homem deve fazer com que sua vontade seja unida com a vontade de Deus para que se estabeleçam seus designos, como podemos ver em 1 Jo 5:14-15 "E esta é a confiança que temos para com ele, que, se pedirmos alguma cousa segundo a sua vontade, ele nos ouve.
E, se sabemos que ele nos ouve quanto ao que lhe pedimos, estamos certos de que obtemos os pedidos que lhe temos feito."
A oração tem como objetivo que nós venhamos a fazer com que a vontade de Deus se estabeleça aqui na terra, desta forma, devemos conhecer melhor a vontade de Deus, para que nossas orações sejam agradáveis a Deus e nossos propósitos sejam cumpridos.

A oração é o estabelecimento de um diálogo do homem com Deus, sendo que, devemos estar atentos a resposta de Deus, que vem através de nosso espírito ou através das circunstâncias exteriores.
É através da oração que nós colocamos nossas ansiedades nas mãos de Deus, crendo que Ele é poderoso para nos dar paz interior, e resolver nossos problemas da melhor maneira possível para nosso crescimento espiritual.
Quando somos iluminados por Deus, em nossa consciência, de nossos pecados, nós devemos imediatamente pedir perdão a Deus, através da oração, pedindo para sermos lavados pelo seu sangue, e nossos pecados seram perdoados.

Devemos estar sempre orando, para sermos guardados das tentativas de satanás de nos levar ao pecado.
Podemos dizer que a oração é o nosso termômetro espiritual, quando nós não conseguimos orar, indica que não estamos bem espiritualmente.
Devemos aprender a observar o falar divino, em nosso espírito, enquanto estamos orando, pois Deus se comunica conosco através de nossa intuição, que é uma das partes do nosso espírito, mas cabe a nós, utilizando o nosso conhecimento bíblico, discernirmos se é ou não de Deus este falar, pois o inimigo pode também tentar nos enganar, lançando pensamentos em nossa mente que sutilmente nos induziram ao pecado.

Vamos analisar o trecho da Bíblia mais importante sobre a oração, que se encontra em Mt 6:5-13:

5E, quando orardes, não sereis como os hipócritas; porque gostam de orar em pé nas sinagogas e nos cantos das praças, para serem vistos dos homens.
Em verdade vos digo que eles já receberam a recompensa.

6 Tu, porém, quando orares, entra no teu quarto e, fechada a porta, orarás a teu Pai, que está em secreto; e teu Pai, que vê em secreto, te recompensará.

7 E, orando, não useis de vãs repetições, como os gentios; porque presumem que pelo seu muito falar serão ouvidos.

8 Não vos assemelheis, pois, a eles; porque Deus, o vosso Pai, sabe o de que tendes necessidade, antes que lho peçais.

9 Portanto, vós orareis assim:
Pai nosso, que estás nos céus, santificado seja o teu nome;

10 venha o teu reino; faça-se a tua vontade, assim na terra como no céu;

11 o pão nosso de cada dia dá-nos hoje;

12 e perdoa-nos as nossas dívidas, assim como nós temos perdoado aos nossos devedores;

13 e não nos deixes cair em tentação; mas livra-nos do mal pois teu é o reino, o poder e a glória para sempre.
Amém!

A oração não é algo formal, para atrair a atenção do homens, como faziam os fariseus, e por isso foram condenados (v. 5).
Eles estavam acostumados a orar formalmente 18 vezes ao dia, segundo as leis herdadas dos antepassados, e observavam com rigor pontual os horários destinados à oração, onde quer que estivessem.
Por isso, com freqüência eram obrigados a orar em público, e os judeus, admirados, sempre os surpreendiam em sua prática nas esquinas das ruas.
A oração passou a ter , então, caráter de mero ritualismo, sem consistência espiritual, onde o que contava era a exterioridade sofisticada de palavras vazias para receber o louvor humano.

