31 de ago. de 2010

MOTIVOS PARA O CRENTE ADORAR A DEUS

- Como temos visto, a adoração a Deus é algo que faz parte da própria natureza do ser humano, é uma característica que acompanha o homem desde a sua feitura.
O homem deve adorar a Deus, porque Deus o fez e Ele tudo deve a este Deus.
A adoração estabelece os parâmetros corretos do relacionamento entre Deus e o homem, exatamente porque é através da adoração que Deus é reconhecido como Senhor e o homem, como Seu servo.

- O primeiro motivo, portanto, para adorarmos a Deus está no fato de que Deus, o Senhor de todas as coisas, é o Criador de tudo, inclusive do próprio homem.
Quando adoramos a Deus, reconhecemos que Ele é o nosso Criador e manifestamos tal reconhecimento através da adoração.
Todo homem é apresentado a Deus como sendo Sua criatura
(Rm.1:20,21) e, através desta apresentação, deve o ser humano adorar a seu Criador.
Quando não o faz, desprezando a Deus, a Bíblia ensina-nos que são tais pessoas abandonadas pelo Senhor à sua própria sorte, gerando um sem-número de males e problemas para a humanidade rebelde, que se recusa a adorar o seu Criador
(Rm.1:24-32).

- O segundo motivo pelo qual devemos adorar a Deus é o fato de que Ele nos ama, de, apesar de ser o Criador, jamais desampara o homem, mas, muito pelo contrário, o ama e tem prazer em estar na companhia do ser humano.
Por amar o homem, Deus enviou Seu Filho para morrer por nós, quando ainda éramos pecadores (Rm.5:8).
Jesus é a prova suprema deste amor, pois morreu por nós na cruz do Calvário (Jo.15:13).
Deus nos amou primeiro (I Jo.4:19) e, em gratidão a este tão grande amor, reconhecemos Sua supremacia e procuramos render-Lhe culto, bem como fazemos o que Ele nos manda.

- O terceiro motivo pelo qual devemos adorar a Deus é o fato de que Ele nos salvou.
Deus não somente amou o homem, mas providenciou a sua salvação através da pessoa de Jesus Cristo.
Em Cristo, temos novamente acesso a Deus, pois os nossos pecados são perdoados e não há mais separação entre nós e Deus (Rm.5:1; Ef.2:13,14).
Assim, tendo em vista a salvação de nossas almas, temos um caminho que nos introduz à presença de Deus, o que torna possível a adoração direta e individual, o que, antes, não era possível ao homem pecador (Hb.10:19-22).
Podemos adorar a Deus, sem obstáculo, tendo como único mediador a Cristo Jesus (I Tm.2:5). Graças a salvação, temos uma comunhão eterna com o Senhor, como antes do pecado dos nossos primeiros pais, comunhão esta que perdurará para sempre na nova Jerusalém (Ap.21:2-4).

- O quarto motivo pelo qual devemos adorar a Deus é o fato de que Ele precisa ser conhecido dos homens que ainda não O conhecem como Senhor e Salvador de suas vidas.
A missão principal dos servos de Deus neste mundo é anunciar a toda criatura o evangelho(Mc.16:15), ou seja, a boa notícia de que o reino de Deus é chegado e que os homens devem nele entrar através do arrependimento de seus pecados (Mc.1:14,15).
Deus somente será conhecido dos homens se nós O revelarmos através de nossas vidas e isto só será possível mediante a visibilidade da adoração.
Pela adoração, os homens poderão ver Deus em nós (Mt.5:16; At.6:15; II Co.3:18).
Como diz conhecido cântico, devemos adorar o Senhor de modo que o “mundo possa ver a glória do Senhor em nossos rostos brilhar.”

- O quinto motivo pelo qual devemos adorar a Deus é o fato de que o necessário crescimento espiritual do crente depende da sua vida de adoração.
A vida espiritual é uma vida dinâmica, uma vida de contínuo desenvolvimento, pois não é possível haver uma vida estacionária, parada no campo espiritual.
Se não avançamos espiritualmente, estaremos, necessariamente, regredindo.
Por isso, o escritor da epístola aos Hebreus diz que devemos correr com paciência a carreira que nos está proposta (Hb.12:1) e o apóstolo Paulo afirma, somente ao final de sua vida, que tinha encerrado a sua carreira (II Tm.4:7).
Sendo uma vida espiritual algo dinâmico, precisamos estar em contínuo relacionamento com Deus, precisamos orar em todo o tempo, mantermos uma vigilância sem qualquer trégua ou interrupção, o que somente é possível se adorarmos a Deus a todo instante, a todo momento.
São estes os adoradores que Deus está buscando
(Jo.4:23).

- O sexto motivo pelo qual devemos adorar a Deus é o fato de que nós temos fé em Deus, porque confiamos nEle.
Fé, como afirmou de modo muito feliz o pastor Ricardo Gondim (Assembléia de Deus Betesda) é o elo que nos une a Deus, a um Deus que nós não vemos, é uma certeza sem provas, é uma convicção sem provas, sem garantias (Aprenda a ter uma grande fé – pregação radiofônica difundida em 25.11.2003).
Sem fé é impossível agradar a Deus (Hb.11:6) e, portanto, para que possamos adorar a Deus, render-Lhe culto e louvor, é indispensável que creiamos que Ele existe e é galardoador dos que O buscam. Nunca nos esqueçamos que Jesus, em muitas oportunidades, ao se dirigir às pessoas que O ouviam, fazia alguma observação a respeito da fé que elas possuíam.

- O sétimo motivo pelo qual devemos adorar a Deus é o fato de que nós amamos a Deus.
Somente se amarmos a Deus poderemos adorá-lO.
Quando amamos alguém, queremos estar sempre ao seu lado, queremos estar, constantemente, na sua companhia.
Ora, se amamos a Deus, desejamos estar sempre ao Seu lado, estar sempre em Sua companhia e não há outra forma de o fazermos senão através de uma contínua adoração a Ele.
A igreja anseia pela contínua companhia de seu Noivo, de seu amado:
” o meu amado é meu e eu sou dele”
(Ct.2:16a).

III
A ADORAÇÃO A DEUS MEDIANTE A LITURGIA

- Embora a adoração a Deus não se confunda com o culto a Deus nas reuniões coletivas da igreja local, é esta uma das formas pelas quais adoramos ao Senhor.
É o que os estudiosos da Bíblia denominam de “liturgia”, palavra que veio do grego “leitourgía” (λειτουργία), que significava, primitivamente, “…em Atenas, ‘contribuições (de origem sobretudo ritual) que o Estado exigia dos cidadãos para alívio de determinadas obrigações do poder público, entre as quais: 1) a trierarquia ou equipagem de uma trirreme;
2) a coregia ou obrigação de equipar e organizar um coro de dança em concursos líricos e dramáticos;
3) a gimnasiarquia ou organização dos jogos públicos;
4) a hestiase ou banquete oferecido a todos os cidadãos…” (Dicionário Houaiss da Língua Portuguesa).

- Como se pode perceber, portanto, a “liturgia” era, na Grécia Antiga, um serviço público, uma obrigação do cidadão, quase sempre de origem religiosa, um esforço que deveria fazer para contribuir para que os “deuses” se fizessem favoráveis com a cidade a que pertencia o cidadão. Era, portanto, o cumprimento de um dever para com a divindade de forma pública, em sociedade, visando a bênção divina não só para o cidadão, mas para todo o povo.

- Este mesmo tipo de atitude vemos nas prescrições da lei mosaica, onde se estabeleceram festividades e rituais em que o povo de Israel celebrava o seu Deus, notadamente nas três grandes festas (Páscoa, Pentecostes e Festa dos Tabernáculos) e no dia da expiação, quando se fazia, inclusive, um sacrifício em prol de todo o povo. Aqui, também, se demonstrava a necessidade de todo o povo, propriedade peculiar de Deus entre os povos (Ex.19:5,6), praticar atos públicos de reconhecimento da soberania de Deus.

- Assim, a “liturgia” é esta adoração pública, é este reconhecimento coletivo, de toda uma comunidade, da soberania do Senhor e um instante em que todos se reúnem para dar ao Senhor a glória que somente a Ele é devida (Sl.29:2; 66:2; 96:7,8; Is.42:8;48:11).
Deus tem prazer nesta adoração coletiva e sempre instou Seu povo a fazê-lO
(Lv.9:6,23; Nm.14:10), até porque, em reuniões como estas, o Senhor mostra os Seus propósitos de vida, de santidade e de amor para com o Seu povo
(Dt.5:24; 26:19), de modo a que o Seu povo possa anunciar às outras nações esta mesma glória
(I Cr.16:28,29; Sl.96:3; Is.42:12).
A presença da glória do Senhor nas reuniões do Seu povo, ademais, é uma demonstração de nossa filiação divina por adoção em Cristo Jesus
(Sl.90:16; Is.61:6).

- Mas, ao lado deste aspecto de adoração, de relacionamento com Deus, de reconhecimento da soberania divina, a “liturgia” também tem um aspecto externo, um conjunto de ritos, formalidades e cerimônias que devem ser estabelecidos, já que estamos diante de uma adoração coletiva, de uma reunião de pessoas, a exigir, portanto que, na convivência e na reunião, haja uma organização, uma ordem, até porque se trata de um momento de grande reverência e respeito, pois se vai adorar ao Senhor de todo o universo. Assim, se é razoável exigir-se uma certa solenidade, uma certa formalidade quando estamos diante de ocasiões especiais na vida cotidiana, como poderemos dispensar um ambiente de respeito e de consideração quando nos reunimos para adorar a Deus?

- Além do mais, quando vemos na Palavra de Deus, observamos que o Senhor sempre exigiu reverência, respeito e consideração nas reuniões coletivas de adoração.
Quando Se manifestou a Moisés, imediatamente mandou que o futuro líder libertador de Israel não Se aproximasse da sarça ardente e, ainda, descalçasse seus pés pois o lugar onde se encontrava era terra santa, em virtude da presença do Senhor (Ex.3:5), algo que, anos mais tarde, seria repetido em relação ao sucessor de Moisés, Josué (Js.5:15), passagem que prova que a adoração não se desprende da reverência e que a reverência impõe a existência de algumas formalidades. Por isso, integral razão tem o pastor Osmar José da Silva quando afirma que “…a própria liturgia envolve-se em rituais e o ritualismo religioso envolve-se em normas litúrgicas.
São como gêmeos que não se separam).…” (Liturgia: rituais, símbolos, cerimônias, doutrinas, costumes, histórias, p.15).

- No monte Sinai, também, o Senhor mandou que o povo se preparasse convenientemente para a manifestação da glória divina, inclusive mantivesse uma certa distância do monte (Ex.19:9-25), tendo, sido, aliás, esta a primeira ordem dada por Deus depois que o povo aceitou ser o Seu povo.
Não foi à toa, portanto, que o sábio pregador advertiu os servos do Senhor a guardarem os seus pés quando entrassem na casa do Senhor (Ec.5:1 – ARC, ARA, TB), expressão cujo significado é ser reverente (como, aliás, consta na Nova Versão Internacional), ser vigilante nos seus passos, nas suas atitudes (como consta da Tradução Ecumênica Brasileira), ter cuidado (como consta na Nova Tradução na Linguagem de Hoje), “ver onde põe o pé” (como se vê na Versão do Pe.
Antonio Pereira de Figueiredo).

- A reverência, o respeito, a consideração traduzem, aliás, o que a Bíblia chama de “temor do Senhor”, ou seja, o reconhecimento da soberania e do senhorio de Deus sobre cada ser humano, o que nos leva a respeitá-lO, ou seja, “olhá-lO com atenção”, “levá-lO em consideração”, “prestar-Lhe atenção”, “dar-Lhe ouvidos”, como nos indica a própria raiz indo-européia da palavra “respeito” que é “spek”.
O respeito leva-nos, portanto, a ter algumas regras e normas no culto a Deus, normas estas que devem ser observadas e que revelam o próprio ato de adoração que está presente em cada culto coletivo a Deus.

- No entanto, se há necessidade de haver uma determinada ordem no culto coletivo a Deus e que esta ordem se manifeste por meio de algumas regras e normas, há o grande risco de, em nome da organização, estabelecermos um formalismo, um legalismo que prevaleça sobre a própria adoração a Deus, que foi, precisamente, o mal que tomou conta do povo de Israel que passou a cultuar a Deus de modo exclusivamente externo e aparente, prendendo-se aos rituais e às cerimônias, o que levou, inclusive, o Senhor a abominar as solenidades e festividades que se passaram a realizar. Através dos profetas, Deus mostrou ao Seu povo que não tinha prazer em rituais, cerimônias e solenidades, se elas não viessem acompanhadas de um verdadeiro espírito de adoração, se elas não traduzissem um real e sincero reconhecimento da soberania divina da parte dos participantes das cerimônias religiosas (Is.1:10-19; 58:1-8; Zc.7:4-7; Ml.1:7-14). O ponto máximo do formalismo encontramos nos fariseus, a ponto que “farisaísmo” passou a ser sinônimo de um formalismo vazio e abominável ao Senhor, algo que repugna a Deus, como nos dá conta o próprio ministério terreno de Jesus Cristo (especialmente, Mt.23).
A adoração permite uma comunicação entre Deus e o homem Mediante a adoração, Deus aceita, ou não, o gesto do homem, mas é através dela que Deus Se manifesta ao homem, mesmo àquele que não teve aceita a sua oferta, de modo que se estabelece o necessário relacionamento entre Deus e o homem. Através da adoração, o homem tem condições de entender que o pecado é o responsável pela ruptura da comunhão entre o ser humano e o seu Criador
A adoração é uma prática que acompanha a própria existência do homem .
O primeiro casal tinha um instante diário de adoração e, diante desta prática, havia ensinado seus filhos a procederem da mesma maneira.
O homem, portanto, foi feito para adorar a Deus.

