23 de jun. de 2010

Marcos 1:1 PRINCÍPIO do Evangelho de Jesus Cristo, Filho de Deus;

1:2 Como está escrito nos profetas:
Eis que eu envio o meu anjo ante a tua face, o qual preparará o teu caminho diante de ti.

1:3 Voz do que clama no deserto:
Preparai o caminho do Senhor, Endireitai as suas veredas.

1:4 Apareceu João batizando no deserto, e pregando o batismo de arrependimento, para remissão dos pecados.

1:5 E toda a província da Judéia e os de Jerusalém iam ter com ele; e todos eram batizados por ele no rio Jordão, confessando os seus pecados.

1:6 E João andava vestido de pêlos de camelo, e com um cinto de couro em redor de seus lombos, e comia gafanhotos e mel silvestre.

1:7 E pregava, dizendo: Após mim vem aquele que é mais forte do que eu, do qual não sou digno de, abaixando-me, desatar a correia das suas alparcas.

1:8 Eu, em verdade, tenho-vos batizado com água; ele, porém, vos batizará com o Espírito Santo.

1:9 E aconteceu naqueles dias que Jesus, tendo ido de Nazaré da Galiléia, foi batizado por João, no Jordão.

1:10 E, logo que saiu da água, viu os céus abertos, e o Espírito, que como pomba descia sobre ele.

1:11 E ouviu-se uma voz dos céus, que dizia:
Tu és o meu Filho amado em quem me comprazo.

1:12 E logo o Espírito o impeliu para o deserto.

1:13 E ali esteve no deserto quarenta dias, tentado por Satanás.
E vivia entre as feras, e os anjos o serviam.

1:14 E, depois que João foi entregue a prisão, veio Jesus para a Galiléia, pregando o evangelho do reino de Deus,

1:15 E dizendo:
O tempo está cumprido, e o reino de Deus está próximo.
Arrependei-vos, e crede no evangelho.

1:16 E, andando junto do mar da Galiléia, viu Simão, e André, seu irmão, que lançavam a rede ao mar, pois eram pescadores.

1:17 E Jesus lhes disse:
Vinde após mim, e eu farei que sejais pescadores de homens.

1:18 E, deixando logo as suas redes, o seguiram.

1:19 E, passando dali um pouco mais adiante, viu Tiago, filho de Zebedeu, e João, seu irmão, que estavam no barco consertando as redes,

1:20 E logo os chamou.
E eles, deixando o seu pai Zebedeu no barco com os jornaleiros, foram após ele

1:21 Entraram em Cafarnaum e, logo no sábado, indo ele a sinagoga, ali ensinava.

1:22 E maravilharam-se da sua doutrina, porque os ensinava como tendo autoridade, e não como os escribas.

1:23 E estava na sinagoga deles um homem com um espírito imundo, o qual exclamou,

1:24 Dizendo:
Ah!
Que temos contigo, Jesus Nazareno?
Vieste destruir-nos?
Bem sei quem és:
O Santo de Deus.

1:25 E repreendeu-o Jesus, dizendo:
Cala-te, e sai dele.

1:26 Então o espírito imundo, convulsionando-o, e clamando com grande voz, saiu dele.

1:27 E todos se admiraram, a ponto de perguntarem entre si, dizendo:
Que é isto?
Que nova doutrina é esta?
Pois com autoridade ordena aos espíritos imundos, e eles lhe obedecem!

1:28 E logo correu a sua fama por toda a província da Galiléia.

1:29 E logo, saindo da sinagoga, foram a casa de Simão e de André com Tiago e João.

1:30 E a sogra de Simão estava deitada com febre; e logo lhe falaram dela.

1:31 Então, chegando-se a ela, tomou-a pela mão, e levantou-a; e imediatamente a febre a deixou, e servia-os.

1:32 E, tendo chegado a tarde, quando já se estava pondo o sol, trouxeram-lhe todos os que se achavam enfermos, e os endemoninhados.

1:33 E toda a cidade se ajuntou a porta.

1:34 E curou muitos que se achavam enfermos de diversas enfermidades, e expulsou muitos demônios, porém não deixava falar os demônios, porque o conheciam.

1:35 E, levantando-se de manhã, muito cedo, fazendo ainda escuro, saiu, e foi para um lugar deserto, e ali orava.

1:36 E seguiram-no Simão e os que com ele estavam.

1:37 E, achando-o, lhe disseram:
Todos te buscam.

1:38 E ele lhes disse:
Vamos as aldeias vizinhas, para que eu ali também pregue; porque para isso vim.

1:39 E pregava nas sinagogas deles, por toda a Galiléia, e expulsava os demônios.

1:40 E aproximou-se dele um leproso que, rogando-lhe, e pondo-se de joelhos diante dele, lhe dizia:
Se queres, bem podes limpar-me.

1:41 E Jesus, movido de grande compaixão, estendeu a mão, e tocou-o, e disse-lhe: Quero, sê limpo.

1:42 E, tendo ele dito isto, logo a lepra desapareceu, e ficou limpo.

1:43 E, advertindo-o severamente, logo o despediu.

1:44 E disse-lhe:
Olha, não digas nada a ninguém; porém vai, mostra-te ao sacerdote, e oferece pela tua purificação o que Moisés determinou, para lhes servir de testemunho.

