12 de nov. de 2009

Futuro do islã em debate no Qatar


Em janeiro, aconteceu em Doha, no Catar, uma conferência internacional para debater o futuro do Islã no mundo.
A reunião foi intitulada:
"Mudança a partir de dentro: líderes muçulmanos do amanhã anunciam sua agenda", e co-organizada pela Aliança das Civilizações das Nações Unidas.
O membro fundador da Aliança das Civilizações, professor Cândido Mendes, disse à Rádio ONU, do Rio de Janeiro, que o investimento na educação de jovens é fundamental para evitar mais atos de violência:
"Na hora em que um terrorista é visto como um mártir do Islã, esta situação mostra que nós temos muito caminho a percorrer dentro desta linha.
Nós estamos vendo um limite de incompreensão e de abismo, onde ainda estamos longe de uma verdadeira coexistência das culturas, se continuarmos no extremismo terrorista".
Os participantes da conferência no Catar pretendem divulgar uma carta aberta aos líderes mundiais com várias propostas.
Entre as recomendações, estão a identificação de valores comuns, o combate ao extremismo violento e a tentativa de definir a autoridade religiosa no islamismo.

Lei de apostasia sob discussão

Em um artigo recente, um intelectual muçulmano questionou as leis apóstatas, e apresentou suas dúvidas sobre o assunto.
O estudioso, Dr. Abdul Hamid al-Ansari disse:
“A lei de apostasia afirma que um muçulmano que rejeita o islã deve ser morto.”
Mas al-Ansari desconsiderou essa lei como uma ‘arma política usada durante o primeiro século contra a oposição, contra escritores, intelectuais e jornalistas. Ele disse que muitos muçulmanos renunciaram o islã durante a vida do profeta Muhammed, mas ele não os matou.
Os apóstatas que foram condenados à morte pelo profeta estavam sendo punidos pelos crimes cometidos contra muçulmanos ou por se unirem aos inimigos para lutarem contra eles, e não por abandonarem o islã.
O Alcorão defende a pluralidade de religiões.
A pena de morte para os apóstatas não é mencionado no livro.
Ele apenas alerta uma possível punição, mas não neste mundo.
Existem mais de 200 versos no Alcorão apoiando a liberdade religiosa.
Al-Ansari também admitiu que as minorias religiosas nos países árabes não desfrutam de todos os direitos do cidadão.
“A inauguração da primeira igreja em Qatar foi recebida com uma onda de ódio.
Temos que concordar que as minorias religiosas em nossa comunidade estão sujeitas à perturbação quando realizarem seus ‘rituais’ religiosos”, diz.
Em janeiro, aconteceu em Doha, no Catar, uma conferência internacional para debater o futuro do Islã no mundo. A reunião foi intitulada: "Mudança a partir de dentro: líderes muçulmanos do amanhã anunciam sua agenda", e co-organizada pela Aliança das Civilizações das Nações Unidas.

O membro fundador da Aliança das Civilizações, professor Cândido Mendes, disse à Rádio ONU, do Rio de Janeiro, que o investimento na educação de jovens é fundamental para evitar mais atos de violência:
"Na hora em que um terrorista é visto como um mártir do Islã, esta situação mostra que nós temos muito caminho a percorrer dentro desta linha.

Nós estamos vendo um limite de incompreensão e de abismo, onde ainda estamos longe de uma verdadeira coexistência das culturas, se continuarmos no extremismo terrorista".
Os participantes da conferência no Catar pretendem divulgar uma carta aberta aos líderes mundiais com várias propostas.

Entre as recomendações, estão a identificação de valores comuns, o combate ao extremismo violento e a tentativa de definir a autoridade religiosa no islamismo.

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