6 de nov. de 2009

Como Evangelizar o Mundo Sem Fazer Nada

A igreja dos dias de hoje, de modo geral, tem se identificado com o individualismo
e hedonismo do mundo, e tem conseqüentemente se tornado uma comunidade sentada à
beira do caminho e preguiçosa.
Este é um pecado que há de ser corajosamente confessado
e abandonado mais cedo ou mais tarde.

Há um livro de Horatius Bonar que nos faz corar de vergonha quando
comparamos o espírito de um ministério vivo e atuante com os estado de complacência da igreja atual.
O livro em questão é “Um Recado Para Ganhadores de Almas” (Words To
Winners Of Souls), que tem um poder de inquietar até os mais abatidos e cansados da
caminhada cristã.
Deveria constar na galeria dos clássicos evangélicos de toda biblioteca.
Bonar, em seu livro, desafia seus leitores de modo inigualável, e seus conselhos para
os ganhadores de almas são impulsionados por um sentimento de urgência muito forte assim como avalia Samuel Zwemer, autor do prefácio da versão de 1950.
Espero estimular a leitura dessa pequena obra fantástica aos irmãos que ainda não
conhecem.
Bonar começa seu bombardeio intelectual aos leitores mais desavisados com
uma frase de um reformador suíço, Oecolampadius: “Quanto mais poderiam fazer no
ministério uns poucos homens bons e fervorosos do que uma multidão de homens
mornos!”.
Existe um legítimo alerta na leitura que diz que a simples multiplicação de pastores
não adianta muita coisa, podendo ser comparados a “chuchus de cerca”.
Há muitos crentes que não passam de crianças mimadas que ora trazem problemas para o acampamento, ora tempestade, à semelhança de Acã e Jonas.
E percebam bem: não se trata aqui de liberais e pentecostais na igreja não, mas de ortodoxos na doutrina.
São três pilares em ruínas que estremecem a causa de Cristo: incredulidade, morbidez e formalismo.
Tais pastores ou líderes agem como um buraco negro, sugando irresistivelmente toda espiritualidade restante.
Com grande propriedade Bonar diz: “O ministro morno ainda que teoricamente
ortodoxo é fatalmente mais funesto para as almas do que aqueles que são grosseiramente inconsistentes ou flagrantemente heréticos”.
Fazendo uma aplicação geral, estendida a todos os crentes que tem a ordem de
evangelizar:quem na face da terra é mais nocivo do que um crente sem utilidade para o
Reino?
Enquanto não entendermos o espírito da Igreja Primitiva não iremos entender o que é zelo, fé, amor e espiritualidade; não saberemos o que é amar o “ganhar almas”!

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