1:45 Mas, tendo ele saído, começou a apregoar muitas coisas, e a divulgar o que acontecera; de sorte que Jesus já não podia entrar publicamente na cidade, mas conservava-se fora em lugares desertos; e de todas as partes iam ter com ele.

2:1 E ALGUNS dias depois entrou outra vez em Cafarnaum, e soube-se que estava em casa.

2:2 E logo se ajuntaram tantos, que nem ainda nos lugares junto a porta cabiam; e anunciava-lhes a palavra.

2:3 E vieram ter com ele conduzindo um paralítico, trazido por quatro.

2:4 E, não podendo aproximar-se dele, por causa da multidão, descobriram o telhado onde estava, e, fazendo um buraco, baixaram o leito em que jazia o paralítico.

2:5 E Jesus, vendo a fé deles, disse ao paralítico:
Filho, perdoados estão os teus pecados.

2:6 E estavam ali assentados alguns dos escribas, que arrazoavam em seus corações, dizendo:

2:7 Por que diz este assim blasfêmias?
Quem pode perdoar pecados, senão Deus?

2:8 E Jesus, conhecendo logo em seu espírito que assim arrazoavam entre si, lhes disse:
Por que arrazoais sobre estas coisas em vossos corações?

2:9 Qual é mais fácil?
dizer ao paralítico:
Estão perdoados os teus pecados; ou dizer-lhe:
Levanta-te, e toma o teu leito, e anda?

2:10 Ora, para que saibais que o Filho do homem tem na terra poder para perdoar pecados (disse ao paralítico),

2:11 A ti te digo:
Levanta-te, toma o teu leito, e vai para tua casa.

2:12 E levantou-se e, tomando logo o leito, saiu em presença de todos, de sorte que todos se admiraram e glorificaram a Deus, dizendo:
Nunca tal vimos.

2:13 E tornou a sair para o mar, e toda a multidão ia ter com ele, e ele os ensinava.

2:14 E, passando, viu Levi, filho de Alfeu, sentado na recebedoria, e disse-lhe: Segue-me.
E, levantando-se, o seguiu.

2:15 E aconteceu que, estando sentado a mesa em casa deste, também estavam sentados a mesa com Jesus e seus discípulos muitos publicanos e pecadores; porque eram muitos, e o tinham seguido.

2:16 E os escribas e fariseus, vendo-o comer com os publicanos e pecadores, disseram aos seus discípulos:
Por que come e bebe ele com os publicanos e pecadores?

2:17 E Jesus, tendo ouvido isto, disse-lhes:
Os sãos não necessitam de médico, mas, sim, os que estão doentes; eu não vim chamar os justos, mas, sim, os pecadores ao arrependimento.

2:18 Ora, os discípulos de João e os fariseus jejuavam; e foram e disseram-lhe:
Por que jejuam os discípulos de João e os dos fariseus, e não jejuam os teus discípulos?

2:19 E Jesus disse-lhes:
Podem porventura os filhos das bodas jejuar enquanto está com eles o esposo?
Enquanto têm consigo o esposo, não podem jejuar;

2:20 Mas dias virão em que lhes será tirado o esposo, e então jejuarão naqueles dias.

2:21 Ninguém deita remendo de pano novo em roupa velha; doutra sorte o mesmo remendo novo rompe o velho, e a rotura fica maior.

2:22 E ninguém deita vinho novo em odres velhos; doutra sorte, o vinho novo rompe os odres e entorna-se o vinho, e os odres estragam-se; o vinho novo deve ser deitado em odres novos.

2:23 E aconteceu que, passando ele num sábado pelas searas, os seus discípulos, caminhando, começaram a colher espigas.

2:24 E os fariseus lhe disseram:
Vês?
Por que fazem no sábado o que não é lícito?

2:25 Mas ele disse-lhes:
Nunca lestes o que fez Davi, quando estava em necessidade e teve fome, ele e os que com ele estavam?

2:26 Como entrou na casa de Deus, no tempo de Abiatar, sumo sacerdote, e comeu os pães da proposição, dos quais não era lícito comer senão aos sacerdotes, dando também aos que com ele estavam?

2:27 E disse-lhes:
O sábado foi feito por causa do homem, e não o homem por causa do sábado.

2:28 Assim o Filho do homem até do sábado é Senhor.

3:1 E OUTRA vez entrou na sinagoga, e estava ali um homem que tinha uma das mãos mirrada.

3:2 E estavam observando-o se curaria no sábado, para o acusarem.

3:3 E disse ao homem que tinha a mão mirrada:
Levanta-te e vem para o meio.

3:4 E perguntou-lhes:
É lícito no sábado fazer bem, ou fazer mal?
Salvar a vida, ou matar?
E eles calaram-se.

3:5 E, olhando para eles em redor com indignação, condoendo-se da dureza do seu coração, disse ao homem:
Estende a tua mão.
E ele a estendeu, e foi-lhe restituída a sua mão, sã como a outra.

3:6 E, tendo saído os fariseus, tomaram logo conselho com os herodianos contra ele, procurando ver como o matariam.

3:7 E retirou-se Jesus com os seus discípulos para o mar, e seguia-o uma grande multidão da Galiléia e da Judéia,

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