6 de nov. de 2009

Filho do Homem(Loraine Boettner)


O título que Jesus com maior freqüência usou quando falando de Si mesmo,
e que, portanto, parece ter sido Seu título favorito, foi “Filho do Homem”. Esse
título muito discutido, não importa o que possa significar, certamente foi designado
para chamar atenção ao fato que Ele possuía humanidade real. Ele é o homem
representativo. Podemos apontar para Ele e dizer: Existe uma humanidade real.
Nele a natureza humana é vista com sua perfeição, funcionando como foi
pretendida quando deixou as mãos do Criador. Ele é o ideal segundo o qual todos
os outros deveriam padronizar suas vidas. E visto que Ele possuía assim a natureza
humana sem Sua própria Pessoa, Ele está vitalmente relacionado com todos os
outros membros da raça humana e, por divino apontamento, é capaz de agir como o
representante deles diante de Deus

No Salmo 8 este título é usado com referência à humanidade em geral:
“Que é o homem mortal para que te lembres dele?
e o filho do homem, para que o visites?”.
Mas como aplicado a Jesus no Novo Testamento tem mais do que
conotações humanas.
Ele vai até a figura celestial em Daniel 7:13, 14, onde, com
referência profética ao retorno de Cristo ao céu após a finalização de Sua obra de
redenção, “eis que vinha nas nuvens do céu um como o filho do homem; e dirigiuse
ao ancião de dias, e o fizeram chegar até ele.
E foi-lhe dado o domínio, e a honra,e o reino, para que todos os povos, nações e línguas o servissem; o seu domínio é um domínio eterno, que não passará, e o seu reino tal, que não será destruído.
Aos ouvidos judeus, portanto, isso foi uma clara afirmação dele ser o Messias.
E que Jesus usou o termo com plena consciência do seu significado é muito evidente, pois Ele disse de Si mesmo:
“Então aparecerá no céu o sinal do Filho do homem; e todas as tribos da terra se lamentarão, e verão o Filho do homem, vindo sobre as nuvens do céu, com poder e grande glória.
E ele enviará os seus anjos com rijo clamor de trombeta, os quais ajuntarão os seus escolhidos desde os quatro ventos, de uma à outra extremidade dos céus” (Mateus 24:30, 31).
E na passagem paralela em Lucas Ele diz: “Assim também vós, quando virdes acontecer estas coisas, sabei que o reino de Deus está perto” (21:31).

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