A Igreja Hoje

“E não vos embriagueis com vinho, no qual há dissolução, mas enchei-vos do Espírito, falando entre vós com salmos, entoando e louvando de coração ao Senhor com hinos e cânticos espirituais, dando sempre graças por tudo a nosso Deus e Pai em nome de nosso Senhor Jesus Cristo.
Ef. 5:18-20.
(EF; 5:18-20)
Muitas mudanças profundas ocorreram nos últimos 40 anos nas igrejas Protestantes (inclusive nas Pentecostais) com relação aos cultos, e particularmente à adoração.
Muitas destas mudanças foram o resultado de um esforço consciente de livrar-se do ritualismo e liturgia e depender somente do Espírito Santo para manifestar a presença de Deus nos cultos Evangélicos e inspirar os crentes a adorarem ao Senhor.

O Movimento de Renovação.

Desde o surgimento do movimento de renovação entre os grupos protestantes nos Estados Unidos na década de 60, o entendimento do propósito do culto na igreja (de exaltar o Senhor), o estilo de culto (que antigamente era com reverência e gratidão) e em particular o estilo do louvor (que antigamente se concentrava em agradar ao Senhor) nas igrejas Protestantes (tradicionais e Pentecostais) tem mudado rapidamente.
As origens destas mudanças podem ser parcialmente identificadas nas conversões que aconteceram durante o Movimento de Jesus.

Nos anos 60, muitos jovens que tinham um estilo hippie vieram para a fé.
Entretanto, ao invés de terem toda a sua vida mudada pelo Espírito, eles conservaram algumas formas de comportamento e hábitos altamente informais de comunicação e de vestuário, o que se refletiu na forma adotada de cultuar o Senhor.

Eles também trouxeram consigo os estilos das músicas mundanas aos quais estavam acostumados, e acima de tudo, um estilo de apresentação performático.
Eles e não o Espírito Santo eram responsáveis pela extrema informalidade conducente à falta de reverência no modo de vestir e no comportamento nos cultos, e particularmente no estilo de louvor adotado nas últimas décadas pela maioria das igrejas ditas renovadas.
Este estilo de louvor já chegou às igrejas Pentecostais e mesmo às igrejas Evangélicas, que os usam na tentativa de atrair jovens.
Eles deveriam ter sido ajudados por pastores com discernimento, mas, em muitos casos, isto não aconteceu.

2. Abordagem individual à adoração.

Havia entre eles uma abordagem individual com relação ao culto, e particularmente à adoração. Enfatizava-se a liberdade na maneira que as pessoas queriam louvar, o que significava, na prática, liberdade para a carne.
Eles confundiam liberdade para o Espírito realizar o que queria com liberdade para que as pessoas expressassem suas emoções da maneira que achassem adequada.
Eles pensavam, por exemplo, que qualquer desejo repentino de bater palmas, pular, dançar ou cair no chão “para adorar o Senhor” era necessariamente o resultado de um impulso do Espírito Santo.

Dali por diante, pular, dançar e bater palmas começou a ser usado como meios de levar os “adoradores” a um estado de bênção.
Ao invés de serem visitados pelo Espírito Santo, e como conseqüência manifestar estas maneiras de adoração, começaram a praticar estes movimentos físicos para mover o Espírito Santo a visitá-los o contrário da idéia original.

Eles também entendiam que a crítica à sua maneira de adoração significava a crítica ao Espírito Santo.
Este entendimento contribuiu para evitar qualquer tipo de julgamento sobre qualquer nova maneira de adoração.
Uma interpretação de um verso isolado do Velho Testamento era suficiente para justificar uma nova prática, uma nova maneira de adorar.

As coisas evoluíram e mesmo que não houvesse uma justificativa bíblica para a prática, eles ainda a adotavam.
No final, começara a mudar os 1950 anos de teologia da Igreja para justificar suas novas práticas:
a atitude geral era de que alguém não devia procurar embasamento bíblico para novas práticas porque a Bíblia somente dá “linhas gerais”.

Assim, a experiência começou a ser enfatizada em detrimento de ensinamentos claros da Palavra de Deus.
Conseqüentemente, um padrão de tolerância com relação a novas práticas de adoração e comportamento nos cultos na igreja começou a ser estabelecido nas igrejas do Movimento de Renovação.

3. Falta de reverência e ordem.

Mais tarde, todos os tipos de atitude para expressar reverência e ordem nos cultos nas igrejas começaram a ser vistas como ritualistas e vazias.
Em seu lugar deveria haver completa liberdade para cada crente se comportar como “se sentisse tocado pelo Espírito Santo”, como se todos estivessem cheios do Espírito, e fossem capazes de ouvir e discernir a voz do Senhor, como se fossem maduros o suficiente para conferir se aquele comportamento era aceitável e agradável ao Senhor.

Como resultado, um clima informal de comportamento, uma familiaridade excessiva com o Senhor e com o Espírito Santo começou a substituir a reverência necessária, o temor e o tremor diante do Senhor, que são claros ensinamentos do Velho e do Novo Testamento.

Em algumas igrejas, o desejável temor e reverência perante o Senhor tende a ser substituído por uma completa informalidade ao se referir ao Senhor e adorá-lo.
Em muitos meios da chamada Renovação, o temor for substituído por uma falta de reverência e por uma indevida, e, portanto chocante intimidade com o Senhor.
Jesus começou a ser tratado pelos adoradores como um seu igual, como um colega.
Outros começaram a se referir ao Espírito Santo com um excesso de intimidade.

4. Pastores despreparados e inseguros.

Naquela época não havia pastores devidamente preparados para pastorear os rebanhos com as armas do Espírito Santo, com discernimento e sabedoria.
Aqueles pastores haviam sido treinados em seminários onde não havia ensinamentos sobre como colocar em ordem os dons espirituais na igreja local, nem sobre como distinguir a manifestação do Espírito de uma expressão da emoção humana (pensamentos e sentimentos humanos).

A maioria destes pastores não tinha uma formação Pentecostal; eles vinham de igrejas Protestantes tradicionais e históricas.
Seus professores nos seminários não pertenciam a igrejas onde havia rotineiras manifestações dos dons espirituais.
Além do mais, eles nem mesmo era usados nos dons espirituais, o que os tornava totalmente incapazes de ensinar sobre este assunto com autoridade.
Aqueles professores não tinham o conhecimento de como julgar as profecias ou como testá-las para saber se vinham do Espírito Santo ou do homem.

Aqueles pastores também tinham medo de desagradar as suas congregações.
Isto se devia, em parte, ao resultado da maneira democrática de escolha dos pastores: por eleições democráticas e não por uma escolha do Espírito Santo.
Estes pastores tinham que satisfazer suas congregações mesmo às custas da desobediência ao Senhor para manterem seus empregos.

Por outro lado, êles não dirigiam as suas igrejas diligentemente por causa de um entendimento errôneo a respeito da unção do Espírito Santo:
a unção dada a um pastor era considerada a mesma unção que o Senhor dava a outros cristãos para desempenharem outras funções na igreja.
Eles não entendiam que haviam recebido autoridade para dirigir a Igreja e mais discernimento e sabedoria do que os membros comuns da congregação como parte da unção.
Os pastores, então, se tornaram inseguros em sua função de pastorear o rebanho.

5. Falta de discernimento.

Naquela época, uma grande preocupação dominava aquelas igrejas:
não atrapalhar o que Espírito Santo estava operando.
Como os pastores não tinham discernimento sobre o que estava promovendo a edificação das igrejas, e não conseguiam distinguir entre a Obra genuína do Espírito e reações humanas à Obra do Espírito, admitia-se tudo.
Não se ensinava os limites ou princípios para estabelecer a ordem e a decência (I Cor. 14:40) no culto ou no louvor na igreja.
Na prática, aqueles que se convertiam se tornavam “ovelhas sem pastor”.

Na década de 80, um pastor de Indiana enviou um grupo de anciãos para outra cidade para examinarem certo movimento espiritual e trazer um relatório sobre as manifestações espirituais que ali ocorriam.
O relatório foi o seguinte:
“há manifestações que são do Espírito e outras que não são”.
Mas eles não ousaram dizer quais eram e quais não eram provenientes do Espírito.
A razão era que eles não tinham discernimento e estavam, portanto, com medo de errar e desagradar o Senhor.

6. Hábitos de vestuário.

À medida que o Senhor salvava muitos do movimento hippie, os pastores ficavam tão felizes pela salvação deles que tinham medo de desagradá-los de alguma forma ensinando-os como se vestir e se comportarem apropriadamente em um culto na igreja.
Por isso, e por falta de discernimento, optavam por não instruir aqueles novos convertidos ensinando-os sobre a transformação completa das vidas daqueles que aceitam Jesus como Senhor e Salvador, sobre o desejo de Jesus de se revelar ao mundo através de nós ou sobre a necessidade de vivermos para a glória do Senhor.

Os hippies que se convertiam nas praias da Califórnia e não o Espírito Santo foram os responsáveis pelo uso de bermudas, camisetas e sandálias de praia nos cultos, pela prática de se tomar bebidas e comer pipocas durante os cultos (durante o período de louvor e da pregação) e esta prática se espalhou pelas igrejas de Renovação.
Elas foram de um extremo a outro:
ao invés de regras de vestimentas, optavam pela informalidade sem limites razoáveis e sem discernimento.
É claro que nunca foram alertados que todas as coisas nos são permitidas, mas nem tudo nos convém porque muitas coisas não promovem a edificação da igreja.

7. Liberdade.
Louvor performático.

Na área do louvor, não havia somente a liberdade para qualquer crente adorar ao Senhor como preferisse, mas havia também a liberdade de transformar o culto em uma espécie de show.
O coro tradicional deu lugar a um grupo de louvor que era desnecessariamente colocado em frente à congregação em um palco, cantando e agindo como astros da música popular, como se eles próprios estivessem se apresentando a uma congregação, não ao Senhor.
Posteriormente, em algumas congregações, até mesmo grupos de dançarinos agitando bandeiras foram acrescentados ao palco.
Considerando que sua atividade tem o objetivo de adorar o Senhor, torna-se difícil justificar o fato de que eles cantam, dançam e tocam instrumentos no palco voltados para a congregação.

As igrejas começaram a reagir à apresentação desses grupos com aplausos, exatamente como platéias reagem depois de shows de artistas populares seculares.
E mais:
começaram a agradecer a eles pela apresentação, como se esses grupos estivessem no palco para entreter a congregação e, assim, esperassem um reconhecimento da platéia.
Esqueceram-se de que, pelo menos em teoria, estavam cantando juntamente com a congregação para adorar o Senhor e agradá-Lo, esperando o reconhecimento do próprio Senhor.

8. Influência sobre outros países.

Os missionários e evangelistas carismáticos norte-americanos que foram trabalhar no exterior começaram a divulgar esse tipo de “louvor emocional” e “louvor no palco” em outros países.
As novas igrejas iniciadas por eles adotaram esse tipo de louvor como se fosse o único que desse “liberdade ao Espírito” e como se tivesse sido revelado pelo Senhor à Igreja de hoje.

Esta influência ultrapassou as novas igrejas iniciadas por esses missionários e evangelistas, atingindo Igrejas pentecostais que foram iniciadas a partir dos anos 90 e até mesmo congregações pentecostais tradicionais em diferentes partes do mundo, inclusive na Europa Oriental e nos países da antiga União Soviética.

Princípios Bíblicos sobre Louvor

1. Louvor ao longo da História.

Sobre este assunto da adoração ao Senhor em cultos públicos, tem-se que ter sempre em mente que os verdadeiros adoradores não surgiram na igreja com o Movimento de Renovação.
Se alguém disser isto, estará negando que sempre houve uma igreja fiel durante toda a história, que sempre foi capaz de agradar ao Senhor.
Também estaria negando que o Senhor sempre foi vitorioso, sempre contando com uma Igreja fiel.

Não se pode descartar a maneira que o Senhor tem sido adorado pela Igreja fiel e mesmo pelos movimentos Pentecostais nos seus melhores momentos, mesmo antes do surgimento desses movimentos de renovação espiritual.
Uma evidência desta realidade são os hinos com letras profundas que edificam a igreja e exaltam o Senhor de uma maneira que os hinos que apareceram nos últimos 30 anos raramente alcançam.

