12 de nov. de 2009

A trombeta de Deus tem sido tocada, onde quer que o Evangelho do Reino seja anunciado. O alvoroço causado pela proclamação da verdade é o prenúncio de


Além de não conformar-se, isto é, ajustar-se aos padrões vigentes, o Evangelho do Reino provoca transformações profundas, tanto no indivíduo, quanto na sociedade.
No indivíduo, esta transformação começa pela renovação do seu entendimento, conforme lemos em Romanos 12:2.
Portanto, parte do subjetivo.
Sua cosmovisão é radicalmente afetada.
A maneira como se vê, e como enxerga a realidade à sua volta muda drasticamente.

Ele passa a perceber-se como um pecador carente da misericórdia divina.
Há uma expansão da sua consciência (Metanóia no grego , ou arrependimento em português).
Sua avaliação de si mesmo e do mundo passa a estar em linha com a avaliação feita por Deus.
Suas opiniões particulares se rendem à verdade revelada na Palavra.
Ao sentir-se transformado por Deus, o indivíduo é comissionado e desafiado a trabalhar pela transformação do mundo.
Daí o caráter objetivo e abrangente da transformação proposta pelo Evangelho.
A injustiça imperante na sociedade começa a causar-lhe náuseas, porque seu coração agora bate no compasso do coração de Deus. E ele não se contenta a ser um mero espectador da história, mas almeja ser um agente subversivo do Reino de Deus.
O Espírito do Senhor que passa a habitar nele, o impulsiona a trabalhar pela restauração dos lugares há muito devastados pelo crime, pela injustiça social, pela corrupção, pela promiscuidade, e por tudo o que degenera o ser humano (Isaías 61:4).

A transformação desejada é precedida por um TRANSTORNO.

Transtornar é bagunçar o que está arrumado, para então estabelecer um novo padrão. Para dar uma faxina nada casa, é imprescindível que se tire as coisas do lugar.

Algumas traduções trazem o vocábulo “alvoroço” em vez de “transtorno”.
A palavra “alvoroço”, tem a mesma origem de “alvorecer”.
Quando se tocava o clarim da alvorada no acampamento do exército romano, havia um alvoroço, que logo era seguido pela ordem matinal, com todos os soldados devidamente enfileirados.

Esta transformação deve abarcar todos os campos do conhecimento humano, e todos os setores da socieade.
A cultura, a ciência, a legislação, a educação, a família, nada fica imune ao fluir do Rio de Deus.
E onde quer que ele passe, tudo revive ( Ez.47:9).
A igreja de Cristo não tem o direito de represar o rio da vida. Não somos lagoas de águas paradas, infestadas de micróbios e larvas de insetos.
Somos o canal por onde passam as águas do rio de Deus.
Deixemos, portanto, que elas desaguem no mundo, a fim de transformá-lo.
Uma religiosidade intimista, circunscrita ao indivíduo e às suas experiências, não poderá romper com os diques.
O rio de água viva prometido por Jesus, flui do nosso interior, e não em nosso interior.
O interior do homem é o ambiente de onde as águas transformadoras jorram, mas não é o ambiente onde elas devem desaguar.

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