26 de nov. de 2009

O segredo mais profundo da Obra de Deus

Quando lemos as palavras do SENHOR JESUS no versículo 10 do Evangelho de João capítulo 14, onde o SENHOR JESUS diz:
“Não crês que eu estou no Pai e que o Pai está em mim?
As palavras que eu vos digo não as digo por mim mesmo; mas o Pai, que permanece em mim, faz as suas obras”, o SENHOR abre o mistério intrínseco de sua vida e nos revela a natureza e o mais profundo segredo da Sua obra.
A obra de CRISTO era o fruto da expressão terrena da obra do Pai.
Aqui nós somos desafiados a aprender com o SENHOR JESUS o segredo do verdadeiro trabalho para DEUS, para não cairmos na obsessão de nos encontrarmos fazendo “coisas” que não cooperam na vontade de DEUS para a edificação da Sua Igreja.
Quando olhamos atentamente para esse assunto vemos duas verdades que devem nos impressionar:
primeiro, o SENHOR JESUS não veio ao mundo para trabalhar no lugar do Pai; e segundo, Ele fez toda a Sua obra no poder do Pai que estava vivendo e operando Nele. Olhe o que Ele disse em João 5.19 “O Filho nada pode fazer em Si mesmo, senão somente aquilo que vir fazer o Pai”.
E ainda, no versículo 30 Ele disse:
“Eu nada posso fazer de mim mesmo... porque não procuro a minha própria vontade, e sim a daquele que me enviou”.
E em João 15.5 temos esse princípio que nos diz respeito:
“Sem mim nada podeis fazer”.
Isso é tão verdadeiro para nós como com o era para CRISTO JESUS, o Filho de DEUS quando esteve vivendo nessa terra para cumprir toda a vontade do Pai..
O padrão da vida cristã é a vida de CRISTO.
Somente recebendo a vida do CRISTO em nós, poderemos viver como Ele viveu.
Em João 6.57, o SENHOR JESUS disse:
“Assim como o Pai que vive em mim, me enviou, e igualmente eu vivo pelo Pai, também quem de mim se alimenta por mim viverá” (Jo 6.57).
Quando entendemos o significado da paternidade divina, aprendemos que:
- DEUS é tudo;
- Ele provê tudo;
- E opera em tudo.
Paulo disse em I Coríntios 12.6:
“O mesmo DEUS é quem opera tudo em todos”.
No ministério da graça, somos chamados para fazer a obra de CRISTO.
Quando você estudo a Epístola aos Hebreus, você descobre que uma das palavras chaves desse livro é “participantes”.
Essa palavra ocorre Sete vezes nessa grandiosa epístola (Hb 2.14; 3.1,14; 6.4; 10.33; 12.8,10).
O uso dessa palavra nesse livro é muito sugestivo.
Mostra que a vida cristã é totalmente relacional.
No Novo Testamento essa palavra ocorre quatorze vezes.
No grego essa palavra é “Koinoneo”, que significa: “companheirismo”, “tornar um sócio”..
- Participantes dos valores espirituais Rm 15.27.
- Participantes dos sofrimentos II Co 1.7.
- Co-participantes da promessa em CRISTO JESUS por meio do evangelho Ef 3.6.
- Participantes da graça comigo Fp 1.7.
- Participantes de CRISTO Hb 3.14. No grego é “metochos”, que significa: sócio da mesma categoria.
- Participantes do ESPÍRITO SANTO Hb 6.4.
- Participantes da sua santidade Hb 12.10.
- Co-participantes dos sofrimentos de CRISTO I Pe 4.13.
- Co-participantes da natureza divina II Pe 1.4.
- Co-participante da glória I Pe 1.5.

Quando o SENHOR JESUS disse em João 14.10-12:
“Não crês que eu estou no Pai e que o Pai está em mim?
As palavras que eu vos digo não as digo por mim mesmo; mas o Pai, que permanece em mim, faz as suas obras.
Crede-me que estou no Pai, e o Pai, em mim; crede ao menos por causa das mesmas obras.
Em verdade, em verdade vos digo que aquele que crê em mim fará também as obras que eu faço e outras maiores fará, porque eu vou para junto do Pai.”; e ainda:
“aquele que crê em mim”, não significa crer para a salvação, é muito mais do que isso.
Vamos aprender algumas coisas importantes sobre isso que tocam profundamente a nossa espiritualidade.
Primeiro temos que crer em CRISTO como Aquele no qual e pelo qual o Pai opera incessantemente, visando alcançar a glória do Seu propósito.
O segundo ponto o qual quero enfatizar é que crer em CRISTO é recebe-Lo no coração para ser a nossa vida plena.
Isso implica entender que, desde que O temos recebido na maravilhosa experiência da salvação, temos esta vivida divina habitando nosso ser.
O terceiro aspecto é que quando vemos o Pai operando em CRISTO, sabemos que crer em CRISTO e recebe-Lo no coração é receber o Pai que permanece Nele e mediante Ele opera.
Ainda, desejo colocar mais um outro ponto fundamental, que está na frase “estou no Pai” aqui você nota uma contração na língua portuguesa que é “no”.
Na gramática portuguesa essa contração é uma combinação das preposições de e em, que sofrem redução formando um vocábulo único.
Essa contração nos fala de algo “dentro de”, “junto de”.
Na língua grega essa contração no original é uma preposição primária denotando posição fixa de estado.
Sintetizando, essa contração na língua portuguesa que é uma preposição fixa na língua grega nos fala de uma coalescência (aderência, união, concrescência, fusão). A vida de CRISTO estava unida, estava ligada a vida do Pai.
Agora, vamos considerar aquilo que para mim é um dos textos mais estonteante do evangelho.
O SENHOR JESUS disse que nós faríamos “obras maiores”.
O são essas “obras maiores?”.
Para compreender isso, temos que considerar dois pontos importantes:
Primeiro devemos entender que o SENHOR JESUS quando esteve na terra Ele podia estar com os discípulos, mas não podia esta dentro deles.
Somente, mediante o derramar do ESPÍRITO SANTO em Atos 2 isso se tornou possível.