É claro que sempre houve uma igreja espiritualmente vazia que não tinha graça e que substituía a operação do Espírito Santo por uma liturgia vazia.
Entretanto, sempre houve uma Igreja fiel que louvava o Senhor de uma forma que lhe é agradável, especialmente nos tempos de avivamento da fé e, particularmente, desde que o Senhor começou a derramar do Seu Espírito sobre toda a carne a partir da segunda metade do século XIX (o movimento pentecostal).

A maneira de adorar que passamos a considerar não é só bíblica, mas atualmente tem sido vivida por Igrejas que aprenderam a adorar ao Senhor em espírito e em verdade.
O Senhor manifesta Sua satisfação com o louvor destas Igrejas e, em resposta, as edifica.

Vale notar, a esse respeito, que, quando o Espírito Santo, por intermédio do Apóstolo Paulo, decidiu revelar à Igreja como deveria desenvolver-se um culto de adoração, Ele se refere, em I Cor 14:23-32, apenas a dons espirituais (línguas, revelação, interpretação), a louvores por meio de Salmos e ao ensino, dando instruções específicas sobre como os dons devem ser usados com sabedoria, sendo julgados e utilizados com decência e ordem (versículo 40).
Ele nada diz sobre a posição em que os crentes devem cantar (sentados, prostrados, em pé), nem sobre expressões corporais (mãos levantadas, palmas, dança, etc.).
Isso, por que o importante em um culto, do ponto de vista do adorador, é o coração, é uma adoração em espírito e em verdade, e, do ponto de vista de Deus, é Sua capacidade de falar ao Seu povo, para edificá-lo e dirigi-lo.

2. Propósito:
adorar ao Senhor.

O objetivo principal da existência da Igreja e de cada membro em particular é o de adorar o Senhor proclamando as suas virtudes e graças e manifestar nossa gratidão por suas misericórdias e dádivas.
Este é também o objetivo de cada culto em uma igreja verdadeiramente Cristã.

Quando a Igreja se reúne em um culto, o propósito não é o de se ter um período abençoado, buscar prazer espiritual tal como a alegria do Senhor, ou mesmo de receber bênçãos específicas, mas seu objetivo é o de adorar o Senhor por Sua majestade e senhorio, de manifestar gratidão por Suas bênçãos.

3. Inspiração:
agradar ao Senhor.

A Igreja não louva para agradar a si mesma (agradar a carne), ou porque é agradável a ela ser visitada pelo Espírito Santo.
A Igreja louva para agradar ao Senhor, que é o foco do culto.
A preocupação principal da Igreja em um culto é agradá-Lo.

Em nenhum lugar a Bíblia diz que os crentes devem louvá-Lo da forma que os agrada.
Todos os ensinamentos bíblicos mandam adorá-Lo como Ele quer.
“Deus busca adoradores que O adorem em Espírito e em verdade”.
A verdadeira adoração tem que ser dirigida pelo Espírito Santo, que exalte somente Deus o Pai e o Senhor Jesus.

Apesar destes ensinamentos, em alguns movimentos cristãos hoje em dia, há ainda o entendimento de que o período de louvor deve ser agradável à igreja, eles devem se divertir, ter prazer, sentir-se bem.
É por isto que há o incentivo em muitas igrejas para os crentes fazerem o que lhes agrada durante o período de louvor.

Entretanto, a sensação da presença de Deus, a alegria e o amor que enche seus corações deve ser só um subproduto da verdadeira adoração, e não um fim por si só.
Devemos nos regozijar porque o Senhor está sendo exaltado e porque Sua graça está sendo anunciada, não porque gostamos de nos sentir bem.

4. Atitude:
reverência e temor do Senhor.

A Bíblia nos diz que devemos ter uma atitude de reverência quando entramos na presença do Senhor.
Lembre-mo-nos da experiência de Moisés quando Deus mandou que tirasse as suas sandálias porque estava em terra santa. No livro de Hebreus, aprendemos que pelo sangue de Jesus temos a ousadia de entrarmos na Sua presença.
Mas o mesmo livro nos ensina que temos que ter temor em Sua presença, porque Deus é fogo consumidor
(Heb. 12:28-29).

Uma atitude de reverência diante do Senhor pode demonstrar o temor do Senhor (o princípio da sabedoria, Prov. 1:7) que é compatível com o amor e a confiança em sua misericórdia e que, portanto é exigido de todos os crentes pela Palavra de Deus.
Deus não mudou de acordo com os tempos modernos
(Mal. 3:6).

A reverência é manifesta por uma atitude compatível, no comportamento e mesmo na maneira que alguém se veste.
A reverência exige uma atitude especial ao nos aproximarmos do trono do Deus vivo
(Ex. 3:5).
Mesmo que, em certo sentido, vivamos na presença de Deus e Jesus viva em nós através do Espírito Santo, ao chegarmos a um culto para adorar o Senhor junto com a Igreja, este é um evento especial para os crentes e para o Senhor.
Temos um encontro especial com o Senhor.
Ele se manifesta de uma maneira especial em cada culto
(Mat. 18:20).
A aparência externa deve refletir a realidade da reverência interior.

Nosso Pai Celestial pode aceitar a adoração de novos convertidos que ainda não foram devidamente instruídos sobre temor e reverência.
Mas para se oferecer um louvor que seja perfeitamente digno do Senhor, o crente deve aprender a louvar com todos estes sentimentos em seu coração.

5. Movidos por gratidão e amor.

A Igreja também deve adorar com amor e gratidão em seu coração (I Tês. 5:18).
Se estes elementos não estiverem presentes, o crente não pode adorar ao Senhor.

Em alguns meios as pessoas criam que os cristãos deveriam manifestar no culto ao Senhor o mesmo tipo de emoção que as pessoas manifestam em concertos de rock ou jogos de futebol quando aplaudem seus ídolos ou os seus feitos.
Isto não é correto porque estas manifestações são próprias para expressarem emoções profanas; são frutos de sentimentos da carne.

Os sentimentos provocados pelo Espírito Santo têm que ser expressos pelo coração:
o Senhor não olha a aparência exterior de uma pessoa, mas para o seu coração
I Sam. 16:7).
Portanto, aqueles sentimentos santos devem ser expressos com oração, salmos e cânticos espirituais com todo o nosso coração e com toda a nossa alma
(Ef. 5:19-20).
No Novo Testamento, estas são as únicas exigências aos crentes.

6. Resultados:
visitação do Espírito Santo e alegria do Senhor.

Não se deve confundir causa e efeito.
Ao chegarmos à presença do Senhor, podemos ainda não estar dispostos ao louvor por causa de preocupações com as nossas vidas diárias, etc.
É por isto que devemos iniciar todos os cultos com um momento de contrição, confessando os nossos pecados ao Senhor, pedindo perdão, e pedindo que o Espírito Santo crie em nós a disposição para o louvor, colocando verdadeira gratidão em nossos corações.
Em resposta às orações da Igreja, o Espírito Santo visita os crentes lhes dando a condição espiritual para adorar o Senhor, colocando reverência, temor, amor e gratidão nos corações dos servos.

Então, a Igreja é capaz de começar a louvar o Senhor em espírito e em verdade, porque o Senhor habita nos louvores de Israel (Ps. 22:3).
À medida que a Igreja continua a louvar, a alegria do Senhor se manifesta cada vez mais no seu meio e há ainda mais disposição para adorá-Lo.

7. Deus olha o coração.

No Novo Testamento, não há ensinamentos específicos sobre a posição das pessoas quando a Igreja louva o Senhor.
Quando Jesus fala de adoração, Ele menciona que deve ser “em Espírito e em verdade”
(Jo. 4:23-24).
Paulo diz que tudo em nossos cultos deve ser feito com “ordem e decência”
(I Cor. 14:40).

Entretanto, nesta área deve-se aplicar alguns princípios bíblicos.
Um princípio que pode ter sido esquecido nas igrejas Cristãs é o fato de que o Senhor está mais preocupado com a condição de nossos corações do que com os movimentos externos de nossos corpos quando O adoramos.
É claro que se pode dizer que se a Bíblia diz que os servos devem vir diante do Senhor com reverência e temor, a posição de seus corpos deve ser condizente com estes sentimentos.

No Velho Testamento, o Senhor diz a Samuel que não vê como vê o homem. O homem vê a aparência exterior enquanto que o Senhor vê o coração.
Pode-se transferir a lição para a área da adoração e dizer:
quando os servos O adoram, Ele espera ser adorado com louvor e gratidão, reverência e temor, com todo o coração, a alma e o entendimento.

Se alguém não tem a direção do Espírito, ele pode errar considerando as experiências que Israel teve no tempo do Velho Testamento e estabelecer um código de adoração para a Igreja.
Este seria, contudo, um mau uso do Velho Testamento.

8. Somente vidas transformadas são dignas de adorá-Lo.

Uma forma excessivamente informal de vestir nos cultos e uma indevida intimidade ao se dirigir ao Senhor refletem a falta de conhecimento sobre como devemos nos apresentar diante do Senhor. Também revelam que o processo de transformação que o Espírito Santo está operando na vida de alguém ainda está em um estágio inicial ou mesmo que foi interrompido.

A Igreja deve ser ensinada que quando alguém se converte ao Senhor, deve abandonar as velhas maneiras de vestir, falar e se comportar ensinadas pelo mundo e que às vezes chegam a ser até imorais.
Os pastores devem aprender a ter coragem de ensinar aos novos crentes sobre este assunto.
Quando se aprende sobre a história da Igreja, aprende-se que a Igreja fiel sempre se preocupou com isto.

9. Preparo espiritual.

Por outro lado, a Igreja tem descurado a importância do preparo espiritual dos instrumentistas e cantores, dando maior importância à capacitação técnica.
A beleza estética, que estimula as emoções, passou a ser considerada suficiente para tocar os sentimentos da congregação durante o louvor.

No entanto, o Senhor tem revelado à Sua Igreja que, para que instrumentistas e cantores de um coro ou grupo de louvor possam Lhe louvar, é indispensável que eles estejam vivendo em santificação, dando um bom testemunho à Igreja e ao mundo.
Eles devem também se preparar para o louvor com oração e jejum.
A importância do louvor requer tal preparo espiritual para que vidas possam ser usadas como instrumentistas ou cantores.

Dessa forma, quando um grupo de louvor cantores e instrumentistas é usado pelo Senhor, o Espírito Santo visita a congregação, operando curas e libertações, conforme ocorria quando David tangia sua harpa (I Sam. 16:23).
A Igreja aprendeu, assim, que a capacitação espiritual vem em primeiro lugar; a capacidade de tocar com técnica e arte vem em segundo lugar
(Sal. 33:3).

Louvor sem Limites Bíblicos

1. Bíblia:
única regra de fé e prática.

A Bíblia deve ser a única fonte de doutrina e prática.
Ensinamentos bíblicos evitam que deixemos os limites seguros estabelecidos pelo Senhor para o desenvolvimento de nossas vidas espirituais.
Entretanto, a tendência de muitos setores do Movimento de Renovação tem sido de minimizar a importância dos limites bíblicos por falta de conhecimento da segurança que a Bíblia oferece a cada um dos crentes.
Ademais, eles tendem a basear parte da sua fé e de usa prática na experiência e não somente na Bíblia.

2. Possíveis erros.

Na área do louvor, estas atitudes com relação à Bíblia permitiram que se cometessem outros erros:

a) Ignorar a importância do louvor da Igreja fiel por toda a história; por falta de conhecimento da história da Igreja, os ditos renovados tendem a pensar que a verdadeira adoração apareceu na Igreja como resultado do movimento de renovação;

b) Basear a doutrina do louvor em “experiências” de pessoas que eles consideram ser, ou mesmo são, muito espirituais.

3. Perigo do fogo estranho.

O louvor performático (no palco), acompanhado de música executada de forma a estimular emoções e sentimentos “espirituais”, conforme acima referido, passou a substituir, frequentemente, o verdadeiro fogo do Espírito Santo.
Trata-se de um tipo de louvor que promove sentimentos quer o Espírito Santo esteja operando, quer não; uma forma de louvor que atinge as emoções quer seja entoado em um templo verdadeiramente cristão quer em um templo de outra religião, quer seus executantes estejam vivendo em santificação quer estejam vivendo no pecado.

No entanto, o Senhor não se agrada do apelo às emoções por esses meios.
O Senhor os designa de “fogo estranho” (Lev. 10:1-3).
Apenas o Espírito Santo deve estimular as emoções dos fiéis; o Espírito Santo é suficiente para promover sentimentos de louvor e adoração nos corações dos crentes, gerando gratidão e o desejo de exaltar o nome do Senhor Jesus.

4. Misticismo.

Como conseqüência destes erros, a Igreja era incapaz de oferecer uma adoração verdadeira.
Por isso, a Igreja começou a sofrer alguns problemas.
Primeiro, a falta de adoração espiritual dentro dos limites bíblicos começou a levar muitos servos ao misticismo.
Por misticismo queremos dizer permitir experiências no âmbito espiritual que não sancionadas pelas Escrituras.
Acolher estas experiências místicas sem o aval bíblico sobre a sua origem santa teve o resultado indesejado de permitir que espíritos enganadores se manifestassem em seu meio.
A única garantia contra o misticismo e esta conseqüência perniciosa é a de se manter dentro dos limites bíblicos.