A oração também não é como a reza, uma repetição interminável de enunciados que não traduzem os sentimentos do coração (v. 7).
Este era o costume dos gentios, adeptos das religiões politeístas, que horas a fio repetiam mecanicamente as mesmas palavras diante de seus deuses, o que mereceu a veemente reprovação do Senhor Jesus, pois o mesmo estava ocorrendo com os praticantes da religião judaica.

Afinal o que é a oração?
A melhor definição encontra-se, é obvio, na Bíblia.
Nenhum conceito teológico expressa com a mesma clareza e simplicidade o que ela significa.
A oração é segundo as Escrituras, uma via de mão dupla através da qual o crente , com O seu clamor, chega à presença de Deus, e este vem ao seu encontro, com as respostas (Jr 33:3 " Invoca-me, e te responderei; anunciar-te-ei coisas grandes e ocultas, que não sabes.").
A oração é fruto espontâneo da consciência de um relacionamento pessoal com o Todo-Poderoso, onde não há espaço para o monólogo, pois quem ora não apenas fala, mas também precisa estar disposto a ouvir.
É um diálogo onde o crente aprofunda sua comunhão com Deus e ambos conversam numa linguagem que tem como intérprete o Espírito Santo (Rm 8:26-27 "Também o Espírito, semelhantemente, nos assiste em nossa fraqueza; porque não sabemos orar como convém, mas o mesmo Espírito intercede por nós sobremaneira, com gemidos inexprimíveis.
E aquele que sonda os corações sabe qual é a mente do Espírito, porque segundo a vontade de Deus é que ele intercede pelos santos.") .

A Bíblia é o livro da oração .
Suas páginas evocam grandes momentos da história humana que foram vividos em oração.
Compare Js 10:12-15 "e os sidônios, e os amalequitas, e os maonitas vos oprimiam, e vós clamáveis a mim, não vos livrei eu das suas mãos?
Contudo, vós me deixastes a mim e servistes a outros deuses, pelo que não vos livrarei mais.
Ide e clamai aos deuses que escolhestes; eles que vos livrem no tempo do vosso aperto.
Mas os filhos de Israel disseram ao SENHOR:
Temos pecado; faze-nos tudo quanto te parecer bem; porém livra-nos ainda esta vez, te rogamos.;" e 2 Rs 6:17 "Orou Eliseu e disse:
SENHOR, peço-te que lhe abras os olhos para que veja.
O SENHOR abriu os olhos do moço, e ele viu que o monte estava cheio de cavalos e carros de fogo, em redor de Eliseu.".
Desde o seu primeiro livro, Gênesis, até Apocalipse, fica claro que orar é parte da natureza espiritual do ser humano, assim como a nutrição é parte do seu sistema fisiológico.
Os grandes fatos escatológicos, como previstos no último livro da Bíblia, serão resultado das orações dos santos, que clamam a Deus ao longo dos séculos pelo cumprimento de sua justiça (Ap 5:8 "e, quando tomou o livro, os quatro seres viventes e os vinte e quatro anciãos prostraram-se diante do Cordeiro, tendo cada um deles uma harpa e taças de ouro cheias de incenso, que são as orações dos santos,"; Ap 8:3-4 "Veio outro anjo e ficou de pé junto ao altar, com um incensário de ouro, e foi-lhe dado muito incenso para oferecê-lo com as orações de todos os santos sobre o altar de ouro que se acha diante do trono; e da mão do anjo subiu à presença de Deus a fumaça do incenso, com as orações dos santos.").

Orar não pode ser visto como ato de penitência para meramente subjugar a carne.
Em nenhum momento a Bíblia traz esta ênfase.
Oração não é castigo (assim como a leitura das Escrituras), idéia que alguns pais equivocadamente passam para os filhos, quando os ordena a orar como disciplina por alguma desobediência.
Eles acabam criando uma verdadeira repulsa à vida de oração, desconhecendo o verdadeiro valor que ela representa para as suas vidas, por terem aprendido pela prática a reconhecê-la apenas como meio de castigo pessoal.
Ao contrário, se aprenderem que orar é ato que eleva o espírito e brota de maneira espontânea do coração consciente de sua indispensabilidade, como ensina a Bíblia, saberão cultivar a oração como exercício de profunda amizade com Deus que resulta em crescimento espiritual (Cl 1:9 " Por esta razão, também nós, desde o dia em que o ouvimos, não cessamos de orar por vós e de pedir que transbordeis de pleno conhecimento da sua vontade, em toda a sabedoria e entendimento espiritual;").
De igual modo, o mesmo acontecerá conosco.

