22 de nov. de 2009

A palavra da hora é fidelidade e o nosso objetivo é aperfeiçoar os santos no cultivo da fidelidade. Mas sabemos que uma parte importante disso somente se dará pelo fato de termos pastores fiéis. É legítimo afirmar que para termos igrejas fiéis precisamos de pastores fiéis. Quando uma igreja sai dos trilhos, geralmente é porque o pastor dela já saiu antes. Mas o que é um pastor fiel? Nestes tempos de tanta variedade denominacional, teológica e metodológica (e de tanta liderança personalista), é possível traçar perfis divergentes daquilo que seria um pastor fiel. Por isso, é necessário novamente voltar à Bíblia e deixar que ela fale por si mesma, permitir que ela seja um parâmetro único para essa definição. Como diz o profeta Isaías: “À Lei e ao Testemunho!” (Is.8:20). Vamos à Bíblia, pois!

Quando o Jesus ressurreto perguntou a Pedro, por três vezes, se este o “amava”, a cada uma de suas respostas replicou com a seguinte recomendação:
“Pastoreia as minhas ovelhas” (Jo.21:15-17).
Apesar do desprezo que os rabinos farisaicos dedicavam à profissão de pastor de ovelhas, que era sempre suspeito de desonestidade e não era aceito nem como testemunha em um julgamento, foi esta a figura que Jesus usou para responsabilizar a Pedro pelo cuidado dos seus discípulos após sua ascensão, bem como para falar do amor de Deus para com os pecadores (Lc.15:1-7) e também para falar de si mesmo como responsável pelas suas ovelhas (João 10).
A função do pastor nas terras da Palestina exigia paciência, cautela e honestidade. No verão seco, em terra fraca, não era fácil achar novas pastagens e água suficiente.
Era muito difícil atingir o equilíbrio correto entre a alimentação, o abastecimento de água, o descanso e a viagem. O pastor devia cuidar incansavelmente dos animais indefesos (Ez. 34:1-31).
A sua dedicação era posta à prova quando tinha que guardar o rebanho, noite após noite, contra os animais selvagens e os salteadores (João 10:12).

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