Finalmente, as experiências místicas podem até, em um primeiro estágio, agradar aos adoradores inocentes que podem até se sentir bem a respeito delas.
Mas no longo prazo resultarão em opressão ao crente, não importa quão sincero ele seja.

O conteúdo do período de louvor

1. Hinos de louvor cantados pela congregação.

A igreja deve estar alerta para cantar hinos que contenham uma mensagem profunda, apresentem um conteúdo mais espiritual que edifique o crente e que também o estimule a adorar; ou seja, um hino através do qual o Espírito Santo possa operar da sua maneira no coração do crente.

A Igreja não precisa repetir um hino muitas vezes como se fosse agradar mais ao Senhor ou, na pior das hipóteses, permitir ao Espírito Santo trabalhar mais na vida do adorador para que ele ou ela sinta mais alegria e outros sentimentos bons.
Isto é perigoso porque técnicas religiosas modernas de religiões místicas usam este tipo de repetição interminável porque sabem como a repetição de uma mesma melodia ou ritmo tende a criar uma atmosfera que faz com que as pessoas sintam emoções que as farão crer que poderes sobrenaturais estejam agindo.

A Igreja não precisa destas técnicas para criar emoções. Ao cantar um hino inspirado pelo Espírito Santo uma vez (baseado em ensinamentos bíblicos) de uma maneira simples, sem sofisticação, mesmo que tocado por um conjunto sem técnica.
O Espírito Santo age e edifica os crentes fortalecendo a sua fé na presença do Senhor, fazendo com que O louvem de todo o seu coração e com todo o seu entendimento, desde que a Igreja viva em santificação e, particularmente, o grupo de instrumentistas e cantores tenha um bom testemunho, ore e jejue por sua atividade na Igreja.

2. Acompanhamento por instrumentistas no Espírito.

O Senhor mostrou que, ao contrário, deveríamos estar preocupados em adorá-Lo.
Portanto, a condição espiritual dos membros do grupo de louvor deve ser de importância fundamental.
A habilidade técnica deve vir em segundo lugar.
A razão é simples: o Senhor quer que o Espírito Santo se mova no meio da congregação como resultado do louvor dos instrumentistas e cantores.

3. Orações de louvor pela congregação.

Durante o período de louvor, o Senhor se agrada em receber o louvor através de orações de todos os tipos de servos na congregação: crianças, jovens, adultos e idosos.
O Senhor se satisfaz não só com orações do grupo de louvor e do pastor, mas também dos crentes de uma maneira geral.

4. Uma atitude proporcional à operação do Espírito.

Quando a Igreja se reúne para adorar o Senhor em um culto regular, seus membros geralmente não estão ainda preparados espiritualmente para oferecer um louvor verdadeiramente no Espírito.
É preciso, portanto, um período inicial de contrição quando é dada a oportunidade para que possam confessar seus pecados e buscar livramento de preocupações com problemas, para que possam concentrar-se no louvor ao Senhor.

Por essa razão, no período inicial do culto o Espírito Santo normalmente não manifesta a presença de Deus poderosamente na Igreja como um todo.
Consequentemente, a adoração deve ser moderada, sendo entoados hinos que convidem os fiéis a “entrar na presença de Deus”.
Assim, nesse período inicial do culto a Igreja não deve ser estimulada a louvor com grande fervor, como se o Espírito Santo já estivesse operando poderosamente em seu meio.
Isso representaria trazer “fogo estranho” à presença do Senhor.

Mas logo que o Espírito Santo começa a tocar e libertar a congregação, Ele a moverá a louvor de uma forma mais livre e calorosa que refletirá essa visitação.
Mesmo então, os crentes devem ser cautelosos em controlar seu comportamento de forma a não chamar a atenção sobre si mesmos, pois durante um culto eles devem concentrar sua atenção apenas no Senhor Jesus, evitando comportamentos bizarros que levem os visitantes a acreditar que perderam a razão ou o bom senso.

5. A maneira de adorar deve ser compatível com o culto público.

Se eu estou em casa adorando ao Senhor sozinho, tenho liberdade de adorá-Lo de uma maneira mais livre.
Posso me prostrar com o meu rosto no chão; posso dançar de felicidade.
Mas se estou em um culto público, eu devo ter cuidado com
(1) ordem no culto
(I Cor. 14:40),
(2) não perturbar outros e
(3) não escandalizar os visitantes, que podem pensar que não estou no meu juizo normal
(I Cor. 14:23, 29-33).

6. Emoções humanas não tocam o coração do Senhor.

Considere-se o exemplo da arca no meio de Israel nos tempos de Eli e Samuel, quando foi tomada dos Filisteus (I Sam. 4:3-11).
O Senhor não foi tocado, não manifestou Sua presença graciosa no meio de Israel quando os Israelitas trouxeram a Arca e se regozijaram e gritaram porque estavam convencidos que o Senhor estava entre eles.
Eles tinham “fé” e entusiasmo, mas o Senhor não estava entre eles porque eles não viviam em santificação, agradando ao Senhor.

Conclusão

O Senhor aceita os louvores de Seu povo somente quando os instrumentistas e os cantores por um lado, e a congregação de outro, estão vivendo no Espírito, em santificação e em obediência ao Senhor e vêm ao culto com gratidão em seu coração para louvar ao Senhor.

Para começarem a cantar ao Senhor e oferecerem orações de glorificação e gratidão, os crentes devem demonstrar reverência, temor do Senhor e amor pelo Senhor.
Eles devem, ainda, estar em comunhão uns com os outros e estar servindo o Senhor.

Quando o culto começa, os crentes devem buscar uma comunhão mais profunda com o Senhor através do poder do sangue de Jesus, que limpa os crentes de todo o pecado.
Só então o Senhor aceitará o seu louvor e visitará e edificará o Seu povo.


Quando o Espírito Santo, decidiu revelar à Igreja como deveria desenvolver-se um culto ao Senhor, Ele se refere, em I Cor 14:23-32, apenas a dons espirituais
(línguas, revelação, interpretação), a louvores por meio de Salmos e ao ensino, dando instruções específicas sobre como os dons devem ser usados com sabedoria, sendo julgados e utilizados com decência e ordem (versículo 40).
Ele nada diz sobre a posição em que os crentes devem cantar (sentados, prostrados, em pé), nem sobre expressões corporais (mãos levantadas, palmas, dança, etc.).

O primordial em um culto oferecido pela Igreja ao Senhor é que o crente se apresente como um verdadeiro adorador, pronto a adorá-lo em espírito e em verdade.
Quanto a Deus, o fundamental em um culto é a possibilidade de que Ele fale ao Seu povo, edificando-o e corrigindo-o.
Essa adoração abre o caminho para que o Senhor possa manifestar Sua glória, expressando-se por meio dos dons espirituais, inclusive com sinais que levam à salvação dos descrentes.

27 de ago. de 2010

A Força da Oração

A importância da oração na nossa vida , orar e maravilhoso, somente aquele que possuem realmente fé fazem dela um habito prazeroso, momento que podemos falar com Deus expor a nossas necessidades e expor a nossa adoração para com ele.

Eu friso que a maior arma do cristão e oração e vigiar, sim devemos sempre vigiarmos
(Apocalipse 16:15).
Fazer da oração parte da nossa intimidade.

Devemos aprender que a oração também deve ser utilizada para busca da nossa santidade e com ela enfrentarmos o pecado e o inimigo o diabo que esta em nosso redor bramindo como um leão
( 1 Pe 5:8)

O nosso mestre Jesus ele orava com freqüência ,a sua vida foi uma vida de muita oração.
Ele foi um exemplo de um homem que construiu o seu ministério tendo oração como alicerces da sua vida.
Em (Mateus 14: 22 a 36) nesse texto é notório observamos que Jesus procura ficar sozinho, se separado dos demais e é sobre o monte para poder orar.
Lendo esse texto bíblico aprendermos que o ato de orar existe a necessidade de ficarmos concentrados isto é nos entregarmos totalmente neste encontro com Deus.
Orar é falar com DEUS, pôr isso devemos buscar a oração estarmos em contato com o nosso querido Deus é fabuloso, devemos adorar este momento.

Devemos ser humildes e conscientes da importância da oração, e tendo como testemunho o exemplo de Jesus Cristo.

Agora iremos ver o que podemos conseguir praticando oração:
1) alcançar grande avivamento
( Atos 2 : 1 a 13 e 4 : 31e 32)

2) Alcançar a devida direção de Deus
( Atos 10 : 4 e 5)

3) Se livrar de perigos
(atos 12:1 e 11)

4) Poder de curar enfermidades
(Atos 28:8)

5) Poder de alterar qualquer circunstancia
(Josué 10:12 -14 e Tiago 5: 17 e 18)

6) Poder de obter revelações.
(Jeremias 33:3)



A própria palavra de diz pedi e obtereis
( Mateus 21:22)
A oração quanto ela e feita pôr um justo, que logicamente pede as coisas dentro da palavra, não se deixando guiar pela carne.
Sem duvida se tornara uma oração vitoriosa.

Orar não é apenas pedir é também:
1) Confessar
( Salmo 51):
Confessar nossos pecados, somos pecadores ambiciosos e escravos da nossa carne muitas vezes estamos apesar de toda informação que temos(evangelho).
Devemos Ter consciência dos erros e procuramos melhorar primeiro pedindo perdão a Deus pelas nossas fraquezas , e clamando para que ele nos de forças para superarmos os nossos enganos .

2) Clamar (Ex 22:23) Saber que devemos clamar a Deus para que ele nos atenda, para que apesar dos nossos erros a sua graça nos alcance em Isaias 38 o clamar mudou a vontade de Deus , pois Ezequias estava doente e o senhor já lhe avisara através do profeta Isaias que era chegada a hora da sua morte.
Mas o clamor levantado pôr Ezequias faz que o senhor lhe conceda a vida pôr mais anos.

3) Esperar
( Salmo 62:5)
Ter paciência e esperar a fé esta subordinada ao tempo de Deus que sabe a hora certa e o momento certo.
A irmãos que querem que seus pedidos sejam atendidos no mesmo instante que são elaboradas.
A fé deles esta resumida a horas, minutos e logo se desesperam e muitas vezes se revoltam, e abandonam a oração.

4) Derramar
(Salmo 62:8)
Derramar o nosso coração a ele :
Entregarmos o que temos de melhor o nosso amor , a nossa vida.
Reconhecer Deus como o nosso soberano.

5)Interceder
(Jó 42:10)
Pedir pelos nossos irmãos:
Sabermos que devemos pedir pelos outros que isso nos fará bem para o coração e para nosso querido irmão.
Intercedendo um pelos outros alcançaremos muitas graças de Deus

6)Pedir
(I Reis 3:5)
Coloquei este texto para mais uma vez vocês terem a certeza do poder da fé.

7)Agradecer
(Lucas 17:16)
saber agradecer a Deus pelo que temos e pelas benções recebidas.

Bom falamos de oração, mas sem fé não a motivo para orar , e preciso acreditar, investir naquilo que o senhor nos oferece.

Quando o homem não possui fé nada acontece na sua vida , ele não aceita a Jesus, ele não se transforma, em tudo ele vê obstáculos.
Só consegue viver da sua carne daquilo que ele vê e consegue tocar.

Orar não tem sentido pois apesar dele aceitar que existe um Deus , não consegue manter dialogo com ele.

Veremos abaixo um tópico já levantado no capitulo 4 aceitando a Jesus mas será importante outra vez observarmos pois dele dependera tudo.

A palavra de Deus e bem clara quando em Hebreus no capitulo 11 nos relata o que é a fé que e a certeza de cousas que se esperam, a convicção de fatos que se não vêem.

Ter fé e resumindo e confiar em Deus, acreditar nele e nas suas promessas e acreditar que tudo pôr ele foi construído.
Procure ler este capitulo atentamente para se fortalecer na fé.

Os homens do passado servos de Deus foram justificados pela sua fé e a única maneira de se chegar a salvação e pela pratica da fé.

Porque pratica ?
Porque para podermos exercê-la na nossa vida será necessário aplicá-la na nossa vida.

Fé não é só esperar milagres, mas também acreditar na palavra de Deus e seus mandamentos.

Permitir que Deus seja soberano na nossa vida e possa preencher a lacunas que venham a existir na nossa caminhada
( Salmo 23).

No texto a palavra pastor nos coloca como ovelhas, e somente ele o pastor sabe o melhor para suas ovelhas, devemos então vermos se estamos no propósito de Deus para nossas vidas.
Este salmo e de condução a prosperidade vem com a vontade de Deus, e nem sempre a nossa vontade pode estar dentro do nosso plano de vida.

Exemplificando :
Conheci um jovem que usava este salmo para afirmar que tudo que ele quer não lhe faltará.

Este jovem tinha uma vida irregular aos olhos de Deus, era promiscuo, viva dos prazeres do mundo e as suas ambições eram Ter dinheiro e poder comprar tudo que bem entender.

Dizia ele que Deus lhe prometera neste salmo todas as riquezas que o mundo lhe poderia oferecer.

