30 de abr. de 2010

Oração (Tipos de Oração)

A Bíblia nos manda orar (Mt 26.41; Mc 14.38; 1 Ts 5.17; Tg 5.16) com toda sorte de oração (Ef 6.18).
Há diversos tipos ou espécies de oração e cada um deles segue princípios claros.
Há orações que não buscam necessariamente alguma coisa de Deus.
Outras visam alterar uma circunstância em nossa vida ou na vida de terceiros.
A todas elas Deus deseja ouvir
(Sl 65.2; Pv 15.8b).

Níveis de Oração
Poderíamos classificar as orações em três níveis diferentes:
Deus, nós e os outros.
Dentro de cada um desses níveis há diversos tipos de oração:

1. Deus como centro das nossas orações
Há orações que são dirigidas a Deus, visando Deus mesmo, o que Ele é, o que Ele faz e o que Ele nos tem feito.

· Ações de Graça - A expressão do nosso reconhecimento e gratidão a Deus pelo que Ele nos tem feito.
Exemplo (Sl 103)

· Louvor - São expressões de louvor a Deus pelo que Ele faz.
Louvar é reunir todos os feitos de Deus e expressá-los em palavras, numa atitude de exaltação e glorificação ao Seu Nome, que é digno de ser louvado.
Exemplo:
(Sl 46; Lc 1.46-55).

Adoração - O tipo de oração que exalta a Deus pelo que Ele é.
É o reconhecimento do que Ele é.
É a resposta do nosso amor ao amor Divino.
Exemplo (Sl 100; 1 Sm 2.1-10).

2. Nós mesmos como o centro das orações
Aqui vamos a Deus para apresentar necessidades pessoais.

Petição - É “um pedido formal a um poder maior”.
É a apresentação a Deus de um pedido, visando satisfazer uma necessidade pessoal, tendo como base uma promessa de Deus. Exemplo:
(Sl 59).

Entrega - É a transferência de um cuidado ou inquietação para Deus.
É lançar o cuidado sobre o Senhor, com um conseqüente descanso.
Essa oração é feita quando um cuidado, um problema ou inquietação nos bate à porta. Exemplo:
(Sl 38; 2 Cr 20.5-12).

Confissão – Pela oração, confessamos a Deus nossos pecados e fraquezas, pedindo o Seu perdão e restauração.
Exemplo (Sl 51; Ed 9.5-15)

3. Os outros como centro das nossas orações
Aqui vamos a Deus como sacerdotes, como intercessores, levando a necessidade de outra pessoa. Interceder é colocar-se no lugar de outro e pleitear a sua causa.
Exemplo: (Jo 17).

Oração contendo adoração, louvor, confissão, petição
(Ne 9; Mt 6.9-13)

Formas de Oração

Oração Privada (Mt 6.6).
Cada filho de Deus tem direito de entrar em Sua presença, com confiança, e apresentar-Lhe a oração da fé (Hb 4.16).
Nessa forma de oração só o Espírito de Deus é testemunha.
Ela pode ser feita apenas no coração, ou em palavras audíveis.

Oração de Concordância (Mt 18.18-20).
Aqui, dois ou três se reúnem em comum acordo sobre o que pedem a Deus.
Há um poder liberado através da concordância
(Dt 32.30).

Oração Coletiva (At 4.23-31).
Esta é feita quando o Corpo se une em oração.
É uma oração de concordância com um número maior.
Quando um corpo de cristãos levanta sua voz a Deus, unânime, não só na palavra ou expressão, mas no mesmo espírito, como na Igreja de Jerusalém, há uma grande liberação do poder de Deus.

Recursos de auxílio à oração
Toda vida e manifestação do poder de Deus é o resultado da união entre o Espírito Santo e a Palavra de Deus.
Esses dois grandes recursos à nossa disposição para o exercício espiritual da oração.