Podemos observar o valor da oração, observando os heróis da fé, descritos em Hebreus 11, que exercitam sua fé através da oração.
Não só eles, mas outros personagens da Bíblia tiveram igual experiência.
Abraão subiu ao monte Moriá, para o sacrifício de Isaque, porque seu nível de comunhão com Deus através da oração era tal que ele sabia tratar-se de uma prova de fé (Gn 22:5-8 "Então, disse a seus servos: Esperai aqui, com o jumento; eu e o rapaz iremos até lá e, havendo adorado, voltaremos para junto de vós.
Tomou Abraão a lenha do holocausto e a colocou sobre Isaque, seu filho; ele, porém, levava nas mãos o fogo e o cutelo. Assim, caminhavam ambos juntos. Quando Isaque disse a Abraão, seu pai: Meu pai!
Respondeu Abraão:
Eis-me aqui, meu filho!
Perguntou-lhe Isaque:
Eis o fogo e a lenha, mas onde está o cordeiro para o holocausto?
Respondeu Abraão:
Deus proverá para si, meu filho, o cordeiro para o holocausto; e seguiam ambos juntos.").
É o exemplo da oração que persevera e confia.
Enoque vivênciou a oração de maneira tão intensa que a Bíblia o denomina como aquele que andava com Deus (Gn 5:24 "Andou Enoque com Deus e já não era, porque Deus o tomou para si.").
É o exemplo da oração em todo o tempo.

Moisés trocou a honra e a opulência dos palácios egípcios porque teve o privilégio de falar com o Senhor face a face e com ele manter íntima comunhão por toda a vida , ver Êx 3:1-22 e Ex 4:1-17, ele é o exemplo da oração que muda as circunstâncias.
Entre os profetas destaca-se, Elias, cujo exemplo Tiago aproveita para ensinar que o crente sujeito às mesmas fraquezas, pode diante de Deus (Tg 5:17-18 "Elias era homem semelhante a nós, sujeito aos mesmos sentimentos, e orou, com instância, para que não chovesse sobre a terra, e, por três anos e seis meses, não choveu.
E orou, de novo, e o céu deu chuva, e a terra fez germinar seus frutos.").
É o exemplo da oração que supera as deficiências humanas.

Esses heróis são as testemunhas mencionadas em Hb 12:1 "Portanto, também nós, visto que temos a rodear-nos tão grande nuvem de testemunhas, desembaraçando-nos de todo peso e do pecado que tenazmente nos assedia, corramos, com perseverança, a carreira que nos está proposta,".
Ou seja, se eles, que não viveram na dispensação do Espírito Santo, tiveram condições de viver de modo tão intenso na presença de Deus, quanto mais o crente, hoje, que conta com o auxílio permanente e direto do Espírito Santo, movendo-o para uma vida de oração.
Todos os crentes necessitam, devem e podem ter mesma vida de oração que os santos da Bíblia e tantos outros que a história eclesiástica registra, como George Muller, João Hide, Lutero e Watman Nee.

