25 de nov. de 2009

NIGÉRIA


Fontes estimam que cerca de dez policiais e aproximadamente 250 membros de um grupo radical chamado Boko Haram morreram em confrontos nos Estados de Bauchi, Borno, Yobe e Kano, norte da Nigéria.
As fontes oficiais estimam 50 mortes, mas os moradores afirmam que esse número é maior.
Foi informado de que seis igrejas foram destruídas nesses quatro Estados.
O confronto começou na manhã , em Bauchi.
Membros do grupo radical foram a uma delegacia de polícia na área de Dutsen Tanshi, supostamente armados com pistolas, granadas e facões.
Eles incendiaram a delegacia.
Os policiais conseguiram fugir e também acionaram o quartel-general da polícia estadual, pedindo reforços.
Quando o reforço chegou, sucedeu-se uma batalha entre as duas forças, na qual 150 membros do Boko Haram foram mortos.
Outros 200 foram presos na ocasião, mas as prisões continuam.
O governo impôs um toque de recolher na área.
Ataques similares iniciaram-se no mesmo momento nas cidades de Postiskum, Estado de Yobe; Maiduguri, em Borno; e Wudil, em Kano.
Em Potiskum, dois membros do Boko Haram morreram, e uma igreja batista foi demolida. Em Maiduguri, cerca de cem radicais morreram e cinco igrejas foram queimadas.
Na cidade de Wudil, os agressores furtaram rifles AK47 da polícia, e feriram dois oficiais de plantão.

Medo entre os cristãos

O ocorrido deixou os cristãos do norte da Nigéria em estado de alerta.
O secretário de Kaduna da Associação Cristãos da Nigéria, pastor John Hayab, pediu ao governo para proteger os cristãos que, para ele, podem ser o próximo alvo.
Em Bauchi, os cristãos foram se refugiar no quartel da polícia.
Alguns foram feridos com facão enquanto fugiam do confronto.
Embora o clima ainda esteja tenso em Bauchi, alguns cristãos já voltaram para suas casas, confiantes de que a polícia tem a situação sob controle.
Mas o líder deles pediu para que estivessem alerta.
Um cristão de Yobe disse:
“O confronto continuou pela noite, e não conseguimos dormir.
Eles queimaram uma igreja [a igreja batista].
Corremos risco de morte.
Aquele grupo afirmou que não estava lutando contra os cristãos, mas não estamos seguros no fim das contas”.
Uma reportagem da BBC informou que, na terça-feira, a população ainda buscava refúgio no quartel, na cidade de Maiduguri.

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