Na verdade ele olhou a palavra com os olhos da carne e do pecado.
Deus é o pastor somos ovelhas precisamos segui-lo para que ele nos leva a pastos vitoriosos.

Ter fé em Deus e confiar em Deus e ser seu discípulo e caminhar com ele seguindo, praticando, vivendo, sendo testemunho vivo da sua palavra.

Não andeis ansiosos de coisa alguma. Em tudo, porém sejam conhecidas, diante de Deus, as vossas petições pela oração e pela súplica com ações de graças. Filipenses 4:6

Deus tem um propósito a realizar, mas ele precisa que o homem esteja disposto a orar, para que se estabeleça Sua vontade aqui na Terra, está é a função da oração, preparar um caminho para que Deus realize Sua vontade, assim como uma locomotiva necessita dos trilhos para andar, Deus necessita da oração do homem para levar adiante Sua vontade, sendo assim o homem deve fazer com que sua vontade seja unida com a vontade de Deus para que se estabeleçam seus designos, como podemos ver em 1 Jo 5:14-15 "E esta é a confiança que temos para com ele, que, se pedirmos alguma cousa segundo a sua vontade, ele nos ouve.
E, se sabemos que ele nos ouve quanto ao que lhe pedimos, estamos certos de que obtemos os pedidos que lhe temos feito."
A oração tem como objetivo que nós venhamos a fazer com que a vontade de Deus se estabeleça aqui na terra, desta forma, devemos conhecer melhor a vontade de Deus, para que nossas orações sejam agradáveis a Deus e nossos propósitos sejam cumpridos.

A oração é o estabelecimento de um diálogo do homem com Deus, sendo que, devemos estar atentos a resposta de Deus, que vem através de nosso espírito ou através das circunstâncias exteriores.
É através da oração que nós colocamos nossas ansiedades nas mãos de Deus, crendo que Ele é poderoso para nos dar paz interior, e resolver nossos problemas da melhor maneira possível para nosso crescimento espiritual.
Quando somos iluminados por Deus, em nossa consciência, de nossos pecados, nós devemos imediatamente pedir perdão a Deus, através da oração, pedindo para sermos lavados pelo seu sangue, e nossos pecados seram perdoados.

Devemos estar sempre orando, para sermos guardados das tentativas de satanás de nos levar ao pecado.
Podemos dizer que a oração é o nosso termômetro espiritual, quando nós não conseguimos orar, indica que não estamos bem espiritualmente.
Devemos aprender a observar o falar divino, em nosso espírito, enquanto estamos orando, pois Deus se comunica conosco através de nossa intuição, que é uma das partes do nosso espírito, mas cabe a nós, utilizando o nosso conhecimento bíblico, discernirmos se é ou não de Deus este falar, pois o inimigo pode também tentar nos enganar, lançando pensamentos em nossa mente que sutilmente nos induziram ao pecado.

Vamos analisar o trecho da Bíblia mais importante sobre a oração, que se encontra em Mt 6:5-13:

5E, quando orardes, não sereis como os hipócritas; porque gostam de orar em pé nas sinagogas e nos cantos das praças, para serem vistos dos homens.
Em verdade vos digo que eles já receberam a recompensa.

6 Tu, porém, quando orares, entra no teu quarto e, fechada a porta, orarás a teu Pai, que está em secreto; e teu Pai, que vê em secreto, te recompensará.

7 E, orando, não useis de vãs repetições, como os gentios; porque presumem que pelo seu muito falar serão ouvidos.

8 Não vos assemelheis, pois, a eles; porque Deus, o vosso Pai, sabe o de que tendes necessidade, antes que lho peçais.

9 Portanto, vós orareis assim:
Pai nosso, que estás nos céus, santificado seja o teu nome;

10 venha o teu reino; faça-se a tua vontade, assim na terra como no céu;

11 o pão nosso de cada dia dá-nos hoje;

12 e perdoa-nos as nossas dívidas, assim como nós temos perdoado aos nossos devedores;

13 e não nos deixes cair em tentação; mas livra-nos do mal pois teu é o reino, o poder e a glória para sempre.
Amém!

A oração não é algo formal, para atrair a atenção do homens, como faziam os fariseus, e por isso foram condenados (v. 5).
Eles estavam acostumados a orar formalmente 18 vezes ao dia, segundo as leis herdadas dos antepassados, e observavam com rigor pontual os horários destinados à oração, onde quer que estivessem.
Por isso, com freqüência eram obrigados a orar em público, e os judeus, admirados, sempre os surpreendiam em sua prática nas esquinas das ruas.
A oração passou a ter , então, caráter de mero ritualismo, sem consistência espiritual, onde o que contava era a exterioridade sofisticada de palavras vazias para receber o louvor humano.

A oração também não é como a reza, uma repetição interminável de enunciados que não traduzem os sentimentos do coração (v. 7).
Este era o costume dos gentios, adeptos das religiões politeístas, que horas a fio repetiam mecanicamente as mesmas palavras diante de seus deuses, o que mereceu a veemente reprovação do Senhor Jesus, pois o mesmo estava ocorrendo com os praticantes da religião judaica.

Afinal o que é a oração?
A melhor definição encontra-se, é obvio, na Bíblia.
Nenhum conceito teológico expressa com a mesma clareza e simplicidade o que ela significa.
A oração é segundo as Escrituras, uma via de mão dupla através da qual o crente , com O seu clamor, chega à presença de Deus, e este vem ao seu encontro, com as respostas (Jr 33:3 " Invoca-me, e te responderei; anunciar-te-ei coisas grandes e ocultas, que não sabes.").
A oração é fruto espontâneo da consciência de um relacionamento pessoal com o Todo-Poderoso, onde não há espaço para o monólogo, pois quem ora não apenas fala, mas também precisa estar disposto a ouvir.
É um diálogo onde o crente aprofunda sua comunhão com Deus e ambos conversam numa linguagem que tem como intérprete o Espírito Santo (Rm 8:26-27 "Também o Espírito, semelhantemente, nos assiste em nossa fraqueza; porque não sabemos orar como convém, mas o mesmo Espírito intercede por nós sobremaneira, com gemidos inexprimíveis.
E aquele que sonda os corações sabe qual é a mente do Espírito, porque segundo a vontade de Deus é que ele intercede pelos santos.") .

A Bíblia é o livro da oração .
Suas páginas evocam grandes momentos da história humana que foram vividos em oração.
Compare Js 10:12-15 "e os sidônios, e os amalequitas, e os maonitas vos oprimiam, e vós clamáveis a mim, não vos livrei eu das suas mãos?
Contudo, vós me deixastes a mim e servistes a outros deuses, pelo que não vos livrarei mais.
Ide e clamai aos deuses que escolhestes; eles que vos livrem no tempo do vosso aperto.
Mas os filhos de Israel disseram ao SENHOR:
Temos pecado; faze-nos tudo quanto te parecer bem; porém livra-nos ainda esta vez, te rogamos.;" e 2 Rs 6:17 "Orou Eliseu e disse:
SENHOR, peço-te que lhe abras os olhos para que veja.
O SENHOR abriu os olhos do moço, e ele viu que o monte estava cheio de cavalos e carros de fogo, em redor de Eliseu.".
Desde o seu primeiro livro, Gênesis, até Apocalipse, fica claro que orar é parte da natureza espiritual do ser humano, assim como a nutrição é parte do seu sistema fisiológico.
Os grandes fatos escatológicos, como previstos no último livro da Bíblia, serão resultado das orações dos santos, que clamam a Deus ao longo dos séculos pelo cumprimento de sua justiça (Ap 5:8 "e, quando tomou o livro, os quatro seres viventes e os vinte e quatro anciãos prostraram-se diante do Cordeiro, tendo cada um deles uma harpa e taças de ouro cheias de incenso, que são as orações dos santos,"; Ap 8:3-4 "Veio outro anjo e ficou de pé junto ao altar, com um incensário de ouro, e foi-lhe dado muito incenso para oferecê-lo com as orações de todos os santos sobre o altar de ouro que se acha diante do trono; e da mão do anjo subiu à presença de Deus a fumaça do incenso, com as orações dos santos.").

Orar não pode ser visto como ato de penitência para meramente subjugar a carne.
Em nenhum momento a Bíblia traz esta ênfase.
Oração não é castigo (assim como a leitura das Escrituras), idéia que alguns pais equivocadamente passam para os filhos, quando os ordena a orar como disciplina por alguma desobediência.
Eles acabam criando uma verdadeira repulsa à vida de oração, desconhecendo o verdadeiro valor que ela representa para as suas vidas, por terem aprendido pela prática a reconhecê-la apenas como meio de castigo pessoal.
Ao contrário, se aprenderem que orar é ato que eleva o espírito e brota de maneira espontânea do coração consciente de sua indispensabilidade, como ensina a Bíblia, saberão cultivar a oração como exercício de profunda amizade com Deus que resulta em crescimento espiritual (Cl 1:9 " Por esta razão, também nós, desde o dia em que o ouvimos, não cessamos de orar por vós e de pedir que transbordeis de pleno conhecimento da sua vontade, em toda a sabedoria e entendimento espiritual;").
De igual modo, o mesmo acontecerá conosco.

Podemos observar o valor da oração, observando os heróis da fé, descritos em Hebreus 11, que exercitam sua fé através da oração.
Não só eles, mas outros personagens da Bíblia tiveram igual experiência.
Abraão subiu ao monte Moriá, para o sacrifício de Isaque, porque seu nível de comunhão com Deus através da oração era tal que ele sabia tratar-se de uma prova de fé (Gn 22:5-8 "Então, disse a seus servos: Esperai aqui, com o jumento; eu e o rapaz iremos até lá e, havendo adorado, voltaremos para junto de vós.
Tomou Abraão a lenha do holocausto e a colocou sobre Isaque, seu filho; ele, porém, levava nas mãos o fogo e o cutelo. Assim, caminhavam ambos juntos. Quando Isaque disse a Abraão, seu pai: Meu pai!
Respondeu Abraão:
Eis-me aqui, meu filho!
Perguntou-lhe Isaque:
Eis o fogo e a lenha, mas onde está o cordeiro para o holocausto?
Respondeu Abraão:
Deus proverá para si, meu filho, o cordeiro para o holocausto; e seguiam ambos juntos.").
É o exemplo da oração que persevera e confia.
Enoque vivênciou a oração de maneira tão intensa que a Bíblia o denomina como aquele que andava com Deus (Gn 5:24 "Andou Enoque com Deus e já não era, porque Deus o tomou para si.").
É o exemplo da oração em todo o tempo.

Moisés trocou a honra e a opulência dos palácios egípcios porque teve o privilégio de falar com o Senhor face a face e com ele manter íntima comunhão por toda a vida , ver Êx 3:1-22 e Ex 4:1-17, ele é o exemplo da oração que muda as circunstâncias.
Entre os profetas destaca-se, Elias, cujo exemplo Tiago aproveita para ensinar que o crente sujeito às mesmas fraquezas, pode diante de Deus (Tg 5:17-18 "Elias era homem semelhante a nós, sujeito aos mesmos sentimentos, e orou, com instância, para que não chovesse sobre a terra, e, por três anos e seis meses, não choveu.
E orou, de novo, e o céu deu chuva, e a terra fez germinar seus frutos.").
É o exemplo da oração que supera as deficiências humanas.

Esses heróis são as testemunhas mencionadas em Hb 12:1 "Portanto, também nós, visto que temos a rodear-nos tão grande nuvem de testemunhas, desembaraçando-nos de todo peso e do pecado que tenazmente nos assedia, corramos, com perseverança, a carreira que nos está proposta,".
Ou seja, se eles, que não viveram na dispensação do Espírito Santo, tiveram condições de viver de modo tão intenso na presença de Deus, quanto mais o crente, hoje, que conta com o auxílio permanente e direto do Espírito Santo, movendo-o para uma vida de oração.
Todos os crentes necessitam, devem e podem ter mesma vida de oração que os santos da Bíblia e tantos outros que a história eclesiástica registra, como George Muller, João Hide, Lutero e Watman Nee.

