9 de ago. de 2010

Vamos conhecer Joquebede

mulher do Antigo Testamento.
Tinha ela a desagradável suspeita de achar-se grávida de novo:
"Sim, exatamente o que eu temia, e já se passaram três meses.
" À noite os pensamentos a perturbavam.
"Tenho Arão e Miriã para cuidar, o que já é suficiente.
E se for um menino?
E aquele terrível decreto de que todos os meninos devem ser
mortos?
Como enfrentar tal situação?
Amrã, marido de Joquebede, era um dos escravos hebreus.
"Muitas vezes ele volta à noite com as costas sangrando por causa dos açoites dos guardas egípcios.
O faraó Amenotepe vive preocupado com os hicsos invasores do norte.
Ele tenta dizimar as energias dos hebreus construindo aquelas enormes pirâmides para que não haja nenhuma aliança", assim pensava Joquebede.
Ela deve ter passado nove meses de angústia, mas quando viu o bebê, reconheceu que se
tratava de uma criança especial.
Deus havia planejado aquele nascimento a fim de realizar uma grande obra.
"Ó Deus, intervém de modo que eu possa criá-lo.
Não permitas que ele seja assassinado", clamava ela.
Joquebede o escondeu durante três meses.
Toda mãe acha que seu filho é belo, mas algo de especial havia em torno daquele menino.
Os soldados revistavam as casas dos hebreus para matar os bebês, mas não encontraram o filho de Joquebede.
Eu me pergunto:
onde teria ela escondido o bebê?
Sob sua cama de pele de camelo?
Numa cesta entre as verduras e cebolas na cozinha?
Enquanto o amamentava, ela conversava com ele:
"Você me foi dado por Deus, você é especial e tem grande motivo para existir.
Ela lhe transmitia paz e confiança.
Quando ele estava com três meses, Joquebede reconheceu que já não podia escondê-lo por mais tempo.
Ajuntou juncos à beira do rio e juntamente com Miriã teceu um cestinho.
Enquanto entrelaçava os juncos, ia instruindo a menina:
"Miriã, este é o nosso bebê; este é o nosso projeto.
Deus usará você para salvar seu irmãozinho."
Joquebede beijou o belo filhinho, orou por ele e o colocou no cesto.
Ela e Miriã se encaminharam ao rio.
"Miriã, Deus lhe dará sabedoria.
Ele lhe mostrará o que fazer.
Não posso dizer-lhe o que vai acontecer, mas sei que Deus a guiará.
Deus vigiará você e a dirigirá.
Pôs o braço em torno do ombro de Miriã, deixou-a entre os
juncos à beira do rio e voltou para casa.
Como pôde ela deixar as duas crianças num lugar de perigo?
Que aconteceria a elas?
A verdade é que na mente e no coração de Joquebede reinava a paz de Deus.
Ela havia firmado o pensamento no Senhor, certa de que ele estava no controle.
Ela era mulher cheia de graça.
Como a casinha lhe pareceu vazia!
Sentia aperto no coração.
Limpou os restos dos juncos,começou a preparar o jantar e esperou para ver como Deus iria agir.
A princesa veio banhar-se no rio e ouviu o choro do bebê.
O menino havia esperado o momento certo para chorar.
Teria sido coincidência?
Não, Deus dirige até os detalhes mais insignificantes da nossa vida.

A princesa apanhou o cesto, e vendo o bebê, reconheceu que se tratava de um menino hebreu.
"Eu o levarei para casa; eu o encontrei.
" Nesse momento Miriã saiu do meio dos juncos, de onde estivera observando e esperando.
Imediatamente ela ofereceu os serviços de uma ama.
Posso imaginar com que emoção a menina correu para chamar a mãe:
"Mamãe, mãezinha, venha depressa.
A princesa a está chamando.
Podemos levar de volta o bebê."
Joquebede veio e encontrou o filho nos braços da princesa.
Esta lhe disse:
"Vá, amamente-o,cuide dele para mim.
Eu lhe pagarei salário.
Ele se chamará Moisés, ou 'tirado das águas!' "
A paz de Deus, que excede todo o entendimento, inundou o coração de Joquebede.
Ela levou o bebê para c&sa.
Beijava-o com amor, conversava com ele, e o preparava.
"Quero aproveitar cada momento, cada dia.
Dentro de cinco anos devo devolvê-lo ao palácio para que cresça como filho da
princesa."
E lá na casa de Joquebede, Moisés, ao ficar maiorzinho, foi tomando conhecimento sobre
quem era, porque havia nascido.
Aprendeu a história dos 400 anos de cativeiro dos doze filhos de Jacó, por que estavam no Egito, e o propósito de Deus para com o seu povo.
Joquebede transmitiulhe a fé em Deus.
Transmitiu a paz de sua vida para o filho em tal medida que a Bíblia nos diz ter sido Moisés o homem mais manso da face terra.
Essa mansidão e paz haviam começado no berço.
Moisés escreveu o Pentateuco, ou seja, os cinco primeiros livros da Bíblia, e também o
Salmo 90, como reflexo da paz e segurança que reinavam dentro dele:
"Senhor, tu tens sido o nosso refúgio de geração em geração. . . de eternidade a eternidade, tu és Deus. . . Ensina-nos a contar os nossos dias de tal maneira que alcancemos coração sábio."
Que teria acontecido se Miriã tivesse reclamado:
"Eu sempre tenho de ajudar.
Quero brincar com as minhas bonecas.
Canso-me de ficar em pé entre os juncos e meus pés ficam molhados”?
Algumas mães talvez dissessem:
"Coitadinha, deixe-a brincar.
" Porém, Miriã havia aprendido a obedecer e a assumir responsabilidades ao lado de Joquebede.
Muitas vezes dizemos:
"É cansativo deixar que as crianças ajudem.
Dão-nos mais trabalho.
Se lavam a louça, respingam água no chão.
Prefiro fazer o trabalho sozinha.
É melhor que elas fiquem diante da TV.
Mas esta atitude não está correta, pois como poderemos cultivar nos filhos o senso de responsabilidade, se
nunca lhes confiamos tarefas que os levem a se sentirem úteis?
Quem é responsável pela obediência duma criança?
Quanto você espera de seu filho?
Miriã foi fator importante na vida e salvação de Moisés.
Mas foi Joquebede que transmitiu paz e confiança aos três filhos.
Que mulher extraordinária!
Seu filho mais velho tornou-se o primeiro sumo sacerdote da nação; Miriã, a primeira profetisa e a que dirigia o canto nas horas de desalento; Moisés, o líder, o legislador e o guia da nação hebraica.
Uma mulher serviu-se da paz de Deus e sua vida influenciou o mundo todo por intermédio dos filhos.
O verdadeiro caráter emerge nos momentos de crise, Somente a mulher com paz interior
pode ter clareza de Pensamento.

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