16 de abr. de 2010

A tarefa de personalizar a sexualidade

Temos a experiência de que o modo de viver para os outros pode ser normal, mas sabemos também que podemos cair em considerá-los como simples objectos sexuais.
Por isso, o modo de vestir, as maneiras de estar e atitudes, o modo de olhar ou de pensar duma pessoa, devem ter em conta este fator.
Há que ser realistas, há que assumir que podemos cair mais baixo do que os animais.

Porque os animais não são pessoas e não têm que se olhar como tal, nem a si mesmos, nem aos outros.
Quando se olham como simples animais não fazem outra coisa que actuar segundo a sua natureza.
Mas nós somos pessoas e o corpo de cada um é parte e expressão da sua intimidade pessoal, uma intimidade que está feita para ser respeitada e amada.
Por isso, rebaixá-lo a simples objeto do apetite sexual é uma grave ofensa à sua dignidade de pessoa.
E, quem considera assim outro, está rebaixando-se a si mesmo mais do que os próprios animais.
Porque os animais não têm culpa, o homem impuro tem.

O domínio do corpo, dos apetites, da imaginação, dos olhos, é parte indispensável dessa educação da sexualidade que se converterá em expressão adequada da nossa capacidade de amar.
Sem essa educação, a sexualidade, como qualquer outro aspecto do corpo, actua a nível simplesmente animal, não é capaz de expressar a nossa personalidade espiritual.
E não será capaz de ser instrumento do amor, mas sim do egoísmo animal, típico de um apetite corporal não educado.

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