O maior exemplo de oração, no entanto, foi o próprio Mestre.
Sendo ele o Filho de Deus, cujos atributos divinos lhes asseguravam o direito de agir sobrenaturalmente, podia dispensar a oração como prática regular de sua vida.
No entanto, ao humanizar-se, esvaziou-se de todas as prerrogativas da divindade e assumiu em plenitude a natureza humana (Fp 2:5-8 "Tende em vós o mesmo sentimento que houve também em Cristo Jesus, pois ele, subsistindo em forma de Deus, não julgou como usurpação o ser igual a Deus; antes, a si mesmo se esvaziou, assumindo a forma de servo, tornando-se em semelhança de homens; e, reconhecido em figura humana, a si mesmo se humilhou, tornando-se obediente até à morte e morte de cruz.") experimentando todas as circunstâncias inerentes ao homem, inclusive a tentação (Hb 4:15 "Porque não temos sumo sacerdote que não possa compadecer-se das nossas fraquezas; antes, foi ele tentado em todas as coisas, à nossa semelhança, mas sem pecado.
"; Mt 4:1-11 "
A seguir, foi Jesus levado pelo Espírito ao deserto, para ser tentado pelo diabo.
E, depois de jejuar quarenta dias e quarenta noites, teve fome.
Então, o tentador, aproximando-se, lhe disse:
Se és Filho de Deus, manda que estas pedras se transformem em pães.
Jesus, porém, respondeu:
Está escrito:
Não só de pão viverá o homem, mas de toda palavra que procede da boca de Deus.
Então, o diabo o levou à Cidade Santa, colocou-o sobre o pináculo do templo e lhe disse:
Se és Filho de Deus, atira-te abaixo, porque está escrito:
Aos seus anjos ordenará a teu respeito que te guardem; e:
Eles te susterão nas suas mãos, para não tropeçares nalguma pedra.
Respondeu-lhe Jesus:
Também está escrito:
Não tentarás o Senhor, teu Deus.
Levou-o ainda o diabo a um monte muito alto, mostrou-lhe todos os reinos do mundo e a glória deles e lhe disse:
Tudo isto te darei se, prostrado, me adorares.
Então, Jesus lhe ordenou:
Retira-te, Satanás, porque está escrito:
Ao Senhor, teu Deus, adorarás, e só a ele darás culto.
Com isto, o deixou o diabo, e eis que vieram anjos e o serviram.").

Ora, isto significa que o Senhor dependeu tanto da oração como qualquer outra pessoa que se proponha a servir integralmente a Deus.
Ela foi o instrumento pelo qual pôde suportar as afrontas, não dar lugar ao pecado, tomar sobre si o peso da cruz e vencer o maligno (Mt 26:36-46
"Em seguida, foi Jesus com eles a um lugar chamado Getsêmani e disse a seus discípulos: Assentai-vos aqui, enquanto eu vou ali orar; e, levando consigo a Pedro e aos dois filhos de Zebedeu, começou a entristecer-se e a angustiar-se.
Então, lhes disse:
A minha alma está profundamente triste até à morte; ficai aqui e vigiai comigo.
Adiantando-se um pouco, prostrou-se sobre o seu rosto, orando e dizendo:
Meu Pai, se possível, passe de mim este cálice!
Todavia, não seja como eu quero, e sim como tu queres.
E, voltando para os discípulos, achou-os dormindo; e disse a Pedro:
Então, nem uma hora pudestes vós vigiar comigo?
Vigiai e orai, para que não entreis em tentação; o espírito, na verdade, está pronto, mas a carne é fraca.
Tornando a retirar-se, orou de novo, dizendo:
Meu Pai, se não é possível passar de mim este cálice sem que eu o beba, faça-se a tua vontade. E, voltando, achou-os outra vez dormindo; porque os seus olhos estavam pesados.
Deixando-os novamente, foi orar pela terceira vez, repetindo as mesmas palavras.
Então, voltou para os discípulos e lhes disse:
Ainda dormis e repousais!
Eis que é chegada a hora, e o Filho do Homem está sendo entregue nas mãos de pecadores. Levantai-vos, vamos!
Eis que o traidor se aproxima.").

Os evangelhos registram a vida de oração do Mestre.
Ele orava pela manhã (Mc 1:35 "Tendo-se levantado alta madrugada, saiu, foi para um lugar deserto e ali orava."), à tarde (Mt 14:23 "E, despedidas as multidões, subiu ao monte, a fim de orar sozinho.
Em caindo a tarde, lá estava ele, só.") e passava noites inteiras em comunhão com Deus (Lc 6:12 "Naqueles dias, retirou-se para o monte, a fim de orar, e passou a noite orando a Deus.").
Se Ele viveu esse tipo de experiência 24 horas por dia, de igual modo Deus espera a mesma atitude de cada crente. Não apenas uns poucos minutos, com palavras rebuscadas de falsa espiritualidade, para receber as honras dos homens, mas em todo o tempo, como oferta de um coração que se dispõe a permanecer humildemente no altar de oração.

A oração modelo, registrada em Mt 6:9-13, não é simplesmente uma fórmula para ser repetida.
Se assim fosse, o Mestre não teria condenado as "vãs repetições" dos gentios.
Seria uma incongruência.
O seu propósito é revelar os pontos principais que dão forma ao conteúdo da oração cristã.
Ela não é uma oração universal, mas se destina exclusivamente àqueles que podem reconhecer a Deus como Pai, por intermédio de Jesus Cristo.
A oração do crente, sincera e completa em seu objetivo, traz em si estes aspectos:

Reconhecimento da soberania divina (Pai nosso, que estás nos céus,);
Reconhecimento da santidade divina (santificado seja o teu nome;);
Reconhecimento da vinda do reino no presente e sua implantação no futuro (venha o teu reino;);
Submissão sincera à vontade divina (faça-se a tua vontade, assim na terra como no céu;)
Reconhecimento que Deus supre as nossas necessidades pessoais ( o pão nosso de cada dia dá-nos hoje;);
Disposição de perdoar para receber perdão (e perdoa-nos as nossas dívidas, assim como nós temos perdoado aos nossos devedores;);
Proteção contra a tentação e as ações malignas (e não nos deixes cair em tentação; mas livra-nos do mal);
Desprendimento para adorar a Deus em sua glória (pois teu é o reino, o poder e a glória para sempre.
Amém!).
Os requisitos para que uma oração seja eficaz são:

Nossas orações não serão atendidas se não tivermos fé genuína, verdadeira (Mc 11:24
"Por isso, vos digo que tudo quanto em oração pedirdes, crede que recebestes, e será assim convosco."
Mc 9:23 "Ao que lhe respondeu Jesus:
Se podes!
Tudo é possível ao que crê.
Hb 10:22
"aproximemo-nos, com sincero coração, em plena certeza de fé, tendo o coração purificado de má consciência e lavado o corpo com água pura."
Tg 1:17
" Toda boa dádiva e todo dom perfeito são lá do alto, descendo do Pai das luzes, em quem não pode existir variação ou sombra de mudança."
Tg 5:15
"E a oração da fé salvará o enfermo, e o Senhor o levantará; e, se houver cometido pecados, ser-lhe-ão perdoados.").
Nossas orações devem ser feitas em nome de Jesus, ou seja, devem estar em harmonia com a pessoa, caráter e vontade de nosso Senhor (Jo 14:13-14
"E tudo quanto pedirdes em meu nome, isso farei, a fim de que o Pai seja glorificado no Filho. Se me pedirdes alguma coisa em meu nome, eu o farei.").
A nossa oração deve ser feita segundo a vontade de Deus que muitas vezes nos é revelada pela sua palavra, que por sua vez deve ser lida com oração (Ef 6:17-18
"Tomai também o capacete da salvação e a espada do Espírito, que é a palavra de Deus; com toda oração e súplica, orando em todo tempo no Espírito e para isto vigiando com toda perseverança e súplica por todos os santos", 1 Jo 5:14
" E esta é a confiança que temos para com ele:
que, se pedirmos alguma coisa segundo a sua vontade, ele nos ouve."
Mt 6:10
"venha o teu reino; faça-se a tua vontade, assim na terra como no céu;"; Lc 11:2
"Então, ele os ensinou:
Quando orardes, dizei:
Pai, santificado seja o teu nome; venha o teu reino;"
Mt 26:42
"Tornando a retirar-se, orou de novo, dizendo:
Meu Pai, se não é possível passar de mim este cálice sem que eu o beba, faça-se a tua vontade.")
Devemos andar segundo a vontade de Deus, amá-lo e agradá-lo para que Ele atenda as nossas orações
(Mt 6:33 "33 buscai, pois, em primeiro lugar, o seu reino e a sua justiça, e todas estas coisas vos serão acrescentadas."; 1 Jo 3:22 "e aquilo que pedimos dele recebemos, porque guardamos os seus mandamentos e fazemos diante dele o que lhe é agradável.", Jo 15:7 "Se permanecerdes em mim, e as minhas palavras permanecerem em vós, pedireis o que quiserdes, e vos será feito."
Tg 5:16-18
"Confessai, pois, os vossos pecados uns aos outros e orai uns pelos outros, para serdes curados. Muito pode, por sua eficácia, a súplica do justo."
Sl 66:18
"Se eu no coração contemplara a vaidade, o Senhor não me teria ouvido."
Pv 15:8
"O sacrifício dos perversos é abominável ao SENHOR, mas a oração dos retos é o seu contentamento.").
Finalmente, para uma oração eficaz, precisamos ser perseverantes (Mt 7:7-8
"Pedi, e dar-se-vos-á; buscai e achareis; batei, e abrir-se-vos-á.
Pois todo o que pede recebe;
o que busca encontra; e, a quem bate, abrir-se-lhe-á.
Cl 4:2
"Perseverai na oração, vigiando com ações de graças."
1 Ts 5:17
"Orai sem cessar."
Sl 40:1
"Esperei confiantemente pelo SENHOR; ele se inclinou para mim e me ouviu quando clamei por socorro.").
Em princípio, o crente deve orar em todo o tempo (1Ts 5:17)
"Orai sem cessar."
Ef 6:18
"com toda oração e súplica, orando em todo tempo no Espírito e para isto vigiando com toda perseverança e súplica por todos os santos").
É um estado permanente de comunhão com Deus, onde o seu pensar está ligado as coisas que são do alto (Cl 3:2)
"Pensai nas coisas lá do alto, não nas que são aqui da terra;").
É uma condição que não dá lugar para ser atingido pelos dardos inflamados do inimigo, pois seu espírito está sempre alerta, através da oração.
Ele deve, no entanto, ter momentos específicos de oração pela manhã, à tarde ou à noite, como fez o nosso Senhor Jesus.
Orações públicas, como as que se fazem nos cultos, são também uma prática bíblica, desde que não repitam o formalismo, a exterioridade e a hipocrisia dos fariseus.
O Senhor Jesus mesmo, por diversas vezes, orou publicamente (Jo 11:41-42 )
"Tiraram, então, a pedra.
E Jesus, levantando os olhos para o céu, disse:
Pai, graças te dou porque me ouviste.
Aliás, eu sabia que sempre me ouves, mas assim falei por causa da multidão presente, para que creiam que tu me enviaste.").

O lugar onde se mede a intensidade da comunhão do crente com Deus é no seu "lugar secreto"
(Mt 6:6 )
"Tu, porém, quando orares, entra no teu quarto e, fechada a porta, orarás a teu Pai, que está em secreto; e teu Pai, que vê em secreto, te recompensará.") para estar a sós com o Senhor.
É ali, sozinho, com as portas fechadas para as coisas que o cercam e abertas para o Senhor, que ele de fato revela se a oração é para si mera formalidade ou meio que o conduz à presença de Deus para um diálogo íntimo, pessoal e restaurador com Aquele que deseja estar lado a lado com seus filhos.
"A menos que exista tal lugar, a oração pessoal não se manterá por muito tempo nem de maneira persistente".
A oração do crente não tem como propósito atrair a atenção dos homens, mas é o meio por excelência de seu encontro pessoal com Deus, para que cresçamos em fé e vivamos uma vida cheia do Espírito Santo, guardando-nos do maligno.
Jesus é o Senhor.
Amém.


Extraído de http://herbertgf.multiply.com/journal/item/13

12 de ago. de 2010

9 de ago. de 2010

Transformada

Voltemos a Tito 2:1-4 para o nosso estudo da bondade.
Vou citar a tradução de Phillips:

"Agora precisas de lhes fazer ver que tipo de caráter deve surgir da sã doutrina.

Os velhos devem ser sóbrios, graves, prudentes, sadios espiritualmente, pela fé, pelo amor e pela paciência.
Do mesmo modo, as mulheres idosas devem comportar-se de modo reverente, não se queixando infundadamente, nem se entregando

às bebidas alcoólicas, antes servindo de exemplo às mais novas
para que estas amem os maridos e os filhos, e ensinando-as a serem moderadas, castas, boas donasde-casa, gentis e sujeitas

aos maridos, em suma, que dêem boa fama à fé cristã.

Aos jovens,aconselha-os a levarem a vida a sério, servindo-lhes a tua vida de exemplo.
Em tudo o que ensinares, procura respeitar sempre a verdade, dando a entender que aprecias a seriedade dos
assuntos que estás tratando.
A tua linguagem deve ser lógica e sem afetação, para que o teu adversário se sinta confundido, ao ver que nada pode perante

a tua argumentação.
"Aos escravos aconselha-os como cristãos a obedecerem aos seus senhores, prestando-lhes os melhores serviços em todas as

maneiras.

Não sejam respondões nem furtem, mas mostrem-se verdadeiramente fidedignos, como vivo testemunho da doutrina de Deus, seu

Salvador. Porque a graça de Deus, que a todos pode salvar, tornou-se agora conhecida e ensina-nos a não mais termos
contato com a impiedade ou com os desejos deste mundo, mas a vivermos mesmo cá na terra uma vida responsável, honrada e

temente a Deus.

E enquanto assim vivemos, aguardamos esperançadamente o glorioso desfecho final de Deus e de Jesus Cristo, nosso Senhor, o

qual se entregou a si mesmo por todos nós, para que nos salvasse dos maus caminhos e formasse para si um povo limpo, puro,

com coração disposto a praticar boas obras."
Esta passagem bíblica coloca sobre os nossos ombros grande responsabilidade.
Como mulheres necessitamos ser mestras do bem.
Devemos reconhecer que nos observam.

