10 de mar. de 2010

O SAL DA TERRA II

Nós vivemos num mundo que chora e geme, que chora e range os dentes.
Freqüentemente ficamos atônitos, pasmos, às vezes petrificados, sem ação diante da mesquinharia, do egoísmo e da arrogância que reina no coração do ser humano, que arroga o direito de ser chamado de "civilizado".
Quando as pessoas têm oportunidade de roubar, elas roubam.
Se tiverem oportunidade de se vingarem de seus desafetos, se vingam.
Se forem insultadas, respondem à altura.
As pessoas do mundo são guiadas pelo desejo de poder, fama e prazer.
Pelo interesse pessoal.
Se vão ganhar alguma coisa, se arriscam, apostam no que vão fazer.
Se não houver chances de ganhar algo, não se arriscam.
Preferem ficar longe, parados, vendo os acontecimentos.
Justificam seu comportamento dizendo: "Não é problema meu"; "Não tenho nada com isso"; "Não posso resolver todos os problemas do mundo"; "Não fui eu quem causou isto"; "O que eu posso fazer?".
Alguma vez você já disse algo assim?
Com isso se fecham em torno de si mesmas.
Já têm problemas demais para ficarem se preocupando com problemas alheios.
Mais: alegam que existem outras pessoas mais preparadas, mais qualificadas, mais ricas e abastadas que se preocupam em ajudar os menos afortunados.
Que o governo tem planos e projeto sociais, tem órgãos que se ocupam com o bem-estar da população.
Têm medo de ajudar, medo que exijam mais do que estão dispostos a dar, medo de comprometer a sua vida sossegada e confortável.
Não conseguem enxergar além da ponta do próprio nariz, e deixam que a podridão de seu próprio egoísmo e mesquinharia consuma lentamente as suas almas, retirando a cor e o sabor de continuarem vivendo...
E neste mundo que chora e geme, somos chamados para sermos "sal da terra".
A igreja deve ser vista e reconhecida como uma ilha no oceano da lama e da podridão que é o mundo.
As pessoas que estão na igreja precisam ser diferentes das demais pessoas do mundo.
O mundo anseia por amor sincero, por atenção e compreensão, por uma palavra de estímulo.
Todos somos carentes de carinho, de amor e de compreensão.
Mas as pessoas que estão nas igrejas evangélicas continuam adotando o mesmo comportamento de quando ainda não pertenciam à igreja.
E isso precisa mudar.
Precisam se tornar "sal da terra".
O cristão precisa ser reconhecido como tal.
As pessoas do mundo precisam ver nele um olhar diferente, um leve e contínuo sorriso em seu rosto, uma força extraordinária para enfrentar os reveses da vida.
Isso é ser "sal da terra".
O Ezequias (você conhece ele?) conta que quando fez o segundo grau numa escola federal aqui de Cuiabá, fez parte da ABES - Aliança Bíblica dos Estudantes Secundaristas, ou coisa parecida.
E viu que havia na escola muitos "crentes secretos".
Isto é, cristãos se comportavam como qualquer um, como se não fossem da igreja, como se não conhecessem a Cristo, como se não tivessem compromisso com o Evangelho.
Se nós, cristãos, fizermos o que "todo mundo" faz, seremos iguais a todo mundo.
Se fizermos o que "qualquer um" faria, seremos iguais a qualquer um.
Seu comportamento demonstra que você não é movido pela mesquinharia, egoísmo e prepotência?
Você tem se destacado como "sal da terra"?
O Espírito de Deus flui através de você?
Adianta muito pouco ou quase nada sermos Cristãos, se as pessoas à nossa volta não souberem disto.
Entende?
As pessoas de seu círculo social ficariam assustadas se soubessem que você é da igreja?
ual é a tua reação diante dos reveses da vida, diante do fracasso, da dor, do sofrimento, da decepção e da frustração?
Um alerta importante: não nos tornamos sal de imediato, de repente, é um processo longo, gradual e doloroso chamado "santificação".
Você tem se tornado "sal da terra"?
Quanto de sal há na tua vida?
A gravidade da resposta revela a gravidade da pergunta porque o sal insípido é jogado fora (Mateus 5:13).

Autor: Takayoshi Katagiri

Um comentário:

Unknown disse...
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