Segundo, o SENHOR havia, naqueles três anos e meio de ministério iniciado a Sua obra; todavia, após a Sua ressurreição Ele estaria por meio da Sua Igreja cumprindo aquilo que Ele havia iniciado.
Isso implica dizer, que a frase “obras maiores”, fala da importância desta obra dentro da economia de DEUS (Ef 1-19-23).
Leia Atos 11.26 “tendo-o encontrado, levou-o para Antioquia.
E, por todo um ano, se reuniram naquela igreja e ensinaram numerosa multidão.
Em Antioquia, foram os discípulos, pela primeira vez, chamados cristãos”.
Agora, CRISTO foi processado, CRISTO foi intensificado, CRISTO foi expandido.
- Portanto, a vida de CRISTO processada, intensificada e expandida se torna as “obras maiores”.
- O que significa ser cristão?
Significa ter a vida de CRISTO processada, intensificada e expandida.
- No Seu ministério terreno enquanto esteve aqui, o SENHOR JESUS realizava a obra do Pai; agora, junto do Pai, no trono da Sua glória, Ele realiza esta mesma obra por meio de muitos cristãos que foram espalhados durante estes dois mil anos que se passaram, e em muitos lugares fazendo esta grande obra que visa glorificar o Pai.
- Um outro texto que vai nos ajudar é os versículos 8 a 10 deste capítulo 14 do Evangelho de João: “Replicou-lhe Filipe: SENHOR, mostra-nos o Pai, e isso nos basta. Disse-lhe JESUS: Filipe, há tanto tempo estou convosco, e não me tens conhecido? Quem me vê a mim vê o Pai; como dizes tu: Mostra-nos o Pai? Não crês que eu estou no Pai e que o Pai está em mim?
” Veja que em Jo 10.30, o SENHOR JESUS disse:
“Eu e o Pai somos um”.
- O SENHOR JESUS estava ensinando que Ele era a corporificação expressa do Pai.
Nós sabemos que esse assunto é muito extraordinário e precisamos aceitar pela fé na Palavra de DEUS.
- Aqui vemos que DEUS o Pai estava no Filho e o Filho era a expressão visível do DEUS-Pai invisível.
- Veja esse mistério ainda em Isaias 9.6:
“Porque um menino nos nasceu, um filho se nos deu; o governo está sobre os seus ombros; e o seu nome será:
Maravilhoso Conselheiro, DEUS Forte, Pai da Eternidade, Príncipe da Paz”; eu quero que você note as seguintes palavras:
“menino”, “filho”, “DEUS forte” e “Pai da eternidade”.
Por um lado ele é “menino” mas também é “DEUS Forte”; Ele é tanto “filho” como também “Pai da eternidade”. Isto constitui um grande mistério para nós, mas não devemos ter nenhuma confusão.
Precisamos estar convictos que o Pai e o Filho são Um.
- O Pai é corporificado e expresso no Filho.
- E o Filho é glorificado pelo ESPÍRITO.

Conclusão

Quero concluir este assunto aqui com o propósito de leva-los a entender que o desejo do nosso querido Pai Celeste é nos livrar de qualquer obsessão em relação a Sua obra.
Desde que nascemos, somos tentados a fazer tudo em nossa força carnal, mas, se convertemos ao SENHOR JESUS, recebendo-O em nosso coração, não estamos mais na carne, isto é, toda a obra de DEUS para a glória de Seu Filho é no espírito vivificado pelo Seu ESPÍRITO.
Que DEUS em CRISTO em Seu amor infinito nos leve a compreender que o segredo mais profundo da Sua obra é viver uma vida que corresponda a Sua santa vontade, e dependência total da vida de CRISTO dentro e nós no poder do Seu ESPÍRITO realizando, tudo aquilo que satisfaz a DEUS.
Não sou eu quem faz algo, e sim, CRISTO em mim no poder do Seu ESPÍRTO vivendo dentro de mim é que realiza toda a obra de DEUS.
A Igreja do SENHOR JESUS tem um grande desafio nesse tempo que é encontrar o caminho da sua espiritualidade na Doutrina da trindade.
É aqui que encontra o nosso significado espiritual em relação a obra de DEUS.
Este será o nosso próximo assunto.

Estudo compartilhado por Luiz Fontes na reunião da Igreja em Goiânia no estado de Goiás.

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