12 de nov. de 2009

Governo enfrenta tarefa difícil para proibir o uso da palavra "Alá"

MALÁSIA

O governo da Malásia está enfrentando uma difícil tarefa para proibir o uso da palavra “Alá” no culto cristão, é o que afirma Bernard Dompok, presidente de um partido político local.
No dia 8 de novembro, ao falar no congresso nacional da organização Pasokmomogun Kadazandusun Murut (UPKO em inglês), Bernard afirmou que a comunidade cristã de idioma malaio, principalmente nos estados de Sabah e Sarawak, têm usado a palavra Alá para se referir a Deus há muito tempo.
O governo confiscou 15.000 bíblias no idioma malaio porque elas mencionavam a palavra “Alá”.
“Hoje, alguns cristãos das igrejas que trouxeram as Bíblias da Indonésia ainda estão esperando para que sejam liberadas.
Existem dois casos pendentes no tribunal, esperando para serem ouvidos pelo governo. Eu acho desnecessário.”

A palavra “Alá” é usada normalmente para “Deus” no idioma nacional, o Bahasa Melayu.
A Federação Cristã da Malásia, que está lutando contra a proibição, diz que ela infringe a constituição federal.
O primeiro ministro da Malásia, Najib Tun Razak, abriu a conferência, na qual estavam presentes mais de 4.000 apoiadores, incluindo líderes federais e estaduais. O UPKO é um dos 13 partidos da coalizão governante.
Seus membros são, em sua maioria, indígenas de Sabah, incluindo cristãos e muçulmanos.
Bernard, que também é ministro, disse que discutir o assunto poderia causar desconfortos para seus colegas no governo, mas ele se sentiu obrigado de ser a “voz do povo”.

“Com todo o respeito para aqueles que podem se sentir desconfortáveis, a comunidade cristã na Malásia, assim como os cristãos na Indonésia e mundo árabe, têm usado esse palavra há muito tempo. Será uma tarefa muito difícil para o governo, se de fato quiser, forçar a proibição da palavra no culto cristão.”

O governo disse que o uso da palavra “Alá” em publicações cristãs é “prejudicial para a ordem pública, e pode confundir os muçulmanos e levá-los a se converterem ao cristianismo.

* Este país não se enquadra entre os 50 mais intolerantes ao cristianismo.

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