Orando a Palavra - Orar a Palavra é tomar a promessa de Deus e levá-la de volta a Ele, através da oração (Is 62.6-7).
A vontade de Deus é a Sua Palavra e toda oração de acordo com Sua vontade, Ele ouve (1 Jo 5.14).
·
Orando no Espírito (1 Co 14.14; Ef 6.18; Jd 20)
Em áreas conhecidas pela mente, podemos aplicar a Palavra escrita, orando de acordo com o nosso entendimento.
Mas, quando chegamos ao limite da mente, o Espírito Santo vem em nosso auxílio (Rm 8.26-27).
Podemos orar no espírito, pelo Espírito de Deus, e também orara em línguas (Rm 14.14,15).

Armas de Combate na Oração

A oração tem terríveis inimigos no reino das trevas, mas Deus nos deu os recursos inesgotáveis da Sua graça para nos conduzir em triunfo.
(Dn 10.12-21; Ef 6.10-18; 2 Co 10.4-5).
Jesus nos deu autoridade de ligar e desligar (Mt 18.18).
Podemos lançar mão dessa autoridade e declarar guerra às forças de Satanás, enfrentando-as:
1. Na autoridade do nome de Jesus, a Quem tudo está sujeito
(Lc 19.29; Mc 16.17).
2. Com a arma de combate, que é a Palavra de Deus
(Ef. 6.17).
3. Sob a cobertura do sangue de Cristo e no poder do Espírito Santo
(Ap 12.11; Lc 4.14).
O inimigo será vencido por um poder maior
(Mt. 12.29; 1 Jo 4.4; Tg 4.7).

Obstáculos à Resposta de Oração

1. Relacionamentos destruídos (1 Pe 3.1,7; Mt 5.23-24).
A vida familiar deve ser posta diante de Deus.
Quando as orações não estão sendo respondidas, pode haver falha no relacionamento entre cônjuges, pais e filhos, irmãos, etc.
2. Coração que não perdoa (Mc 11.25).
Qualquer que guarda espírito de rancor ou mágoa contra alguém, fecha os ouvidos de Deus para sua própria petição.
3. Contenda (Tg 3.16).
A contenda é simplesmente agir movido pela falta de perdão.
Paulo declara que por causa de contendas Satanás pode tornar cristãos prisioneiros de sua vontade.
4. Motivação errada (Tg 4.3).
Um sério obstáculo à oração é pedir a Deus coisas que realmente não necessitamos, com o propósito de satisfazer desejos egoístas.
O propósito primeiro da oração deve ser a glória de Deus (1 Co 10.31).
Exemplo: (Mt 20.20-23; Lc 9.51-56)
5. Pecado não confessado (Is 59.1,2).
Uma atitude de rebeldia ou desobediência à Palavra de Deus fecha os Céus para nós. Qualquer pecado inconfessado torna-se inimigo da oração.
Uma vida de obediência, porém, abre o caminho à resposta de Deus
(1 Jo 3.22).
6. Ídolos no coração (Ez 14.3).
Ídolo é toda e qualquer pessoa ou coisa que toma o lugar de Deus na vida de alguém.
É aquilo que se torna o objeto supremo da afeição.
Aquilo que mais ocupa o nosso pensamento.
Deus deve ser supremo em nossa vida.
7. Falta de generosidade para com os pobres e o trabalho de Deus
(Pv 21.13).
A recusa de ajudar o que se encontra em necessidade, quando podermos fazê-lo, impede a resposta às nossas orações.
8. Dúvida e incredulidade (Tg 1.5-7).
A dúvida é ladra da bênção de Deus.
A dúvida vem da ignorância da Palavra de Deus.
A incredulidade é quando alguém sabe que há um Deus que responde às orações, e ainda assim não crê em Sua Palavra.
E não crer nas promessas é duvidar do caráter de Deus.

Devemos orar.
Não somente estudar oração, mas praticá-la.
“A maior tragédia não são as orações que não foram respondidas, mas as que não foram feitas”.
Ver (Tg 4.2).

Obras Consultadas:
HYBELS, Bill. Ocupado Demais para Deixar de Orar. Campinas: United Press, 1999.

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