Diz um provérbio:
"O que você faz fala tão alto que não posso ouvir o que diz.


" A nossa vida é a melhor publicidade do evangelho.

Você é Transparente

Disse-me uma moça, depois de eu haver falado sobre a importância dos ensinamentos da
mãe no lar:

"Quem dera minha mãe pudesse ter ouvido esta palestra! Quem dera ela vivesse no lar aquilo que testifica nas reuniões de

senhoras na igreja— é por isso que hoje me encontro perdida,amarga e rebelde.

Mães, nós somos transparentes.


Lembre-se que há atrativo espiritual na simples bondade.

Viva de maneira prudente.

Seja cuidadosa na maneira de viver, de vestir-se e de falar.

Seja cuidadosa na maneira de referir-se ao marido.

É fácil dizer:

"Oh, esse meu marido nunca me dá atenção.
Ele é simplesmente impossível."
Mas alguém pode dar a esse comentário importância maior do que ele realmente tem.
A bondade dele e a nossa própria podem ser maculadas pelos comentários descuidados.
Não conversem maldosamente a respeito um do outro.
Não contem aos sogros as pequenas falhas que vocês descobrem.
Não digam aos filhos:
"Vocês sabem que seu pai é muito descuidado. .

A bondade se manifesta de muitos modos.

Ela se reflete na maneira como você mantém seu corpo e seu lar asseados e limpos.

Não use roupas cheirando a suor, ou camisetas rasgadas.

Use o bom senso no vestir-se.

Peça ao Espírito Santo que a ajude a mostrar bondade para com os filhos.
Uma faceta da bondade é o julgamento acertado.
Seja prudente ao tratar de coisas íntimas entre você e seu marido.
Isso faz parte da castidade.
Mantenha seu lar confortável e atraente.
Somos mestras do bem.
Ensine seus filhos a fazerem coisas certas.
Às vezes falamos demais a respeito de nosso filho; é preciso antes que falemos a ele, ensinando-o a ser bondoso.
Não "murmuremos"
Certa jovem que durante muitos anos morou conosco vivia resmungando com as chaleiras e panelas!
Você conhece alguém que está sempre a resmungar em voz baixa?
Nunca concorda com as decisões tomadas?
Às vezes encontramos mulheres que enquanto preparam um almoço especial ou uma reunião de confraternização na igreja,
queixam-se o tempo todo na cozinha.
À semelhança de Marta.
Entretanto, temos de nos esforçar para mostrar toda a boa vontade e energia em tudo quanto vier às nossas mãos para fazer.

Somos o adorno do evangelho!
Confiável.
Desejo apresentar-lhe outra mulher cheia de graça.
Ela era solteira, diaconisa na igreja de Cencréia, importante porto marítimo de Corinto.
Segundo o Manual Bíblico de Halley e outras fontes, Febe foi a portadora da carta de Paulo
aos Romanos.
Parafraseando a apresentação de Febe em Romanos 16:1-3, podíamos ler:
Estou enviando esta carta a vocês, italianos, pela mão de Febe.
Ela é nossa irmã e incansável obreira na igreja.
Está sempre ajudando alguém, e todos a conhecem por suas boas obras.
Qualquer pessoa que bata à sua porta, marinheiro ou peregrino, ela os recebe e ajuda.
Febe tem-me ajudado muitas vezes.
É digna, e inteligente mulher de negócios.
Não é afetivo este quadro que Paulo nos dá?
Nesta carta especial, ele diz aos judeus italianos
que eles devem ser transformados pela renovação de suas mentes; que não devem conformar-se
com o mundo, mas estar preparados para apresentar seus corpos em sacrifício vivo.
Paulo encerra a carta com a apresentação de Febe e com afetuosas saudações pessoais a toda uma lista de amigos.
Parece que quase a metade das pessoas que ele, de modo especial, lembra pelo nome neste último capítulo, é composta de
mulheres.
Paulo colocou esta carta nas mãos de Febe por saber que ela era digna de confiança.
E ela cumpriu o papel que estudamos no capítulo 2 da carta a Tito.
O fruto da bondade estava na vida dela.
Ele podia confiar nela.
Vejamos as outras mulheres que Paulo menciona aqui.
Amigos de Febe Paulo envia saudações a Priscila e Áqüila.
Eram dois cooperadores especiais na obra.
Tinham até arriscado a vida por Paulo.
O versículo 6 fala de Maria, que havia trabalhado com afinco e era dada à prática da hospitalidade e das boas obras.
No versículo 12 vêm as duas irmãs Trifena e Trifosa, que trabalhavam ao lado de Pérside.
A seguir ele envia saudações especiais a Rufo, "eleito no Senhor".
Ao que parece, Rufo era negro,como seu pai, Simão Cireneu, aquele que ajudou Jesus a carregar a cruz
(Marcos 15:21).
Posso imaginar a cena envolvendo Simão, o Cireneu.
Ele chegou tarde em casa, no dia da crucificação.
"Querida esposa, você me perdoará por chegar tão atrasado, mas fui envolvido hoje em um estranho acontecimento.
Eles puseram sobre meus ombros a cruz de um condenado à morte.
Caminhei ao seu lado.
Ele não se queixava, não oferecia resistência.
Caminhava com dignidade,como se soubesse para onde ia e por quê.
Vi quando cravaram os pregos em suas mãos e pés.
Depois transpassaram seu lado com a lança.
E as trevas que caíram!
Foi pavoroso!
Jamais serei o mesmo depois disto.
Creio que este era realmente o Filho de Deus."
Pode ser que Rufo tenha ouvido esta conversa.
Lembro de quando eu era criança e ouvíamos o carro de bombeiros passar; montávamos todos em nossas bicicletas e íamos ver °

que estava acontecendo.
Penso que Rufo fez o mesmo.
Deve ter escapulido pela porta e subido a montanha.
Ele tinha de ver o quadro de perto.
Talvez tenha chegado a tempo de ver Jesus ser retirado da cruz.
Pode ser que ainda tenha visto os soldados romanos que haviam lançado sortes para ver quem ficaria com o manto tecido, sem

costura.
Paulo diz que Rufo era eleito no Senhor, e sua mãe veio a ser para Paulo uma verdadeira mãe.
Ela consertava a túnica do apóstolo, preparava-lhe refeições especiais, orava por ele e o hospedava de bom grado.
Paulo diz:
"sua mãe, que também tem sido mãe para mim."
Essas eram as mulheres que cercavam Febe todas elas ajudadoras mulheres cheias de bondade.
Foi por isto que o evangelho se espalhou.
Havia mulheres que serviam com os seus recursos, com as mãos e com o coração.
E Você?
Há lugar para todas as mulheres.
Há ministério no fruto da bondade.


A música exerce poderosa influência em nosso mundo hoje.
Devemos cultivar boa música em nossos lares.
Nossos filhos, desde bem pequenos, podem ser ensinados a cantar canções alegres,
corinhos, cânticos de Natal e hinos.
Há maravilhosos CDS e VIDEOS disponíveis, que trazem atmosfera de paz e bondade aos nossos lares.
Enchendo os nossos lares com boa música, podemos compensar a música vazia e muitas vezes perniciosa que os nossos filhos

ouvem fora de casa.
"Você é aquilo que você lê"
Quando menina, li um dos livros que pertencia ao meu pai, Em Seus Passos Que Faria
Jesus?
de Charles Sheldon.
Lembro-me de como fiquei impressionada com a integridade com que
aqueles novos cristãos tomavam decisões.
O livro influenciou a minha vida para o bem.
Como mães, devemos ser sábias na escolha do tipo de leitura que nossos filhos têm à sua disposição.
Podemos colocar boas revistas ou bons livros no banheiro e em outros locais estratégicos.
Há revistas e livros evangélicos bem recomendados como bom material de leitura.
Os filhos são guiados pelo que lêem.

Diz 1 Timóteo 5:22:
"Conserva-te a ti mesmo puro.
Esta é uma ordem.
Temos a responsabilidade de procurar ser boas e retas.

2 Timóteo 3:1-7

parece manchetes de jornais vespertinos.
O mal, abundante em toda a parte, torna as pessoas inimigas do bem.
Chego a tremer quando vejo jovens zombando da juventude cristã que toma posição ao lado
do que é certo.
Eles censuram as atitudes desses crentes.
"Vocês são uns maricás não fumam,
não bebem, não falam palavrões, não usam drogas.
A grande verdade é que os nossos filhos necessitam de oração especial nestes dias maus, para que resistam à perversidade

que os cerca.
Certa jovem amiga sempre se mostrou franca em seu testemunho e comportamento cristãos.
Os colegas na escola, sem que ela o percebesse, começaram a colocar drogas no seu alimento, um pouquinho de cada vez.
Certo dia ela teve problemas tão sérios que foi internada às pressas.
Somente o poder da oração fez com que ela voltasse a ser pessoa normal.

O ocultismo

Pode você indicar uma revista secular que não tenha seção de horóscopo?
Dificilmente.
Elas variam muito quanto ao conteúdo (o que deveria significar algo para nós); entretanto, há mulheres
que vivem totalmente influenciadas por todas as bobagens e mentiras que os "astros dizem".
Estivemos em um grupo de turismo em que as pessoas, ao serem apresentadas, em vez de darem os seus nomes, diziam:
"Eu sou Escorpião; eu sou Áries; eu sou Peixes", tentando assim iniciar novas amizades através do zodíaco.
Devemos ter todo o cuidado de nos desviarmos da aparência do mal.
A pornografia está presente na TV e em outros meios de comunicação, por isso precisamos,com sabedoria, ensinar os filhos a
escolher o que é bom.
Devemos evitar toda e qualquer experimentação no mal.
Que Deus nos ajude a erguer estandartes contra o maligno e salvar os nossos lares.

"Certamente que a bondade e o amor me seguirão todos os dias da minha vida, e habitarei na casa do Senhor para sempre"

(Salmo 23:6).

Benignidade é amor refinado.

Na realidade, ele se revela em nossa maneira de tratar os filhos, as pessoas mais velhas, aquelas menos afortunadas e até
os animais.
Ser bondosa nas pequenas coisas tem sido uma forma de comportamento quase esquecida.
É dizer "Muito obrigada pela boa ceia", e "Com licença, por favor", quando deixamos a mesa.
É agir com respeito, ser ponderada, graciosa e atenciosa.
A mulher amável é cheia de graça e cortesia.

Efésios 4:32 nos ensina como ser amáveis:

"Antes sede uns para com os outros benignos,
compassivos, perdoando-vos uns aos outros, como também Deus vos perdoou em Cristo.
" Bom seria que aprendêssemos a citar este versículo em nossa família desde a infância.
Na realidade, a vida agitada de hoje tende a tornar até mesmo alguns cristãos irritados.
Vivemos sempre com pressa.
Somos impacientes com as pessoas, descorteses e ríspidas.
Não é fácil, nos dias de hoje, conservar-nos amáveis.
Porém, devemos aprender a ser benignas pela graça de Deus.
Estamos estudando o fruto do Espírito.
E ele deseja que cultivemos a benignidade no jardim de nossa vida.

"O tempo cura todas as feridas."

Em 1 Tessalonicenses 2:7 lemos:

"Fomos brandos entre vós, como a mãe que acaricia seus próprios filhos.
" Ah, o toque suave da mão sobre a testa febril! as noites passadas ao lado do filho
enfermo a benignidade de espírito, esse fruto do Espírito refrigera os outros.
Insegurança
Fala-se muito hoje de rivalidade entre irmãos.
Creio que essa rivalidade reflete a atitude dos pais.
A verdade é que devemos preparar a criança para receber o novo irmãozinho.
Não podemos deixar lugar para o ciúme.
Devemos envolver o nosso filho nos preparativos, fazendo-o saber que estamos esperando o "nosso" bebê.
Lembram-se de Miriã ajudando a preparar o cestinho para Moisés?
Esta tarefa tornou-a responsável pela proteção do irmão, e incutiu nela a atitude gentil.
A criança que belisca ou morde o novo bebê revela insegurança.
Mas podemos ajudá-la com a nossa benignidade.
No livro de Bill Sands, My Shadow Run Fast (Minha Sombra Corria Rápido), ele fala de
como a mãe o espancava com uma vara cheia de espinhos.
O sadismo da mãe criou tal rebelião no coração do filho, que ele resolveu tornar-se criminoso, embora seu pai fosse o
respeitável juiz da cidade.
Ele relata a longa estrada que percorreu até a delinqüência, estrada que começou com a falta de benignidade no lar.
Creio que num lar a afeição deve expressar-se abertamente.
Este é o plano de Deus.
Os filhos crescerão afetivos se houver atitude afetiva franca e salutar em casa.
Às vezes a nossa própria natureza obstinada nos leva a ser amargas, rudes, ásperas e insensíveis; mas a semente da
benignidade só pode germinar no solo fértil da bondade.
A Palavra nos Ensina

A. Davi Tinha Natureza Benigna 1. 2 Samuel 18:5
— "Tratai brandamente, por amor de mim, ao jovem Absalão."
2. 2 Samuel 22:36 — "A tua brandura me engrandece.
" Davi era homem segundo o próprio coração de Deus, conquanto fosse guerreiro.

