6 de nov. de 2009

Sinergismo

significa na teologia cristã a teoria de que o homem tem algum grau de participação na salvação, ou seja, é responsável pela sua salvação ou perdição. Os pais da igreja grega dos primeiros séculos do cristianismo e muitos dos teólogos católicos medievais eram sinergistas. Philip Melanchthon, companheiro de Lutero na reforma alemã, era sinergista, embora o próprio Lutero não fosse.

O oposto do Sinergismo é o monergismo, que corresponde à teoria de que o homem não tem nenhuma responsabilidade em sua própria salvação, sendo salvo ou condenado exclusivamente pela decisão soberana de Deus.

Os pensadores cristãos de diversas épocas desenvolveram diferentes formas de sinergismo, tais como o pelagianismo, o semipelagianismo e o sinergismo arminiano, entre outros.

Pelagianismo: forma de sinergismo atribuída a Pelágio da Bretanha, um contemporâneo de Santo Agostinho.
O pelagianismo nega a existência do pecado original.
Assim, se não há pecado original, não há total depravação e todos os homens poderiam chegar à salvação pela simples prática das boas obras.
O pelagianismo foi amplamente condenado em diversos concílios, tais como os de Cartago, Milevis e o 2º Concílio de Orange, em 529DC.

Semipelagianismo: forma de sinergismo ensinada pelos massilianos, principalmente João Cassiano (360-435).
Mesmo com a vontade depravada, o homem ainda teria um poder residual para dar os primeiros passos em direção à salvação, mas não para completá-la.
O semipelagianismo também foi condenado como heresia no 2º Concílio de Orange, em 529DC.

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