Quando determinadas circunstâncias profissionais exigem que uma pessoa se dispa, para salvar a intimidade e a dignidade pessoal requerem-se um conjunto de condições que defendam essa dignidade.
Em primeiro lugar, ante o perigo sempre real de uma inadequada interpretação dessa situação, é preciso que essa nudez seja necessária para um fim digno e nobre.
É o caso de uma consulta médica ou de um modelo artístico.
A dignidade própria da relação médica ou da autêntica criação de beleza fazem com que a nudez fique justificada.
Mas é necessário criar uma situação adequada, que afaste todo o perigo para a dignidade pessoal do paciente ou do modelo.
A presença duma terceira pessoa na consulta médica foi sempre um fator elementar de prudência, já que anula uma série de possíveis dificuldades e favorece a percepção dos aspectos estritamente profissionais da situação.
No caso do modelo de arte, a rectidão e limpeza da situação fica afirmada pela seriedade, a profissionalidade, a amplitude e a distância necessárias e pela ausência de qualquer outro factor que não seja a busca da beleza.
Muitos pintores e estudantes de belas-artes poderão confirmar que essa busca justifica a necessidade da nudez e torna digna a situação do modelo.
Do mesmo modo, outros poderão saber que, por não cuidar dos pormenores, essa relação pode-se corromper e ser ocasião de mal.
Nenhum comentário:
Postar um comentário