B. O servo do Senhor Deve ser Benigno 1. Isaías 40:10,11
— "O Senhor Deus virá com poder . . . Nos seus braços recolherá os cordeirinhos."

2. Isaías 42:1-3
— "A cana ferida não quebrará."

3. 2 Timóteo 2:24
— "E ao servo do Senhor não convém contender, mas sim ser brando
para com todos, apto para ensinar, paciente."

4. Tito 3:2
— "Que a ninguém infamem, . . . mostrando toda a mansidão para com todos os homens."

C. Nosso Adorno como Mulher 1- 1 Pedro 3:4
— "Espírito manso e tranqüilo, que é precioso diante de Deus."

2. Colossenses 3:12,13
— "Revesti-vos. . . de benignidade. .. de mansidão."

D. Benignidade é Sabedoria 1. Tiago 3:17
— "Mas a sabedoria que vem do alto é, primeiramente pura, depois pacífica,moderada, tratável, cheia de misericórdia e de

bons frutos."

2. Colossenses 4:9 — Andar em sabedoria; levar vida benigna.

A seguir listamos as coisas que caracterizam a benignidade,
e as que não a caracterizam:
Não Prefere adorno exterior
um espírito manso, tranqüilo
palavras de sabedoria
fácil de convencer
humilde, manso, apaziguamento
benignidade ,misericórdia,afabilidade
paz,puro,celestial,parcialidade,
bons frutos,corruptível eterno,cheio de boas obras

aspereza
contencioso,
rixento
arrogante
difamante
buscas de vingança
amargura,
inveja,
luta ,
confusão ,terrenal,
Diabólico ,
hipocrisia
sensual

A Natureza do Poder

Em Isaías encontramos dois retratos de Jesus.
Primeiro, vemo-lo como pastor.
Ele recolhe a ovelha ferida.
É amável, cuida dela e a conduz com ternura.
O segundo retrato é'o de servo.
Ele não quebra a cana, nem apaga o pavio que fumega.
Às vezes percebemos nossos jovens vacilando entre fazer a vontade de Deus e rebelar-se,
desobedecer, fazer o que bem entendem, e seguir os passos da multidão.
Mediante a nossa atitude podemos encaminhá-los a quaisquer dessas direções.
Se formos rudes, amargas e criticarmos o povo de Deus, esses jovens certamente tomarão a direção do mundo.
Quando a cana desses jovens estiver já esmagada, que haja dentro em nós sentimento amável e terno.
Que possamos nos colocar ao lado deles, servindo-lhes de apoio, ajudando a consertar e fortalecer essas plantas novas.
Em vez de esmagarmos a vida dos que já estão quebrados, encorajemo-los, levantemo-los e cuidemos para que sigam na direção de Deus.
Use a Tesoura de Ouro para Podar
Por toda a Bíblia, vemos que os instrumentos utilizados por Deus para moldar são sempre de ouro (como no tabernáculo).
É como se o ouro representasse algo do caráter divino.
Quando o pavio fumegava, o sacerdote apanhava a tesoura de ouro, levantava o pavio com pinças também de ouro e
cuidadosamente cortava o carvão, dando-lhe forma perfeita, em vez de extinguir a chama
bruxuleante, fumegante.
Não é intenção de Deus que percamos a nossa personalidade ou individualidade.
Ele nos criou e deseja usar-nos; com todo o cuidado apara as partes queimadas da nossa personalidade.
Desse modo o Senhor nos ensina a sermos delicadas no trato com outras pessoas a sermos
mulheres cheias de graça.
Sejamos cuidadosas quanto à maneira de corrigir os outros.
Observei a Sua Natureza Benigna "Quando cheguei à escola bíblica, ocupei-me em observar as pessoas ao meu redor.
Descobri que algumas eram rudes, iravam-se e bufavam.
Outras eram como a palha que voa ao vento.


Eu necessitava de benignidade, dE maneira tranqüila .
De atitude mansa que foi bálsamo para o meu espírito ferido".
Ninguém vive para si mesmo.
Ninguém morre para si mesmo.
Temos grande esfera de influência.
Quando recebemos atenção assim, somos estimuladas a continuar a ser amáveis.

Benigno Pastor, vem ajudar-nos,
Pois necessitamos de teu cuidado terno.
Doçura em Face da Provação
— Por que vem embriagada à igreja, Ana?
Aprenda a controlar a bebida.
— Oh, não, não estive bebendo.
Minha alma está angustiada.
Estive conversando com Deus
acerca do meu problema.
Eli, o sacerdote, havia sido cruel ao julgar Ana de maneira tão errada.
Todavia, ela se acostumara a ser insultada, ridicularizada e incompreendida.
O seu problema a acompanhava constantemente.
Ela sabia que Elcana, seu marido, a amava; porém eles não tinham filhos.
A sua esterilidade motivava o escárnio de Penina, a segunda mulher de Elcana.
Penina tinha diversos filhos, ao passo que Ana era estéril.
Na casa onde as duas viviam havia muita rivalidade e freqüentes insultos.
Humilhada e com o coração cheio de amargura, Ana foi ao templo pedir um filho a Deus.
E agora era o sacerdote que fazia mau juízo dela.
"Ó Deus, por teu amor, dá-me um filho.
Eu o darei de volta a ti.
Eu o dedicarei a ti."
Então Eli respondeu:
"Aquilo que pediste te será dado.
Vai-te em paz."
A alegria começou a borbulhar no benigno coração de Ana.
Ela lavou o rosto e comeu com grande apetite.
Havia muito tempo não sentia a comida tão saborosa.
O peso do coração foi removido.
Retornou ao lar, e em seguida soube que Deus havia respondido à sua oração.
Ela esperava uni filho.
Conhecemos a história de Samuel, filho de Ana, e de como Deus o chamou durante a noite.
Samuel foi o filho prometido e seu nome significa "Pedido a Deus".
Ana o preparou em casa, aconselhando-o, instruindo-o e guiando-o até o dia em que foi
desmamado.
Ela não se esqueceu da promessa de devolvê-lo a Deus.
Samuel era bem pequeno quando seus pais o deixaram no templo para servir a Eli e ao Senhor.
Posso imaginar a situação de Ana ao voltar para a casa, agora tão silenciosa.
Já não se ouvia o ruído de pezinhos.
Parecia tão vazia!
Mas Ana cantou:
"Meu coração se regozija no Senhor.
" Ela conservou a benignidade, sabendo que Deus a tudo controlava.
Todos os anos Ana fazia uma nova túnica e a levava a Samuel.
E Deus honrou a benignidade de Ana, dando-lhe mais três filhos e duas filhas.
A mãe de Samuel, reconhecendo a importância daqueles primeiros anos no preparo do filho,deve ter-lhe incutido a benignidade.
Se lhe tivesse transmitido amargura contra Penina, Samuel poderia ter-se transformado em um menino revoltado e imprestável para o serviço no templo do Senhor.
Ana, porém, o ensinou corretamente.
Tanta Coisa para Aprender!
Os psicólogos dizem que até ao terceiro ano de vida, a criança aprende metade de tudo
quanto deve aprender.
Parece incrível, mas convém pensar um pouco a esse respeito.
O que sabe o bebê quando nasce?
Sabe chorar, mamar e segurar.
O bebê aprende desde cedo a distinguir a aprovação da reprovação, conhece o calor, o amor
e a alegria.
Também aprende a sentir medo ou ódio.
Graças a Deus pelos lares que não ensinam isso!
O bebê pode distinguir medo na voz de uma pessoa.
Podemos transmitir-lhe confiança pela maneira como lhe falamos.
O bebê aprende a comer com a colher e a conhecer os sabores de diferentes alimentos.
Ele cospe fora o que não gosta.
Aprende a equilibrar-se, a ficar em pé, a andar, a cair, a levantar-se, a focalizar os objetos, a pronunciar sílabas e
palavras, a cantar, a orar e a repetir.

Provérbios 22:6
diz-nos que devemos ensinar o menino no caminho em que ele deve andar,
e quando for velho não se apartará dele.
Ele continuará a andar no caminho certo se for treinado desde tenra idade.
Ana observou esse fundamental preceito bíblico da educação de crianças durante todo o
tempo em que Samuel esteve em sua companhia.

Deuteronômio 6:5-9
diz-nos que devemos em primeiro lugar amar a Deus, de todo o nosso coração, alma e forças; depois, ensinar esses preceitos aos filhos.
Diz mais esse texto bíblico que devemos conversar sobre a Palavra de Deus no lar enquanto andamos, nos deitamos, de manhã e de noite.
Esse ensino deve ser escrito nas paredes da casa a fim de gravar-se na memória dos filhos.
É importante conversarmos com eles acerca do Senhor, lermos juntos a Palavra de Deus, e entregarmos o dia nas poderosas

mãos divinas.
Devemos orar à hora das refeições, e pedir sempre a proteção divina.
Também devemos decorar juntos trechos da Palavra de Deus.
Um método muito eficaz é o uso de jogos bíblicos.
Lembro-me de quando costumávamos viajar muitos quilômetros visitando igrejas.
Durante o trajeto, organizávamos brincadeiras com os nossos três filhos que viajavam no banco traseiro do carro.
Dizíamos:
"Estou pensando em. . .", e eles tinham de descobrir o personagem bíblico, baseados nas respostas que dávamos às perguntas que faziam.
Há muitos passos na educação de uma criança que podem levá-la a ser pessoa completa.
Primeiro temos de falar-lhe, depois ensinar-lhe (e isso significa "servir de exemplo"), e então trabalhar com ela e discipliná-la.
Em nosso estudo sobre o fruto da alegria, mencionamos o giro da roleta da herança genética.
Na fecundação, ocorre a fusão de 46 cromossomos, 23 de cada um dos pais.
Desta nova célula que dá origem a uma pessoa, há 15 milhões de possíveis combinações de características.
Herdamos o nosso temperamento, desenvolvemos o nosso caráter, e refinamos a nossa personalidade, que é a parte de nós que os outros vêem e conhecem.
É importante lembrar que a graça de Deus pode mudar qualquer temperamento, e o andar no
Espírito pode refinar qualquer caráter ou personalidade.
Podemos cultivar em nós o fruto da benignidade à medida que andamos no Espírito.
Jesus amava a João, que, embora fosse um dos "filhos do trovão", tinha natureza afável.
Enquanto Jesus pendia na cruz, lembrou-se de Maria, sua mãe, e pediu a João que a levasse e
cuidasse dela como se fosse ela a própria mãe do discípulo.
Amor Solícito e Terno Deus se importa conosco.

Mateus 6:25 34
diz-nos que Deus cuida dos pardais e sabe quando eles caem.
Do mesmo modo cuida dos lírios e sabe quando eles florescem.
Assim cuida também de nós.
Com ternura.
Ele nos ama somos seus filhos.
Porque Deus nos ama, podemos manifestar
"amor solícito e terno" aos outros.
Benignidade no Casamento Você gosta de ver um casal já de idade avançada de mãos dadas?
Nós também.
Mas você também já viu alguma vez um casal à mesa num restaurante, completamente desinteressados um do
outro?
Talvez ela esteja olhando para fora através da janela, enquanto ele lê o jornal ou passeia os olhos vagamente ao seu redor.

Parece até que se evitam mutuamente, embora estejam juntos.
Como pode a mulher criar e manter a benignidade viva em seu casamento?
Acrescente suas próprias sugestões a esta lista parcial:
Conservando uma linguagem amável Adaptando a maneira de ser aos desejos dele Preparando os alimentos de que ele gosta Tendo

a mesa posta e pronta quando ele chegar Em honra, preferindo-se um ao outro Conservando o seu corpo limpo, e não apenas perfumado Interessando-se pelas coisas de que ele gosta Benignidade para com os Menos Afortunados O que você faz quando vê um cego com a sua bengala esperando a mudança do sinal?
Passa de largo e às pressas?
Ou toma um minuto para gentilmente oferecer-lhe assistência?
Talvez ele não a deseje nem precise dela, mas sua amável atenção abrilhantará o dia dele.
De que modo você reage quando uma pessoa mentalmente deficiente deseja conversar com
você?
Você lhe estende a mão com um cumprimento e a trata com dignidade?
Qual a sua maneira de tratar os vizinhos menos afortunados do que você?
Eles também têm alma, e podem ser levados a Cristo mediante a benignidade e a bondade.


"Bondade" deriva-se da palavra bom.
Significa autêntico, sadio, puro, veraz, reto, casto,prudente, correto e honrável.
Você conhece alguém que seja cheio de bondade?

O versículo 23 do Salmo 37 é muito belo:
"Os passos do homem bom são confirmados pelo
Senhor, e ele se deleita no seu caminho.
" Antes de conhecermos a Cristo não há bondade em nós,mas quando passamos a andar no Espírito, um passo de cada vez, a bondade cresce.
O andar no Espírito livra-nos das nossas fraquezas naturais