O maior exemplo de oração, no entanto, foi o próprio Mestre.
Sendo ele o Filho de Deus, cujos atributos divinos lhes asseguravam o direito de agir sobrenaturalmente, podia dispensar a oração como prática regular de sua vida.
No entanto, ao humanizar-se, esvaziou-se de todas as prerrogativas da divindade e assumiu em plenitude a natureza humana (Fp 2:5-8 "Tende em vós o mesmo sentimento que houve também em Cristo Jesus, pois ele, subsistindo em forma de Deus, não julgou como usurpação o ser igual a Deus; antes, a si mesmo se esvaziou, assumindo a forma de servo, tornando-se em semelhança de homens; e, reconhecido em figura humana, a si mesmo se humilhou, tornando-se obediente até à morte e morte de cruz.") experimentando todas as circunstâncias inerentes ao homem, inclusive a tentação (Hb 4:15 "Porque não temos sumo sacerdote que não possa compadecer-se das nossas fraquezas; antes, foi ele tentado em todas as coisas, à nossa semelhança, mas sem pecado.
"; Mt 4:1-11 "
A seguir, foi Jesus levado pelo Espírito ao deserto, para ser tentado pelo diabo.
E, depois de jejuar quarenta dias e quarenta noites, teve fome.
Então, o tentador, aproximando-se, lhe disse:
Se és Filho de Deus, manda que estas pedras se transformem em pães.
Jesus, porém, respondeu:
Está escrito:
Não só de pão viverá o homem, mas de toda palavra que procede da boca de Deus.
Então, o diabo o levou à Cidade Santa, colocou-o sobre o pináculo do templo e lhe disse:
Se és Filho de Deus, atira-te abaixo, porque está escrito:
Aos seus anjos ordenará a teu respeito que te guardem; e:
Eles te susterão nas suas mãos, para não tropeçares nalguma pedra.
Respondeu-lhe Jesus:
Também está escrito:
Não tentarás o Senhor, teu Deus.
Levou-o ainda o diabo a um monte muito alto, mostrou-lhe todos os reinos do mundo e a glória deles e lhe disse:
Tudo isto te darei se, prostrado, me adorares.
Então, Jesus lhe ordenou:
Retira-te, Satanás, porque está escrito:
Ao Senhor, teu Deus, adorarás, e só a ele darás culto.
Com isto, o deixou o diabo, e eis que vieram anjos e o serviram.").

Ora, isto significa que o Senhor dependeu tanto da oração como qualquer outra pessoa que se proponha a servir integralmente a Deus.
Ela foi o instrumento pelo qual pôde suportar as afrontas, não dar lugar ao pecado, tomar sobre si o peso da cruz e vencer o maligno (Mt 26:36-46
"Em seguida, foi Jesus com eles a um lugar chamado Getsêmani e disse a seus discípulos: Assentai-vos aqui, enquanto eu vou ali orar; e, levando consigo a Pedro e aos dois filhos de Zebedeu, começou a entristecer-se e a angustiar-se.
Então, lhes disse:
A minha alma está profundamente triste até à morte; ficai aqui e vigiai comigo.
Adiantando-se um pouco, prostrou-se sobre o seu rosto, orando e dizendo:
Meu Pai, se possível, passe de mim este cálice!
Todavia, não seja como eu quero, e sim como tu queres.
E, voltando para os discípulos, achou-os dormindo; e disse a Pedro:
Então, nem uma hora pudestes vós vigiar comigo?
Vigiai e orai, para que não entreis em tentação; o espírito, na verdade, está pronto, mas a carne é fraca.
Tornando a retirar-se, orou de novo, dizendo:
Meu Pai, se não é possível passar de mim este cálice sem que eu o beba, faça-se a tua vontade. E, voltando, achou-os outra vez dormindo; porque os seus olhos estavam pesados.
Deixando-os novamente, foi orar pela terceira vez, repetindo as mesmas palavras.
Então, voltou para os discípulos e lhes disse:
Ainda dormis e repousais!
Eis que é chegada a hora, e o Filho do Homem está sendo entregue nas mãos de pecadores. Levantai-vos, vamos!
Eis que o traidor se aproxima.").

