26 de jul. de 2010

Missão e Sofrimento

”E eu lhe mostrarei o quanto deve padecer pelo meu nome” (Atos 9:16)

Quando eu aceitei a Jesus Cristo como meu único Senhor e Salvador, a minha alma foi logo preparada para enfrentar lutas e dificuldades.
Fui logo instruído pelo Espírito Santo que, pela frente poderia vir muitas provações.
Não que eu necessariamente tivesse que ser um miserável sofredor, mas deveria estar preparado para passar qualquer adversidade por ocasião do bom combate da fé.

Aparentemente, Saulo tinha uma vida abundante e respeitada dentro da sociedade em que estava inserido.
Tinha tudo o que queria, além de gozar de privilégios junto ao mais alto tribunal da sua época.
Optar entre viver uma vida regalada ou padecer pregando o evangelho não é fácil. Um homem natural ou um crente ambicioso, com certeza escolheria a primeira.

O chamado de Saulo incluiu uma obrigação de levar o Evangelho diante dos gentios, dos reis e dos filhos de Israel, como também passar dores por amor ao Senhor Jesus.
Ele foi advertido desde o princípio acerca do que lhe esperava.
Jesus não engana ninguém.
Os homens ”espertos”, quando mercantilizam as bênçãos de Deus, escondem essa possibilidade para melhor se saírem nas negociações com os incautos.

Amados, sofrer por amor ao Evangelho é um sinal de mais alto favor de Deus.
Conta a história que, quando foram crucificar o apóstolo Pedro, ele disse que não era digno de morrer da mesma maneira que morreu nosso Senhor.
Então, pediu para ser crucificado de cabeça para baixo.
Glória a Deus!
Para o verdadeiro cristão é honroso padecer por amor ao Senhor Jesus. Biblicamente, os frutos serão mais abundantes se o grão de trigo, ao cair na terra, morrer (Jo. 12: 24).

As muitas aflições de Paulo, nunca foram superiores às consolações de Deus para com ele.
Na Segunda Carta Aos Coríntios, 1: 6, ele conforta os irmãos a esse respeito:
”se somos atribulados, é para vossa consolação e salvação; ou, se somos consolados, vossa consolação é, a qual se opera, suportando com paciência as mesmas aflições que nós também padecemos”.
Para ser filho, herdeiro de Deus e co-herdeiro de Cristo, devemos estar prontos para padecermos com Ele, para que também com Ele sejamos glorificados (Rm 8:17,18)”.
A fé nos revela que as aflições presentes não são para comparar com a Glória que em nós há de ser revelada.

Fazer discípulos inclui dizer-lhes que quem quer viver piamente em Jesus Cristo será perseguido (2 Tm 3:12).
O apóstolo Paulo foi apedrejado e arrastado para fora da cidade de Listra após curar um coxo de nascença.
No dia seguinte foi para Derbe com Barnabé onde ganharam muitas almas, discipulando-as em seguida.
Dali voltaram para Listra, e Icônio, e Antioquia, confirmando o ânimo dos discípulos, exortando-os a permanecer na fé, pois que por muitas tribulações nos importa entrar no Reino de Deus.

Nos dias de hoje é raro aceitar que o sofrimento faz parte da missão. Principalmente na igreja ocidental, nós, os cristãos, estamos acostumados com a tolerância religiosa que nos cerca.
Não custa nada pregar, confessar e viver a fé cristã.
No entanto devemos lembrar que muitos sofreram no passado para que o evangelho hoje ocupasse mais espaço na sociedade.
O grande perigo está na acomodação que temos, pelo simples fato de sermos livres. René Padilha diz que:
”Cada vez que a igreja evita sofrimento, se coloca acima do seu Senhor.
Perde sua essência e sua missão.
É o sal que perde seu sabor”.

O apóstolo Pedro diz que participar das aflições de Cristo é motivo de alegria. Quando em nós repousa o Espírito da Glória de Deus somos vituperados, caluniados, ameaçados…
Porém, acima de tudo, somos bem-aventurados
(I Pedro 4: 14).

Fazer MISSÃO é sofrer perseguição dentro e fora.
Que importa?
Esse é o Caminho!
Vamos lá!
A Glória nos espera!
Aleluia!

DEle, por Ele e para Ele,

Pastor Francisco Paixão Bezerra Cordeiro.

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