Se o corpo é a expressão da alma, o amor expressa-se também através do corpo.
As expressões corporais de carinho têm sentido quando há um verdadeiro amor entre as pessoas.
Não basta a atração física ou o simples enamoramento afectivo, deve haver pelo menos um começo de amor conjugal.
Então é verdade que essas carícias são expressão de amor.
Se não, do que são expressão é da fome de prazer ou de afeto.
E o outro não vive como uma pessoa a quem me entrego, mas como um objecto que satisfaz o meu apetite sexual, do mesmo modo que um caramelo satisfaz o gosto.
Quando se usa outra pessoa desta maneira, não a amamos, nem sequer a respeitamos, porque se utiliza a sua intimidade.
A utilização sexual rebaixa irremediavelmente a pessoa, precisamente porque não pode deixar de afetar a sua mais profunda intimidade.
Uma vez que o sexo é expressão da nossa capacidade de amar, toda a utilização sexual chega ao mais íntimo e implica a totalidade da pessoa espiritual.
O próprio fato de usá-la como objecto já é uma falta de respeito para com a sua pessoa, do mesmo modo que se se usasse o seu corpo para proteger-me dos disparos que outro me pudesse fazer.
Isso vai contra a sua dignidade.
A experiência indica depois quando algo é expressão de carinho ou simples fome de prazer.
Se é simples fome de prazer, é mau, porque estou usando, não amando.
Nenhum comentário:
Postar um comentário