Os evangelhos registram a vida de oração do Mestre.
Ele orava pela manhã (Mc 1:35 "Tendo-se levantado alta madrugada, saiu, foi para um lugar deserto e ali orava."), à tarde (Mt 14:23 "E, despedidas as multidões, subiu ao monte, a fim de orar sozinho.
Em caindo a tarde, lá estava ele, só.") e passava noites inteiras em comunhão com Deus (Lc 6:12 "Naqueles dias, retirou-se para o monte, a fim de orar, e passou a noite orando a Deus.").
Se Ele viveu esse tipo de experiência 24 horas por dia, de igual modo Deus espera a mesma atitude de cada crente. Não apenas uns poucos minutos, com palavras rebuscadas de falsa espiritualidade, para receber as honras dos homens, mas em todo o tempo, como oferta de um coração que se dispõe a permanecer humildemente no altar de oração.

A oração modelo, registrada em Mt 6:9-13, não é simplesmente uma fórmula para ser repetida.
Se assim fosse, o Mestre não teria condenado as "vãs repetições" dos gentios.
Seria uma incongruência.
O seu propósito é revelar os pontos principais que dão forma ao conteúdo da oração cristã.
Ela não é uma oração universal, mas se destina exclusivamente àqueles que podem reconhecer a Deus como Pai, por intermédio de Jesus Cristo.
A oração do crente, sincera e completa em seu objetivo, traz em si estes aspectos:

Reconhecimento da soberania divina (Pai nosso, que estás nos céus,);
Reconhecimento da santidade divina (santificado seja o teu nome;);
Reconhecimento da vinda do reino no presente e sua implantação no futuro (venha o teu reino;);
Submissão sincera à vontade divina (faça-se a tua vontade, assim na terra como no céu;)
Reconhecimento que Deus supre as nossas necessidades pessoais ( o pão nosso de cada dia dá-nos hoje;);
Disposição de perdoar para receber perdão (e perdoa-nos as nossas dívidas, assim como nós temos perdoado aos nossos devedores;);
Proteção contra a tentação e as ações malignas (e não nos deixes cair em tentação; mas livra-nos do mal);
Desprendimento para adorar a Deus em sua glória (pois teu é o reino, o poder e a glória para sempre.
Amém!).
Os requisitos para que uma oração seja eficaz são:

Nossas orações não serão atendidas se não tivermos fé genuína, verdadeira (Mc 11:24
"Por isso, vos digo que tudo quanto em oração pedirdes, crede que recebestes, e será assim convosco."
Mc 9:23 "Ao que lhe respondeu Jesus:
Se podes!
Tudo é possível ao que crê.
Hb 10:22
"aproximemo-nos, com sincero coração, em plena certeza de fé, tendo o coração purificado de má consciência e lavado o corpo com água pura."
Tg 1:17
" Toda boa dádiva e todo dom perfeito são lá do alto, descendo do Pai das luzes, em quem não pode existir variação ou sombra de mudança."
Tg 5:15
"E a oração da fé salvará o enfermo, e o Senhor o levantará; e, se houver cometido pecados, ser-lhe-ão perdoados.").
Nossas orações devem ser feitas em nome de Jesus, ou seja, devem estar em harmonia com a pessoa, caráter e vontade de nosso Senhor (Jo 14:13-14
"E tudo quanto pedirdes em meu nome, isso farei, a fim de que o Pai seja glorificado no Filho. Se me pedirdes alguma coisa em meu nome, eu o farei.").
A nossa oração deve ser feita segundo a vontade de Deus que muitas vezes nos é revelada pela sua palavra, que por sua vez deve ser lida com oração (Ef 6:17-18
"Tomai também o capacete da salvação e a espada do Espírito, que é a palavra de Deus; com toda oração e súplica, orando em todo tempo no Espírito e para isto vigiando com toda perseverança e súplica por todos os santos", 1 Jo 5:14
" E esta é a confiança que temos para com ele:
que, se pedirmos alguma coisa segundo a sua vontade, ele nos ouve."
Mt 6:10
"venha o teu reino; faça-se a tua vontade, assim na terra como no céu;"; Lc 11:2
"Então, ele os ensinou:
Quando orardes, dizei:
Pai, santificado seja o teu nome; venha o teu reino;"
Mt 26:42
"Tornando a retirar-se, orou de novo, dizendo:
Meu Pai, se não é possível passar de mim este cálice sem que eu o beba, faça-se a tua vontade.")
Devemos andar segundo a vontade de Deus, amá-lo e agradá-lo para que Ele atenda as nossas orações
(Mt 6:33 "33 buscai, pois, em primeiro lugar, o seu reino e a sua justiça, e todas estas coisas vos serão acrescentadas."; 1 Jo 3:22 "e aquilo que pedimos dele recebemos, porque guardamos os seus mandamentos e fazemos diante dele o que lhe é agradável.", Jo 15:7 "Se permanecerdes em mim, e as minhas palavras permanecerem em vós, pedireis o que quiserdes, e vos será feito."
Tg 5:16-18
"Confessai, pois, os vossos pecados uns aos outros e orai uns pelos outros, para serdes curados. Muito pode, por sua eficácia, a súplica do justo."
Sl 66:18
"Se eu no coração contemplara a vaidade, o Senhor não me teria ouvido."
Pv 15:8
"O sacrifício dos perversos é abominável ao SENHOR, mas a oração dos retos é o seu contentamento.").
Finalmente, para uma oração eficaz, precisamos ser perseverantes (Mt 7:7-8
"Pedi, e dar-se-vos-á; buscai e achareis; batei, e abrir-se-vos-á.
Pois todo o que pede recebe;
o que busca encontra; e, a quem bate, abrir-se-lhe-á.
Cl 4:2
"Perseverai na oração, vigiando com ações de graças."
1 Ts 5:17
"Orai sem cessar."
Sl 40:1
"Esperei confiantemente pelo SENHOR; ele se inclinou para mim e me ouviu quando clamei por socorro.").
Em princípio, o crente deve orar em todo o tempo (1Ts 5:17)
"Orai sem cessar."
Ef 6:18
"com toda oração e súplica, orando em todo tempo no Espírito e para isto vigiando com toda perseverança e súplica por todos os santos").
É um estado permanente de comunhão com Deus, onde o seu pensar está ligado as coisas que são do alto (Cl 3:2)
"Pensai nas coisas lá do alto, não nas que são aqui da terra;").
É uma condição que não dá lugar para ser atingido pelos dardos inflamados do inimigo, pois seu espírito está sempre alerta, através da oração.
Ele deve, no entanto, ter momentos específicos de oração pela manhã, à tarde ou à noite, como fez o nosso Senhor Jesus.
Orações públicas, como as que se fazem nos cultos, são também uma prática bíblica, desde que não repitam o formalismo, a exterioridade e a hipocrisia dos fariseus.
O Senhor Jesus mesmo, por diversas vezes, orou publicamente (Jo 11:41-42 )
"Tiraram, então, a pedra.
E Jesus, levantando os olhos para o céu, disse:
Pai, graças te dou porque me ouviste.
Aliás, eu sabia que sempre me ouves, mas assim falei por causa da multidão presente, para que creiam que tu me enviaste.").

O lugar onde se mede a intensidade da comunhão do crente com Deus é no seu "lugar secreto"
(Mt 6:6 )
"Tu, porém, quando orares, entra no teu quarto e, fechada a porta, orarás a teu Pai, que está em secreto; e teu Pai, que vê em secreto, te recompensará.") para estar a sós com o Senhor.
É ali, sozinho, com as portas fechadas para as coisas que o cercam e abertas para o Senhor, que ele de fato revela se a oração é para si mera formalidade ou meio que o conduz à presença de Deus para um diálogo íntimo, pessoal e restaurador com Aquele que deseja estar lado a lado com seus filhos.
"A menos que exista tal lugar, a oração pessoal não se manterá por muito tempo nem de maneira persistente".
A oração do crente não tem como propósito atrair a atenção dos homens, mas é o meio por excelência de seu encontro pessoal com Deus, para que cresçamos em fé e vivamos uma vida cheia do Espírito Santo, guardando-nos do maligno.
Jesus é o Senhor.
Amém.


Extraído de http://herbertgf.multiply.com/journal/item/13